Crítica | Inacreditável: um caso real de estupro

Inacreditável chegou ao catálogo da Netflix em 2019. A série, com apenas oito episódios, é baseada em fatos reais, e conta a história de Marie Adler, uma garota problemática, brutalmente estuprada aos 18 anos. Entenda a trama de Inacreditável Em 2008, Marie Adler foi atacada em seu apartamento por um homem. Segundo o depoimento da vítima para a polícia, ela estava dormindo até o momento do ato. Nesse ínterim de tempo, diz que o homem a amarrou, estuprou, e tirou fotos durante e após o ato. Antes de mais nada, temos de um lado uma vítima fortemente abalada, e uma equipe de policiais despreparados, questionando se realmente houve um estupro, passando a desacreditar da adolescente, e a constrangendo. Mais uma vítima silenciada Posteriormente, dado o acontecimento e a pressão psicológica que sofre por policiais e familiares, Marie (Kaitlyn Dever) retira as acusações. Com isso, a polícia a denuncia por ter dado um falso depoimento, que outrora passam a arquivar o caso. Adiante, Marie é excluída da sociedade, por conta de seu falso depoimento. Isso porque o caso repercutiu na mídia, fazendo com que a garota já problemática, viesse a ter mais conflitos internos. O passado que persegue Três anos após a exposição, duas policiais do Colorado começam a investigar casos semelhantes. Seguindo, as investigadoras passam a trabalhar juntas, afim de solucionarem o caso. Adiante, vê-se a limitação no desenrolar da história. Devido a falta de provas, as investigadoras se veem sem saída, enfrentando muitas dificuldades. A série tem seu último episódio guiado pela emoção, trazendo o alívio para o espectador. Notas sobre Inacreditável Em suma, o caso de Inacreditável é verdadeiro, baseado em uma investigação do ano de 2015. A publicação originalmente chamada de Uma História Inacreditável de Estupro, conta a história de Marie e dos detetives de Colorado. A série é instigante, fazendo com que o espectador assista tudo de uma vez. Por outro lado, acaba sendo difícil de acompanhar, devido o conteúdo explícito, uma vez que a série tratou com seriedade sobre o caso, conseguindo expor todos os traumas que o estupro causou nas vítimas. De acordo com o que é abordado, ao falar sobre os policiais iniciais, não poupou roteiro para descrever que muitas vezes policiais, homens em sua maioria, deixam de acreditar na vítima, usando palavras invasivas em um momentos tão complexos. Essa exposição retrata a realidade, já que a cada 1000 estupros, apenas 230 são denunciadas. Sob o mesmo ponto de vista, o Sistema de Justiça Criminal, afirma que as vítimas não denunciam para proteger a família ou a própria vítima de outros crimes que o agressor poderia voltar a praticar, e por medo do crime ocorrer novamente. Assim como Inacreditável relata, ser violado é doloroso, mas precisa ser comentado para que tenha um fim. Não se cale, denuncie. Ligue 180

CeeLo Green faz uma viagem por sua história em disco inédito; ouça

O cantor e compositor CeeLo Green divulgou seu novo disco em estúdio, intitulado CeeLo Green is… Thomas Callaway. Ademais, o trabalho é produzido por Dan Auerbach (The Black Keys). O álbum é uma viagem memorialista e sentimental por toda a história do artista. Em resumo, o projeto já está disponível em todas as plataformas digitais. “Eu não entrei no estúdio como CeeLo Green. Entrei como eu, Thomas Callaway. CeeLo Green só interpetou as músicas que Thomas escreveu”, disse. Vale lembrar que o músico já venceu 5 Grammys e conta com outros ótimos álbuns, como The Lady Killer (2010) e CeeLo’s Magic Moment (2012).

Na Minha Cabeça: Arthur Belino fala sobre paixão platônica em sua nova canção

O artista Arthur Belino fala sobre paixão platônica em seu novo single, intitulado Na Minha Cabeça. Em resumo, este é o segundo trecho divulgado do disco Por Inteiro, que será lançado ainda em 2020. Vale lembrar que a música sucede Contorno. Agora, Arthur traz uma atmosfera mais serena na nova produção. “A música usa esse momento para dar um recado simples: a força da experiência, ao escolher transformar as suposições mentais em ação, é sempre reveladora. Teoria e prática podem estar completamente distantes. Quantos foguetes foram idealizados antes do homem fazer sua primeira viagem ao espaço? Sem a realização, nossos sonhos dormem”, refletiu Belino. Ademais, o novo álbum do artista chega cinco anos após o lançamento de O que se esconde por trás da vergonha, seu elogiado trabalho de estreia.

