“Ruptura do Visível”: Institution lança novo álbum

Institution

A paulistana Institution lançou neste mês seu segundo álbum de carreira, em LP, CD físico e digital. Ruptura do Visível já se encontra a venda nas lojas e no site oficial (inclui nova linha de merchandising). Assim como o último EP intitulado Fragmentos subversivos (2017), o grupo novamente grava em português, diferente de seus dois primeiros projetos. Segundo Hélio Siqueira, o vocalista, o álbum busca a reflexão para se desprender das opressões sociais. “Apenas quando somos capazes de compreender a nossa classe social é que entendemos o que se passa ao nosso redor para, então, buscarmos práticas para amenizar tais problemas. Uma pessoa que mora em uma área periférica não tem os mesmos privilégios que outra que mora em uma área central ou de alta renda.“ “E o que isso impacta na vida das pessoas? Por que o sistema educacional ou de saúde é diferente entre regiões? Por que não há práticas ou espaços culturais em áreas de baixa renda? São perguntas como estas que nos fazem compreender as vicissitudes diárias que vivemos”, ainda pergunta. Gravado pela brasileira Hearts Bleed Blue (HBB), Ruptura do Visível contém nove faixas produzidas por Rodolfo Duarte e Muriel Curi. Além disso, foram mixadas por Fernando Sanches e masterizadas por Brad Boatright, americano que já trabalhou com Nails, Poison Idea, Harm’s Way e Full Of Hell. Quem assina a arte do disco é o ilustrador Gustavo Magalhães, do Estúdio Miopia. Formada em 2013, o Institution entraria em turnê do novo álbum em cinco estados do país neste mês. Entretanto, teve que adiar por conta do coronavírus. A banda chegou a realizar apenas o primeiro show em São Paulo, no dia 11.

Nine Inch Nails surpreende e solta dois discos instrumentais; ouça

De surpresa, Trent Reznor do Nine Inch Nails, decidiu liberar dois álbuns instrumentais do grupo nesta quinta-feira (26). Ghost V: Together e Ghosts VI: Locust consistem em 23 faixas. “A música – seja ouvindo, pensando ou criando – sempre foi a coisa que nos ajudou a superar qualquer coisa”, explicou Reznor. Ademais, segundo o artista, os discos não tem ligação. “Dois registros diferentes para duas mentalidades diferentes” Em resumo, os trabalhos podem ser baixados de graça no site da banda. Para quem preferir escutar online, os projetos também podem ser encontrados no YouTube. Embora não haja previsão para as músicas serem lançadas nas outras plataformas. Aliás, Ghost V e VI são continuações do disco Ghosts I-IV, lançado pela banda em 2008. Nele Trent, Atticus e companhia empacotaram quatro trabalhos em um só. Antes da pandemia de coronavírus ocorrer, o Nine Inch Nails planejava gravar um novo álbum e fazer uma nova turnê em 2020. Contudo, toda a proliferação da doença obrigou o conjunto a interromper a segunda ideia.

Comunidade musical lança campanha #LoveRecordStores

#LoveRecordStores

Todos estão lutando como podem contra a crise global do novo coronavírus (COVID-19). Em meio ao fechamento de comércios e quedas catastróficas nas vendas, muitos temem pela falência de suas lojas favoritas. Pensando nisso, empreendedores do ramo musical e apoiadores se reuniram em prol de uma nova campanha: #LoveRecordStores. A iniciativa global, lançada nesta quinta-feira (26), visa mobilizar artistas e clientes a ajudar suas lojas de discos favoritas. Músicos, artistas, atores e fãs de música do mundo todo se unem para buscar ajudar da melhor forma possível. Para isso, a campanha pede que todos gravem mensagens de apoio às suas lojas de discos favoritas e compartilhem pelas redes sociais. Os pequenos clipes podem conter informações diversas, como o que as lojas independentes de discos representam para você, onde está sua loja favorita, quais discos você descobriu nesta loja e muito mais. O mais importante é incentivar os fãs a continuarem comprando on-line com suas lojas favoritas, ajudando-as a se manterem abertas. Todos os amantes da música são convidados a participar, compartilhando seus vídeos com a hashtag #LoveRecordStores. Alguns vídeos estão sendo compilados no canal homônimo do YouTube. Movimento das empresas O diretor administrativo da [PIAS], Jason Rackham, que lidera a iniciativa, diz que as lojas de discos independentes são o mais forte alicerce no desenvolvimento de músicas e artistas. “Precisamos apoiar essas pequenas empresas para sobreviver a essa crise e, ao mesmo tempo, ainda podemos ter um papel importante em ajudá-las a continuar apresentando seus clientes às novas músicas”. Laura Kennedy, co-proprietária da Piccadilly Records em Manchester, comentou o fechamento da loja durante esses tempos. “É com o coração pesado que fechamos nossas portas neste fim de semana e será difícil. Nosso site e departamento de pedidos por correio continuarão normalmente enquanto a loja estiver fechada”. Entretanto, a empresária reforça a mesma mensagem de união. “Todos temos tempos difíceis pela frente, mas se todos permanecermos juntos, tenho certeza de que conseguiremos superar. Seja gentil um com o outro e mantenha-se saudável”.

