Frozen 2 chega ao Amazon Prime Video nesta sexta
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The English Game: a ascensão da classe operária e o futebol
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Os fãs de esporte e história ganharam um novo atrativo na Netflix. No mês passado, a gigante do streaming lançou uma nova produção original, chamada The English Game. O longa mostra a ascensão da classe operária no futebol, que ainda era um esporte prematuro e dominado pela elite no final do século XIX. O ponto de partida é a chegada dos escoceses Fergus Suter (Kevin Guthrie) e Jimmy Love (James harkness) ao Darwen FC. O modesto clube do norte da Inglaterra chegava pela primeira vez às quartas de final da FA Cup, a copa da liga inglesa. Porém, como o futebol era considerado um esporte amador, jogadores não poderiam ser pagos, muito menos contratados por uma equipe. Por isso, James Walsh (Craig Parkinson), dono da equipe, contratou a dupla para trabalhar em sua usina de algodão como fachada para que pudessem jogar. A partir daí, a série mostra como Suter e Love implementam a técnica do futebol escocês e fazem o Darwen FC dar um “baile” no Old Etonians, time da elite. Eles quase se tornam a primeira equipe de operários a chegar na semifinal da copa. A série reforça como o futebol era – e ainda é – um dos poucos motivos de alegria dos mais pobres, que batalham todos os dias na luta contra a desigualdade e o preconceito. Assim, é possível observar os primórdios do que hoje conhecemos como sócio-torcedores, além de como o esporte pode mexer com os nervos de quem ama de verdade um clube. Outro ponto que a série retrata é o início das grandes rivalidades futebolísticas. Quando Suter troca o Darwen pelo rival Blackburn, por motivos financeiros, a mudança causa revolta em toda a cidade. Com isso, intensifica ainda mais o clima de tensão entre os clubes. Ainda que o futebol seja o tema central da história, a série peca e mostra pouco a bola rolando. Os takes de partidas são curtos e vagos, portanto, colocam em cheque temas importantes, como as próprias mudanças táticas trazidas por Fergus Suter e Jimmy Love. Desigualdade Apesar de falar sobre futebol, a trama da série vai muito além do esporte. A produção retrata com afinco a desigualdade social na Inglaterra. Além disso, mostra como o machismo interferia fortemente na vida das mulheres pobres e solteiras da época. Enquanto os times bancados pela elite conquistavam títulos todos os anos, as equipes de trabalhadores não tinham bons desempenhos. Isso não acontecia pela capacidade técnica inferior, mas sim pelas rotinas diferentes. Os operários faziam trabalhos braçais de segunda a sábado e tinham que jogar aos domingos, sem ao menos treinar. Entre confrontos de elite x nobreza, Suter e Love contam com ajuda de Arthur Kinnaird (Edward Holcroft). Juntos, transformam um pouco da sociedade e muito do futebol. Machismo Em uma história paralela, Alma Kinnaird (Charlotte Hope), esposa de Athur, sofre com a perda de seu filho. Entretanto, como forma de recuperação ao trauma, ela decide ajudar jovens mães solteiras a conseguirem um lugar na sociedade. Neste ponto, a série escancara como mães solteiras eram marginalizadas pela elite e mal conseguiam empregos por puro preconceito. A minissérie conta com apenas seis episódios, portanto é uma ótima pedida para maratonar. Confira o trailer de The English Game:
IDLES exibe show no Bataclan com sessão Q&A
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A banda britânica IDLES anunciou que exibirá durante a semana, em seu canal no YouTube, partes de seu icônico show no Bataclan. O evento, realizado em Paris há dois anos, é um de seus maiores shows. Além da exibição, o grupo ainda fará uma sessão de perguntas e respostas com os fãs. A cada dia, um diferente membro da banda irá participar das sessões ao vivo após cada exibição. O primeiro será Jon Beavis na segunda-feira (27). As sessões serão concluídas com o vocalista Joe Talbot, na sexta-feira (1).