Tocando uma Cigar Box Guitar, Craca apresenta mais um single

A arte se adapta de acordo com a necessidade. Foi assim em 1930, onde sem exportação de materiais, pessoas criaram a Cigar Box Guitar, uma guitarra feita de caixa de charutos e cabo de vassoura. Ademais, o instrumento foi usado por lendas do blues, como Blind Willie Johnson e Muddy Waters. Agora, o músico Craca resolveu trazer mais uma vez a diferente guitarra para o seu novo single, intitulado Terceirizados. Em resumo, o clipe da canção traz o artista tocando o instrumento. Todas as cenas do vídeo foram gravados pelo celular do artista. Na faixa, também temos a participação de Ivan Batucada, convidado para complementar a canção com diversos objetos de percussão.

Beavis and Butt-Head ganha novos episódios inéditos

Imagem de divulgação: Beavis and Butt-Head

O mês de julho já começou com uma boa notícia para os amantes de rock: Beavis and Butt-Head ganhará novos episódios. O desenho nasceu através do curta animado do juiz Frog Baseball, e se concentrou nos dois personagens que dão nome ao título: idiotas bem-intencionados que compartilham suas desventuras e fazem comentários sobre vídeos musicais.  A princípio, os primeiros episódios da série, foram ao ar em 1993 e se prolongaram até 1997. Em 2011, ela ganhou mais uma temporada adicional, que foi ao ar na MTV.   “Beavis and Butt-Head definiu toda uma geração e mal podemos esperar para assisti-los novamente”, diz Chris McCarthy, presidente do Entertainment & Youth Group.  Segundo o The New York Times, a criação de Mike Judge será exibida pelo Comedy Central e terá duas temporadas.  Os episódios que serão escritos, produzidos e dublados por Mike ainda não têm data de lançamento, mas podemos esperar para vê-los ainda este ano.  Yeah, estamos no aguardo!  Enquanto isso vamos relembrar um pouquinho com Red Hot Chili Peppers

Entrevista | Dope Times – “É nosso dever ajudar, independente de pandemia”