Dua Lipa lança Break My Heart com clipe cinematográfico

Break My Heart

Falta um dia para o lançamento de Future Nostalgia e Dua Lipa adiantou seu último single. Break My Heart, nona faixa do álbum, veio acompanhada de um videoclipe. Com muita dança, cores e direito à pista de dança bem disco, Dua mantém o estilo retrô. Porém, nesta faixa, aumenta o nível de sua produção no audiovisual. A ideia do vídeo é criar um conceito de “montanha-russa” sobre a jornada de tentativas e turbulências nos relacionamentos. Entretanto, a mensagem se passa unicamente pela perspectiva de Dua, sem uma cena de “contato” com seu interesse amoroso. Para interpretar esse conceito, foi necessário um trabalho impecável na direção. Especialmente na direção de arte, que é um de seus maiores trunfos. Com cenas divertidas, cortes bem feitos e uma estrutura narrativa bem construída, o resultado final é muito positivo. Confira o clipe de Break My Heart: O single sucede Don’t Start Now, Future Nostalgia e Physical. Seguindo referências dos anos 1980, Dua Lipa lançará o álbum completo nesta sexta-feira (27), pelas plataformas digitais.

Cristal comenta lançamento de $incera, parceria com Djonga e sucesso de Ashley Banks

A rapper Cristal, de 17 anos, soltou o clipe de $incera na última quinta-feira (19). Recentemente, a artista teve a oportunidade de fazer um feat com o Djonga, para o novo álbum do rapper Histórias da Minha Área. A parceria surgiu após a artista ter visto o rapper ouvindo sua música Ashley Banks, em uma rede social. Tal música foi lançada em dezembro do ano passado. E também abriu portas para ela adentrar à cena do eixo Rio-São Paulo, já que ela é de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mas, tudo isso não seria possível sem a ajuda de sua família, que trabalha com ela. Muito menos sem a ‘visão de futuro’ que ela tem da sua arte e as mensagens que passa nas letras. Conversei com a Cristal sobre todos esses assuntos e um pouco mais, pega a visão:        A música $incera tem uma pegada meio caseira e aborda a questão racial. Foi essa pegada que você quis passar? A letra tem umas falas ácidas, algumas pessoas podem enxergar como algo mais agressivo. Mas, na verdade, $incera, com o cifrão, já diz muito do que a pessoa vai descobrir ao longo da letra: tudo tem um preço. O jeito que você se expressa tem um preço, a sua sinceridade, você ser verdadeira tem um preço. Eu quis falar essas verdades, abordar, por exemplo, a apropriação cultural e assuntos relacionados à questão racial com uma forma despojada de falar. Eu me inspirei muito na Lady Leshurr. O jeito que ela usa a expressão, de se vestir, ela faz rap com o corpo.  Bitch, não!Tu sabe, não vai me chamar assimNasceu com a cor da Angélica e agora quer ser a TaísAmiga, melhor chamar o seu táxiSua farra de black face, acaba aquiE ela diz que é fã da Queen BAgora ela quer ter big lipsPros nigga quer fazer strip teaseEla disse que já nasceu assimMinha filha, cadê sua melanin’? Trecho da música $incera E o clipe não tem nada de profissional, juntou eu, meu primo, que é meu produtor, o MDN Beatz, e a minha prima, que atuou, fez a maquiagem e direcionou os figurinos no clipe.  Você foi convidada para participar do álbum do Djonga. Como foi isso?  Cara, foi uma loucura! Ashley Banks foi a música que me fez abrir porta para outros artistas, pude ser conhecida no eixo Rio-São Paulo. O Djonga tinha postado um stories na barbearia, cantando Ashley Banks com os amigos. Eu comentei o stories e ele respondeu me chamando pro álbum. Eu surtei! Depois, ele me ligou para explicar a ideia. Fui com minha mãe até ele. A gente tem essa coisa de trabalhar em família, eu me identifico muito. E esse encontro de gerações, a escrita da música foi isso, abordamos de tudo, como educação financeira, ancestralidade. Foi mágico e inesquecível.  Como foi lidar com o sucesso de Ashley Banks? Na verdade, saber lidar eu estou aprendendo cada dia mais. No momento que eu escrevi a letra e mostrei para os meus amigos, depois para Agência Denegrir, que produziu o clipe, a gente esperava ser destaque. Mas não sabíamos em qual proporção. Botamos muita fé que iria ser foda. Viver tudo isso é outra parada!  E tem mais trabalhos para esse ano?  Sim! Eu já tenho músicas engavetadas. Espero lançar um videoclipe até o final do mês, além de feats que vão rolar esse ano. Também estou no processo do meu primeiro EP. Não tem data, nem previsão, mas estou no processo. Você vai ficar no trap ou pretende expandir?  Não é meu objetivo fazer só trap, tenho outros estilos de músicas. Não gosto de me prender em uma coisa só, posso lançar coisas diferentes com o MDN Beatz. Apenas calhou dos meus lançamentos serem no beat de trap.  O que você espera alcançar com a sua arte?  Acho que essa resposta acaba respondendo por que fazer arte. E foi como falei na palestra do TEDX Laçador 2019 . Eu falo que quero eternizar a arte com nós, pessoas pretas, como protagonistas. Eternizar a história da nossa família, das nossas vidas em qualquer forma de arte.   Caminhada de Cristal nas artes A Cristal começou no rap em junho de 2019, quando lançou seu primeiro single Rude Girl. A música tratava sobre autoestima preta, o recorte racial do estado e a relação que isso tem com a cena atual do rap. Porém, sua caminhada como artista começou desde cedo. A jovem artista aos 15 anos já manifestava sua arte em versos de poesia nos slams. Em 2017, sagrou-se campeã da etapa regional e representou seu estado pela primeira vez no SLAM BR – Campeonato de Poesia Falada, ao lado do amigo e poeta, Bruno Negrão, em São Paulo. Tem um livro lançado de poesias autorais, Quando O Caso Escurece, e participou de outros projetos literários, como Poetas Vivos – Vida Longa à Resistência Vol. I, e antologia Querem Nos Calar: Poemas para serem lidos em voz alta, organizada por Mel Duarte contendo escritoras de todo país, com prefácio de Conceição Evaristo. Dentre suas experiências, participou das gravações do filme Aos Olhos de Ernesto, também pela Casa de Cinema de Porto Alegre. Ela recita alguns versos seus no longa. O lançamento está previsto para este ano.  Seu mais recente trabalho como atriz, é com a personagem Kalliny na série O Complexo, da Verte Filmes. Acompanhe o trabalho da artista pelas redes sociais Facebook e Instagram.