Coraline: uma animação cheia de mistérios

Uma menina de cabelos azuis e gosto excêntrico por roupas coloridas chega à uma cidade monótona e cinza. Não satisfeita com o que vê, busca no vilarejo alternativas para acabar com o tédio. Esta é a premissa de Coraline e o Mundo Secreto (2009). Lançado há mais de dez anos, é até hoje um dos maiores sucessos do gênero fantasia e animação em stop-motion do mundo. O que muita gente não sabe é que o filme baseado no livro homônimo, escrito por Neil Gaiman, esconde mais mistérios do que possamos imaginar. Hoje vamos desbravar cada porta, janela, buraco e personagem da obra do cineasta norte americano Henry Selick, mesmo diretor de O Estranho Mundo de Jack (1993). A vida cinzenta de Coraline O filme começa com uma cena emblemática, embora a trilha sonora enigmática seja animada. De uma janela aberta, podemos ver uma boneca girar até chegar à mãos pontiagudas, formada por agulhas. Aos poucos, o objeto é aberto e transformado numa nova versão. Desta vez, uma menina de cabelo curto vestida com um sobretudo amarelo. Voltando a vida real – quer dizer, dá para diferenciar o imaterial neste filme? -, um caminhão de mudança chega até um casarão chamado Palácio Cor de Rosa, localizado longe do centro da cidade. O imóvel abriga mais três moradores, o senhor Bobinsky (Ian McShane), e as amigas Spink e Forcible (Jennifer Saunders e Dawn French). Os pais (Teri Hatcher e John Hodgman) da curiosa Coraline Jones (Dakota Fanning) são escritores e nem dão bola para a filha, que implora por atenção. Para que ela os deixe em paz, sugerem que ela faça um “tour” pela casa e vizinhança. Nos arredores do jardim, enquanto procura um poço, é surpreendida por um garoto da mesma idade, chamado Wybie Lovat (Robert Bailey Jr.). Dias depois, ele a entrega uma boneca idêntica à jovem. Com isso, a nova amiga começa a acompanhá-la nesta aventura. Sonho ou pesadelo? Em casa, os dias de Coraline não são fáceis. A comida do jantar não é boa, as amizades estão longe e não há nada que ela goste por ali. No entanto, durante uma avaliação crítica do casarão, encontra uma pequenina porta trancada. Claramente ela não a deixaria fechada por muito tempo. Por causa da grande insistência da menina, a mãe abre a porta e as duas se deparam com uma passagem, que um dia existira, mas no momento está fechada por blocos de concreto. Assim, não resta nada a fazer, a não ser dormir e esperar que os demorados dias passem logo. Ao ser acordada por camundongos uma noite, Coraline é levada pela abelhudice até a porta. Entretanto, desta vez a porta está aberta,abrindo uma longa passagem em tons violeta e azul. Aventureira do jeito que é, caminha pelo apertado espaço até chegar ao outro lado. Porém, não encontra nada menos do que sua própria residência. Mas de uma maneira bem diferente! Tudo parece ser mais alegre e divertido, até mesmo seus “outros” pais. Isso porque Coraline descobre que possui outra mãe e pai. Esses, na porta misteriosa, são mais atenciosos, carinhosos, alegres e prestativos do que os biológicos. No meio deste sonho quase encantado só existe uma coisa diferente: os olhos. No lugar deles, todos os habitantes do outro mundo possuem botões. Os olhos de botões O local utópico atrai a atenção da jovem, que vira e mexe vai visitá-lo. Contudo, o carinho desses novos pais começa a se transformar em pesadelo! Afinal, querem que Coraline costure botões nos olhos, e viva para toda a eternidade no casarão alternativo. – Você poderia ficar aqui pra sempre, se quisesse. – É mesmo? – Claro! A gente vai cantar e brincar. E a sua mãe vai fazer seus pratos prediletos. Só tem