No ano passado, a banda de ska punk Dope Times lançou seu primeiro álbum de estúdio. Em resumo, Life Is A Mess é composto por 12 faixas, incluindo Wasted Ways, que inclusive ganhou um videoclipe. Apesar do grupo ter nascido em 2018, os integrantes já são veteranos na música. Após o fim do Marginal Attack, Rafael Jales (guitarra e voz) e Paulinho Greg (bateria) decidiram que iriam continuar produzindo música juntos. Posteriormente, os músicos chamaram o baixista Maniac Biffs, do Spitfire Demons. E por fim, o ex-guitarrista do Ketamina, Fábio Gomes, chegou para integrar a Dope Times. A princípio, a banda seguiu trancafiada em estúdio sem realizar nenhum show, até iniciar a gravação do primeiro trabalho, em junho de 2019. Em conversa com o Blog n’ Roll, o vocalista Rafael Jales contou mais detalhes sobre os primeiros passos do grupo. Além disso, o artista também comentou sobre os planos para o futuro e a participação do Dope Times no Juntos Pela Vila Gilda. Por que a música Wasted Ways foi a escolhida para ser representada em um videoclipe? E como foi o processo de gravação? O dia que comecei a rabiscar Wasted Ways, eu sabia que seria com ela que gostaria de apresentar o Dope. Ela combina com a proposta da banda de fazer ska punk. Os versos dançantes, o refrão com mais peso, então a mescla seria perfeita. Eu não queria nem algo somente ska ou algo somente punk rock. Nós mantemos os ensaios durante quase um ano sem falar ou especular nada para ninguém, mas sabíamos que quando a banda fosse lançada precisaria de um videoclipe. E aí para fazer tudo certinho, não tinha como não escolher nosso amigo Christian Targa aka Gordo. O processo foi muito legal, desde as primeira conversas, até de fato chegar no clipe, e também o pós. Foi um domingo muito intenso e bem trabalhoso, que começou umas 10h e acabou por volta das 19h. Foi gravado na Fenda dos nossos amigos em parceria com a Sabot. Além disso, envolveu mais ou menos umas 20 pessoas que nos ajudaram e algumas cenas, como por exemplo das garotas cantando o refrão, foi totalmente improvisada no momento. Tenho boas recordações, foi um ótimo dia. Quanto ao álbum Life Is a Mess, como foram as etapas do trabalho? Todas as faixas de bateria foram gravadas em uma noite no estúdio Blackbox. O que mais me lembro desse dia, foi que o Biffs derrubou uma lata de cerveja dentro da sala técnica e caiu cerveja para tudo quanto é lugar e quase a gravação acabou por ali mesmo porque o dono, nosso amigo Markão, queria matar o Biffs (risos). Brincadeiras à parte, o Paulinho gravou super rápido e foi sensacional. A sequência dos instrumentos de corda gravamos na casa do Biffs em três tardes. As vozes gravamos no estúdio Gas do nosso amigão Rafael Braga e do querido Fausto. Foram diversas sessões e o Rafa sempre nos ajudou e desde o primeiro dia nos entendeu bem. Acho que tivemos muita sorte em ter achado o time. Mas tudo isso só deu certo, porque quem nos coproduziu, mixou, masterizou e nos ajudou em tudo, até mesmo nas indicações dos estúdios, foi nosso grande amigo Gab Scatolin. Além de ser super talentoso, ele teve uma grande paciência e gravou tudo que foi adicional no álbum, como o Hammond. Sem ele, tenho certeza que o álbum não seria metade do que é. Mais uma vez, tivemos muita sorte no time que arrumamos! De que forma a banda tem se reinventado durante essa quarentena? Nós estamos tentando estar presentes em lives como a grande maioria. Então, pelo menos uma vez por mês tentamos aparecer. Já fizemos lives musicais, entrevistas, gastronômicas e por aí vai. Além disso, estamos sempre participando de alguma contribuição em vídeo caseiro, tocando algum som. Acho muito importante se manter presente nesses tempos de quarentena, pois está muito mais fácil cair do que permanecer em pé em dias atuais. E quais são os planos após este período? Single, videoclipe, EP ou álbum a caminho? Não temos certeza ainda, provavelmente um EP para o próximo ano. Acho que videoclipe ainda é cedo para se pensar, já que lançamos Dope Times em março. Talvez um lyric vídeo ou algo assim. Estávamos no meio da mini tour Life Is A Mess, em apresentação do álbum quando fomos interrompidos com a pandemia. Não consigo pensar em nada agora, a não ser continuar de onde paramos. Tocar, tocar, tocar! Muitos fãs se incomodam quando integrantes de bandas de punk rock se posicionam politicamente, sobretudo quando há críticas ao Governo Bolsonaro. Essa parcela de fãs afirma que nem todo punk é de esquerda ou, necessariamente, contra a direita. Como vocês analisam a situação? Acho que o cara que curte punk rock se incomodar quando alguém de uma banda de punk rock se posiciona contra a direita, é porque essa pessoa não entendeu nada de punk rock. O Dope Times é uma banda de ska punk que não tem letras de protesto por exemplo, mas não quer dizer que não somos contra qualquer tipo de preconceito. Muito pelo o contrário. Então acho que se identificar com punk e direita, não faz sentido algum. O Dope Times participará da ação social Juntos Pela Vila Gilda, promovida pelo Blog n’ Roll. Para a banda, qual é a importância de integrar um evento como este? Principalmente em tempos atuais é de extrema importância. Qualquer ação é sempre bem-vinda, mesmo ela sendo uma divulgação, já que a situação não está fácil para ninguém. Muita gente perdeu emprego, muita gente não está conseguindo trabalhar, as contas não pararam de vir. Mas tem muita gente que está pior. Acredito que é nosso dever ajudar, independente de pandemia ou não. O governo não está nem aí para ninguém, a não ser para eles mesmo, se nós não fizermos, quem fará?