Crítica | A Maldição do Espelho
Não é toda hora que vemos filmes russos no cinema brasileiro. Muito menos de terror. Quem conhece algum outro logo relembrará das recentes produções do diretor Svyatoslav Podgayevskiy: A Noiva (2017) e A Sereia: Lago dos Mortos (2019), ambos horríveis. Todavia, A Maldição do Espelho não é diferente. O legal do filme é o fato dele ser russo. Mas logo se desmancha, pois veio para o Brasil dublado em inglês. Não é uma coisa que irá desagradar todos, mas, mesmo assim, é visível a péssima dublagem. As atuações, que já não são tão boas, pioram com os diálogos ditos em inglês, pois não nos fazem sentir emoção, quando não há porquê e não transmitem quando deveria. Está claro que a voz não combina com o personagem, estragando toda a experiência do filme. Sobre o filme Após perderem a mãe em um acidente, Olga (Angelina Strechina) e Artyom (Daniil Izotov) acabam num internato, onde eles têm que fazer novos amigos, e deixar as mágoas de lado, sobre quem teve mais culpa na morte da mãe. Ao desbravar o local, descobrem que o colégio continha uma lenda aterrorizante: a instituição pertencia a uma condessa, a Rainha de Espadas, que realizava cultos com crianças. As amizades que fazem são completamente esteriotipadas, tendo o bonitão engraçadinho e babaca, a gordinha que sofre preconceito, a bonitona que só pensa em sexo e o nerd bonzinho apaixonado pela protagonista. Após andarem de madrugada pela mansão mal assombrada, o normal de fazer-se em filme de terror mesmo, o grupo tromba com um espelho misterioso que abriga a lenda de um ritual para a realização de desejos. Depois de fazerem seus pedidos, os adolescentes começam a ser assombrados pela Rainha de Espadas. A expectativa em ver como eles vão se safar é quase nula. E o principal motivo são as atuações. As atuações A Maldição do Espelho tenta deixar tudo com um ar misterioso e sombrio, mas as interpretações e o roteiro não nos fazem temer pelos personagens, nos deixando apenas adivinhar quando e como cada um vai morrer. Talvez o único que cria empatia é o nerd bonzinho. Ao sabermos a intenção da entidade, tenderíamos a torcer pelo irmão mais novo. No entanto, o mesmo é irritante desde o começo do filme. Então, só nos resta a protagonista, que nos entrega somente o básico. E assusta? Se você é um árduo fã de terror, não há dúvidas: vai achar o filme chato. Mais do mesmo. Porém, se você quer ir para o cinema para só tomar um susto, não vai se decepcionar. A Maldição do Espelho traz os famosos “jump scare” e o físico da Rainha de Espadas também assusta.
Batalha do Forte, em Guarujá, é adiada devido ao coronavírus
A segunda edição da Batalha do Forte, em Guarujá, que aconteceria nesta sexta-feira (20), foi adiada seguindo as medidas de prevenção da Prefeitura contra o novo coronavírus. O evento conta com o apoio da Secretaria de Cultura de Guarujá. A edição teria a participação do maior vencedor da Batalha da Aldeia, uma das mais conhecidas na cena Hip Hop do Brasil, o Kant. E além disso, premiação em R$ 500. Uma nova data será divulgada pela organização assim que possível. Contato E-mail: Contato@batalhadoforte.com.br Instagram: @batalhadoforte013
Dire Straits Legacy adia shows no Brasil; veja novas datas
The Hellacopters faz show incrível para os fãs em São Paulo
Uma tarde que será lembrado por muito tempo como o dia em que o amor a música falou mais alto do que o medo. Em síntese, as atividades iniciaram cedo, por volta de 17h30 quando o Urutu subiu ao palco com o seu punk rock gritado com influências de hard rock setentista. Destaques para a faixa Sob o sol e o excelente guitarrista Felipe Nizuma que sobrou na sua performance. Depois vieram os Corazones Muertos com o seu punk rock n’ roll certeiro. A banda entregou bastante energia e soube usar muito bem o seu tempo no palco destilando desde autorais como Don’t’ Kill Rock n’ Roll a covers espertas como Bonzo goes to Bitburg e uma da cultuada banda finlandesa Smack. The Hellacopters Ademais, o Carioca já estava em ponto de ebulição quando finalmente os Hellacopters invadiram o palco e mandaram logo de cara a clássica Hopeless Case of a Kid in Denial. Era nítida a expressão de espanto e alegria dos membros da banda que estavam arrepiados com a reação do público. Nick Royale soou perfeito em todos os momentos, seja na performance vocal quanto nos seus solos, divididos com seu parceiro Dregen, que aliás é um show a parte. Esbanjando carisma, ele comandou o espetáculo como um maestro, respeitando sempre o espaço de frontman do Nick. Me arrisco a dizer que Dregen é o maior Guitar Hero da atualidade. O repertório foi recheado com todos os hits da banda, além de músicas de todos os álbuns lançados. Da clássica Carry me Home a The Devil stole the beat from the lord passando por Toys and Flavors, Soulseller e By The Grace of God, 90% do repertório foi entoado por todos os presentes o que várias vezes deu um tom apoteótico as performances. Destaque também para No song Unheard e a sequencia final com I’m in the band e (Gotta get some action) Now!. A banda fez seguramente o último grande show de rock que iremos presenciar por um bom tempo em São Paulo. Era nítido o sentimento compartilhado entre todos os presentes. Algo como “vamos viver o momento” como se esses fossem os últimos. Definitivamente o rock n’ roll nunca foi tão rock quanto nessa noite do dia 14 de Março. A banda certa, na hora certa e no lugar certo. Que essa crise pandêmica passe logo para que possamos voltar a ter novas noites como essa. O Rock nunca esteve tão vivo.