uma coisinha de nada que precisa fazer. – O quê? – É uma surpresa!” Diálogo de Coraline e o Mundo Secreto (2009) O lado bom é que a jovem percebe as mensagens subliminares do lugar. Tudo parece perfeito demais; o que garantiria que este mundo seria assim para sempre? A dificuldade é saber que embora diga não para a proposta dos olhos de botões, os novos pais não aceitariam a resposta. As ações aparentam ser em vão, dado que o mundo encantado não é tão imaterial quanto ela imaginava. Dormir e almejar que este pesadelo acabe não é suficiente, pois já faz parte do que sonhara um dia. Até porque, dentro de si, pedia começar uma nova vida – e sabe muito bem disso. Quem são e como sabiam da infelicidade de Coraline? Quando não havia mais nada a esconder, a outra mãe assumiu sua verdadeira forma, parecida com um aracnídeo. Ela é a cabeça de todo o sistema, que apesar de ser encantado, foi idealizado justamente para agradar integralmente suas novas presas: as crianças. Coraline seria a quarta vítima, já que as outras teriam se rendido aos encantos e costurado botões no lugar dos olhos, tendo suas almas aprisionadas no outro mundo. Através de bonecas feitas a partir da fisionomia das crianças, a outra mãe espia a infelicidade. Tudo indica que as outras presas viveram no casarão onde mora Coraline. A mãe dos olhos de vidro Teorias apontam que o filme foi baseado no conto A Outra Mãe, escrito na época vitoriana pela jornalista britânica Lucy Clifford. A história fala sobre duas irmãs, Olhos Azuis e Turquia, que viviam numa modesta casa perto da floresta. Apesar de serem felizes morando com a mãe, certo dia no caminho de volta à casa encontraram uma mulher que despertou a curiosidade e rebeldia das jovens. Esta figura disse ter nas mãos uma caixa onde viviam um pequeno casal. A mulher só poderia mostrar os minúsculos cidadãos caso elas fossem malcriadas em casa. Porém, a mãe das irmãs às alertou que se elas fossem birrentas, as abandonaria. E em seu lugar, uma outra mãe com olhos de vidro aparecia para cuidar delas. No final deste conto, as crianças são abandonadas pela mãe biológica e fogem para o bosque. Porém, sua nova figura materna é uma mulher com longos braços e olhos de vidro. “E a nova
Styx e Scorpions trabalham em novas músicas durante quarentena
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Os tempos de quarentena e isolamento social têm feito muitas bandas aproveitarem o momento sem shows para compor e criar novas músicas. Styx e Scorpions entraram nesta lista. Em entrevista ao Ultimate Classic Rock, o baixista do Styx, Ricky Phillips, afirmou que o grupo segue trabalhando à distância. Eles pretendem gravar um novo álbum assim que tudo isso passar. “Estou aqui trabalhando muito, escrevendo partes de baixo para coisas que Tommy Shaw me envia. Ele está escrevendo e trabalhando em Nashville, onde mora, e depois me envia coisas para cá. Eu trabalho nisso. Eventualmente, quando sairmos de nossas cavernas, entraremos em uma sala e gravaremos um novo álbum”, disse Phillips. A situação é igual para os alemães do Scorpions, que também intensificaram o processo de criação, unidos apenas pelas redes sociais. Ao site Scorpions News, o vocalista Klaus Maine falou sobre as reuniões virtuais do grupo e o trabalho realizado na quarentena. “Estamos em contato na internet, no Skype, Facetime e tudo mais. Nós tentamos tirar o melhor proveito disso, tentamos seguir em frente com as músicas. Mas é claro, nós mal podemos esperar pelo dia em que todos possamos estar juntos no estúdio”, explicou. Será que ouviremos novos sons de Styx e Scorpions em breve? Vamos aguardar!
