Chrissie Hynde lança Standing in the Doorway, disco de releituras de Bob Dylan

Chrissie Hynde, vocalista do The Pretenders, lançou seu terceiro álbum solo. Standing in the Doorway – Chrissie Hynde sings Bob Dylan é um mergulho na obra de Bob Dylan com uma leitura sentimental e temática. O disco chega a todas as plataformas de streaming via BMG, bem a tempo de celebrar os 80 anos do compositor. As músicas foram feitas à distância, durante a quarentena, por Chrisse e James Walbourne, guitarrista e produtor musical que é parceiro da artista no Pretenders. O processo se deu quase inteiramente por aplicativos de troca de mensagens. James gravava uma ideia inicial e enviava para Chrissie adicionar seu vocal. O trabalho de mixagem foi realizado por Tchad Blake (U2, Arctic Monkeys, Fiona Apple) e teve seu processo iniciado de modo fluído e natural. “Estávamos já há algumas semanas de lockdown no ano passado quando James me enviou Murder Most Foul, a nova faixa do Dylan. Ouvir essa música mudou tudo para mim, me tirou do clima pesado que eu estava. Lembro-me de onde estava no dia em que Kennedy foi baleado e peguei cada uma das referências que existem na música. É impressionante como em tudo que o Bob faz, ele consegue te fazer sorrir, te faz rir em algum momento. Eu sinto que ele é quase um comediante, com um humor ácido e sempre com algo a dizer. Na mesma hora liguei pro James e falei ‘vamos fazer alguns covers de Dylan’ e foi isso que começou tudo”, conta Chrissie. Curadoria Com 14 álbuns de estúdio lançados e diversos clássicos, Chrissie Hynde é parte do Rock’n’Roll Hall of Fame e uma inspiração para diversas gerações de artistas, de variados gêneros musicais e não só do punk e new wave, onde fez parte do movimento seminal. Ao longo de dez faixas pinçadas cuidadosamente ao longo catálogo do bardo, o repertório do disco busca momentos nem tão conhecidos da obra de Dylan com a personalidade de Hynde. Entre faixas descobertas em sobras de estúdio e compilações até canções dos anos 80 e 90, Standing in the Doorway chega acompanhado de um filme com apresentações de todas as músicas que será divulgado na próxima segunda (24), dia do octogésimo aniversário de Dylan. O álbum está disponível em todos serviços de música digital.
Grupo de rap Imagreen lança primeiro EP, uma trilogia com clipes

O Imagreen, grupo de rap da Zona Noroeste de Santos, lançou o primeiro EP Entre o Mal e o Bem após quase oito anos de caminhada. Em síntese, a produção é uma trilogia e todas as músicas ganharam clipes. Entre o Mal e o Bem, Não Fica em Shock e No Que Dar Valor têm identidades e atmosfera diferentes, mas dialogam entre si. Em resumo, os integrantes Mary Pozett, 33 anos, Zilla, 29, e LM’C ,25, começaram a pensar no conceito do EP após serem contemplados com a Lei Aldir Blanc, em dezembro de 2020. “Quando conseguimos pensamos no conceito do EP, soltando todas as músicas com clipe”, diz Zilla. Trilogia A primeira música Entre o Mal e o Bem, que dá título ao EP, é uma crítica relacionada ao governo. “A gente levanta a militância do que o rap é em si”, afirma LM´C. Logo depois, veio o segundo lançamento Não Fica em Shock aborda problemas relacionados à própria favela. “Estamos nos apresentando de uma forma mais abrangente dentro do hip hop, envolvendo os quatro elementos”, explica LM´C. Aliás, no clipe, podemos ver mc´s, b boys, dj e grafitti, os quatro elementos do hip hop. Por fim, a terceira música No Que Dar Valor é mais introspectiva e traz uma mensagem motivacional. Contudo, a composição foi escrita há oito anos. “É uma composição do LM’C. A gente ia gravar ela a muito tempo atrás, mas preferimos fazer ela com os músicos num formato que desse uma emoção a mais. No beat ela já era boa, mas se viesse com melodia e arranjos ficaria bem melhor”, explica Mary Pozett. A união faz a música A DJ e produtora cultural Nanne Bonny foi a responsável pela produção das músicas junto com o grupo. Aliás, ela é conselheira de cultura de Santos e durante o processo da Lei Aldir Blanc participou ativamente da construção do edital e da implementação da lei na cidade. “Eu conheço o grupo faz alguns anos e sempre acreditei muito na potência deles e foi quando procurei eles para falar do edital. A ideia deles já estava pronta, a gente fez algumas reuniões para discutir orçamento e cronograma e adaptar para o edital. Após isso, nos reunimos e começamos a contatar equipe para produção. Eles já tinham as músicas, os clipes foram construídos em equipe. E esse foi o resultado!”. Ademais, embora o curto período que tiveram para execução do projeto, o grupo está bem satisfeito com o resultado do primeiro EP e agradece todas as pessoas que participaram da produção. “Aos b-boys, aos músicos que participaram da última música (No Que Dar Valor). A galera que fechou em protagonizar o primeiro clipe, a Andreia Biancardi, Nanne…” Os trabalhos do Imagreen podem ser acompanhados pelas redes sociais. YoutubeFacebookInstagramSpotify
Gabriel de Almeida Prado inicia divulgação de álbum com single

O cantor e compositor Gabriel de Almeida Prado lançou na sexta (21) o single O Fim Está Próximo. Em resumo, é o pontapé inicial do novo álbum Não Aceito ser Um Só, que chega via selo Cada Instante. O samba catártico, composto pelo artista em parceria com Élio Camalle, reflete sobre o medo. Em síntese, ele faz com que “mergulhemos no fundo de um poço que nem era tão fundo assim”, comenta o artista. Já sobre a composição, Gabriel completa. “Fiz essa letra pensando na lógica de uma pessoa que passou por algo de ruim e tem uma percepção de ser muito pior do que realmente é, e até rir um pouco disso. Decidir ‘chutar o balde’, como diz a canção, mas depois perceber que aquilo não era o fim do mundo como se imaginava.” Apesar de O fim está próximo ter sido escrita em 2016, os versos “eu sei que parece, mas eu não sou de aço” coincidentemente dialogam com os dias de hoje. Unindo música à poesia, Gabriel traça sua relação com a arte e perpassa ritmos e sons. O cantautor se utiliza da composição para flertar com a poesia e se importa com os sentidos das palavras em suas letras. Referências Com diversas referências ao longo da trajetória musical, o avô, renomado poeta Antônio Lázaro de Almeida Prado, trouxe a poesia para perto do artista. Para 2021, Gabriel prepara o lançamento do seu segundo álbum, Não aceito ser um só, concebido através do encontro entre mais de 30 artistas e produzido durante dois anos. Com diversas participações especiais e ex-alunos do projeto social Escola do Auditório do Ibirapuera, Gabriel de Almeida Prado assina a produção do disco em parceria com Liw Ferreira e Pedro Serapicos, o qual fez a engenharia de som. Entre as demais colaborações, estão Siba, Pascoal da Conceição, Osvaldinho da Cuíca e Rubi. A identidade visual e as artes foram concebidas pelo renomado Guilherme Kramer.