Crítica | Frozen Hell – Marble Carrion

Dessa vez a Mundo Extremo foi longe, mais precisamente na Rússia, gigante europeu que é mais conhecido por sua peculiar história do que por ser exatamente uma meca do metal extremo. Porém isso está mudando de alguns anos para cá, com inúmeras boas bandas saindo do país, como Skyforge, Slaughter To Prevail e esse ótimo Marble Carrion, que não deixa pedra sobre pedra em seu segundo álbum, Frozen Hell. Uma curiosidade: a banda chegou a lançar Last Inevitability em 2009, encerrou atividades e retornou em 2016. Com um estilo rude que mistura vocais death metal com riffs pendendo entre o death e o black e uma batera esmaga-crânios, Frozen Hell é a prova de que quando o músico possui o metal extremo em seu DNA, pouco importa seu país de origem. Em resumo, faixas insanas como Jesus Under Heroin, Demon of War, Kilos of Dead Flesh e Enslaved são cacetadas que irão supreender os mais distraídos e mostrar que o retorno do Marble Carrion foi algo muito bem pensado, com resultados pra lá de satisfatórios. A produção está perfeita, os músicos desempenham suas funções com muita garra e honestidade, afinal, pro cidadão se meter a tocar metal extremo na Rússia, precisa gostar muito do que faz. O último destaque vai para a capa, aterradora. Ouça. Frozen HellAno de Lançamento: 2019 Faixas: 1-Jesus Under Heroin2-The Tank of Hatred3-Demon of War4-Enslaved5-Combat Prosthesis6-Kilos of Dead Flesh7-Purulent President8-Frozen Hell9-Bloodlust10-Hunger

Crítica | An Ancient Sect of Darkness – Infamous Glory

Lembra daquele death metal que explodiu na Suécia em meados dos anos 1990? Bandas como Dismember (gods!), Grave, os primeiros trabalhos do Hypocrisy, Unleashed e muitas outras? Pois Kexo (guitarra), Gustavo Piza (bateria), Coroner (voz), Tonhão (baixo) e André Neil (guitarra, ex-Queiron) com certeza pegaram o que de melhor aquele cenário ofereceu (e oferece) e produziram An Ancient Sect of Darkness, um dos melhores álbuns de metal extremo em nossas terras no ano de 2019. Vale lembrar que esse novo álbum sucede Bloodfeast, de 2013, e a banda é de São Paulo (SP). Após a breve intro, Abysmal Grief explode nos nossos combalidos ouvidos com os guturais potentes de Coroner se juntando ao riffs distorcidos , criando a atmosfera ideal para um trabalho de death metal, ou seja, pesado mas sem deixar a morbidez de lado. Grande faixa! Macabre End e Your Life Mine to Ruin (títulos bem adequados ao nosso momento atual) continuam a mistura de peso e climas mórbidos, que o quinteto cria com facilidade ímpar. Após um interlúdio instrumental, Increased Pain inicia com riffs à lá Entombed, que irá colocar um sorriso (ainda que macabro) na face do ouvinte. Outros destaques são Reborn Through Hate e Sovereign of Darkness. Vá ouvir agora. An Ancient Sect of DarknessAno de Lançamento: 2019Gravadora: Manicômio Discos Faixas:1-Intro2-Abysmal Grief3-Macabre End4-Your Life Mine to Ruin5-Pavor Nocturnus6-Increased Pain7-When Life Ceases to Be8-Reborn Through Hate9-An Ancient Sect10-Sovereign of Darkness11-Drowned In Obscurity12-Outro