10 filmes dirigidos por mulheres disponíveis na Netflix
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Em meio ao isolamento, que tal aproveitar para maratonar alguns filmes dirigidos por mulheres? Por mais que parecemos estar evoluídos quanto à equidade de gênero, a indústria cinematográfica ainda peca na disparidade entre mulheres e homens na direção. Com poucos recursos, baixas projeções e pouco apoio, muitas mulheres enfrentam barreiras para decolar no cinema. Tanto no mainstream como na cena independente, ainda existem lacunas a ser preenchidas. Por isso, que tal apoiarmos algumas dessas cineastas? Confira uma lista especial de 10 filmes dirigidos por mulheres para assistir nesta quarentena, para todos os gostos. Ah! E todos disponíveis na Netflix. Vamos lá: Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa Começamos nossa lista com um documentário nacional de peso. Petra Costa, indicada ao Oscar de Melhor Documentário, criou uma obra atemporal que explica as controversas transições do governo brasileiro e sua crise interminável. Elisa y Marcela (2019), de Isabel Coixet Um drama intenso e extremamente delicado, Elisa y Marcela conta a história de um relacionamento proibido. As protagonistas se apaixonam e lutam por seu amor na Espanha, em 1901, quando era proibido que pessoas do mesmo sexo se relacionassem. Baseado em uma história real. Batalhas (2018), de Katarina Launing O drama norueguês conta a história de uma dançarina no caminho do sucesso. Entretanto, conforme segue os passos para sua profissão, ela enfrenta desafios que põem toda sua trajetória em risco. No meio de todo o caos, ela encontra forças em um gênero inusitado: o hip hop. Bird Box (2018), de Susanne Bier Diante de um inimigo que não podem ver, um grupo de estranhos têm de se proteger e encontrar maneiras de sobreviver. O suspense aumenta quando a protagonista, interpretada por Sandra Bullock, tem que manter as esperanças para proteger duas crianças. Lazzaro Felice (2018), de Alice Rohrwacher O filme italiano, premiado em Cannes, retrata com cenografia impecável duas realidades alternativas, interpretadas pela visão do protagonista Lazzaro, interpretado por Adriano Tardiolo. O longa aborda questões sociais diversas, permeando reflexões sobre relacionamentos, autonomia, liberdade, ambição, consumismo e especialmente a desigualdade social. Para Todos os Garotos que Já Amei (2018), de Susan Johnson A comédia romântica é baseada no livro homônimo escrito por Jenny Han, de 2014. No filme, uma família nipo-americana de três irmãs vira de cabeça para baixo quando duas das filhas começam a namorar. A protagonista Lara Jean, interpretada por Lana Condor, interpreta uma menina romântica e super tímida, que tem de enfrentar suas paixões secretas sendo reveladas misteriosamente. O filme já conta com parte 2, também disponível na Netflix. O Estranho que Nós Amamos (2017), de Sofia Coppola Indicado à Palma de Ouro, o drama de Sofia Coppola relaciona grandes atuações a um roteiro bem amarrado. O filme conta a história de um soldado da União, ferido em combate durante a Guerra de Secessão. O homem se refugia num internato para mulheres, localizado em território confederado, uma decisão que pode gerar muitas reações. O Zoológico de Varsóvia (2017), de Niki Caro Nós já comentamos sobre este curioso filme de guerra aqui no blog. Você pode conferir a crítica neste link. Baseado em fatos reais, o longa conta a história de Jan e Antonina Zabinski, casal responsável por salvar a vida de mais de 300 judeus durante a segunda guerra mundial. A Voz do Silêncio: Koe no Katachi (2016), de Naoko Yamada Para os que curtem animações, A Voz do Silêncio: Koe no Katachi é uma ótima pedida. Baseado no mangá homônimo, este delicado romance conta a história de Shouko Nishimiya, uma menina surda, muito gentil e alegre, e Shōya Ishida, um menino mimado que descobre em Shouko o alvo perfeito para praticar bullying. A dupla enfrenta uma longa jornada de autoconhecimento, arrependimento e perdão, passando lições sublimes sobre respeito, preconceito e amadurecimento. Mamma Mia! (2008), de Phyllida Lloyd Por fim, uma ótima pedida para os fãs de musicais! Tudo começa quando Sophie (interpretada por Amanda Seyfried), prestes a se casar, resolve procurar seu pai biológico. Por meio do diário de sua mãe, Donna (Meryl Streep), ela encontra três possíveis candidatos. Entretanto, a confusão está montada quando ela convida os três para o casamento. Toda essa confusão é guiada pela trilha sonora icônica de canções do grupo ABBA.