Velhas Virgens lança versão punk rock de Chico Buarque

O Velhas Virgens lançou uma regravação de uma canção de Chico Buarque de 1974 cheia de lendas ao seu redor. Jorge Maravilha foi gravada pelas Velhas em 1998, para o CD Sr Sucesso (lançado em 1999, nas bancas), mas acabou não entrando no disco. Então, o grupo recuperou a canção, remasterizou e, enfim, lançou. O que era um samba-rock na voz do Chico virou um punk rock cheio de guitarras com as Velhas. “A história da música já merecia um filme. Chico Buarque, para escapar da censura, assume o pseudônimo de Julinho da Adelaide, manda a letra da música, entre vários versos românticos, para a Polícia Federal. Com a aprovação e sem a obrigação de gravar tudo o que foi aprovado, escolheu o que queria da letra e, em 1974, saiu no projeto de Jads Macalé intitulado Banquete dos Mendigos, gravado no concerto em homenagem aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, justifica a banda. Alguns acreditavam que a música teria sido feita para filha do ex-presidente General Geisel por causa do verso “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. Chico, no entanto, deu sua versão dos fatos. “Aconteceu de eu ser detido por agentes de segurança (do Dops), e no elevador o cara pedir autógrafo para a filha dele. Claro que não era o delegado, mas aquele contínuo de delegado”. Versão bem própria Histórias a parte, a música virou um rock na versão das Velhas Virgens com interpretação bem pessoal e muito humor. Hoje sabemos que cometemos alguns erros na letra da música, mas acho que o Chico há de nos perdoar, no final dos anos 1980 não era tão fácil achar as letras corretas. Paulão, entretanto, insiste que não errou e sim mudou de propósito algumas palavras da letra original só para poder alardear que fez uma letra em parceria com Chico Buarque. E durma-se com um barulho destes. Os vocais agressivos e cheios de sarcasmos de Paulão de Carvalho dão o tom da música enquanto as guitarras fazem uma parede sonora punk rock. A batera e baixo fazem uma cozinha de linhas bem definidas, indo direto ao ponto. Um rock sem firulas, pra bater cabeça, que termina com uma citação ao AC/DC.

Rolling Stones lança EP com músicas de show para 1,5 milhão de pessoas em Copacabana

A banda The Rolling Stones divulgou nesta sexta-feira (28), um EP com cinco faixas do projeto The Rolling Stones – A Bigger Bang: Live On Copacabana Beach. Ademais, o trabalho inteiro chega no dia 9 de julho. Em resumo, o trabalho tratasse de um dos maiores shows gratuitos da história. Onde o grupo inglês tocou na praia de Copacabana em fevereiro de 2006. Aproximadamente 1.5 milhão de pessoas contemplaram a apresentação. O show acabou sendo o maior destaque da turnê A Bigger Bang. “Não é que não estamos acostumados a fazer alguns dos maiores shows do mundo, mas devo dizer que o show do Rio foi excepcional”, disse Keith Richards na ocasião. As primeiras canções disponíveis do trabalho são Sympathy For The Devil, Wild Horses, You Got Me Rocking, Happy e Rough Justice. Sendo a última de um show do conjunto em Sal Lake City, em 2005, que também estará presente na edição deluxe.

Tubarão MC: destaque em batalhas de rima, é um rapper para ficar de olho

Carlos Daniel Santiago Ferreira, o Tubarão MC, de 20 anos, oriundo de Praia Grande, já disputou mais de 400 batalhas de rima e tem ganhado notoriedade na cena do rap. É conhecido por suas rimas inteligentes e trocadilhos quando está mandando um freestyle. Inclusive vários vídeos na internet compilam seus melhores momentos. Pra completar, o MC é o único da Baixada Santista a ganhar duas batalhas: do Museu e da Aldeia, que tem relevância a nível nacional. Em seu portfólio, destaca-se vencedor da Batalha do Museu, em Brasília, Batalha da Aldeia, por duas vezes, além de ser vice-campeão do estadual, o Circuito Paulista de Batalha de MCs, dentre tantas outras conquistas.  Grande parceria O rapper já rimou com nomes conhecidos das batalhas, um deles é o Kant, com quem fez um feat neste ano. O clipe Nada Pacífico tem mais de 280 mil visualizações no YouTube e foi possível graças a parceria da Batalha do Líbano e a Batalha013.  “Eu já conhecia o Kant das batalhas. Além das rimas, é alguém que eu gosto muito. A gente começou a pegar uma amizade. Em 2020, me convidaram para participar da Batalha do Líbano, que é de Barueri, de onde o Kant é e ele mora no bairro do Líbano. Então, eles viram que eu era o maior campeão aqui da Baixada Santista e perguntaram por que não nos juntar em uma parceria. A Batalha013, da Baixada, me apoiou e arcou com o custo. O vídeo foi lançado no canal da Batalha do Líbano. Graças a Deus abriu portas para a visibilidade”.  Tubarão MC O artista também tem singles e clipes lançados, trabalhos solos e com parcerias. Recentemente, teve o lançamento de É o RAP, é o funk, com integrantes do coletivo Labuta Hip Hop, do qual faz parte.  No início era hobby Mas nem sempre Carlos Daniel levou o rap como algo que queria pra vida. Tudo começou como um hobby em 2015, quando ele tinha 14 anos apenas. “Fazia uma rodinha de freestyle com os amigos na escola, a gente não fazia rap e sim funk. Nos reuníamos, ficávamos na ‘palma da mão’ rimando”, explica.  Em 2016, foi a sua primeira batalha de rap em Praia Grande, a Batalha Hip Hop Por Prazer, que acontecia no Boqueirão. Ele já era conhecido como Tubarão na escola, devido a um acidente na educação física, que o fez perder o dente da frente. Os amigos na época disseram que ele estava parecendo um tubarão e ele adotou o vulgo pra vida.  Apesar de gostar de rimar, ele via a pratica como um hobby. Demorou um ano para perceber que poderia ser algo a mais. “Eu fazia aos finais de semana. Só tinha três batalhas na Baixada Santista, então não ia a muitas e não era algo que pensava em levar pra vida”.  Primeiro som Quando começou a aparecer mais batalhas na região, o artista era mais frequente nos eventos. Ele ganhava algumas, e tinha casos em que a premiação era a produção e gravação de uma música. Só que Tubarão geralmente dava esse prêmio para outra pessoa, pois não tinha ainda muito interesse em fazer música.  Ele resolveu dar uma chance em 2017, quando gravou pela primeira vez a música Sentidos parte I. “A 100ª edição da Batalha da Conselheiro, em Santos, foi especial. Reuniram só MCs selecionados. Eu fui campeão nesse dia e ganhei uma produção completa com beat, gravação e tudo. Resolvi fazer, pensei ‘não custa nada’, e assim fiz meu primeiro som”. Outro patamar Dias após esse evento, Tubarão conta que a chave virou e ele começou a perceber que o hobby poderia se tornar algo mais sério. Ele disputou a regional, que acontece uma vez por ano. “Era um evento bem importante, você tem que passar nas classificatórias até chegar ao nacional. Eu acabei perdendo, mas entendi o patamar que eu poderia chegar”. Para ele, alguns mc´s importantes com quem rimou devido à relevância foi o Leozin, na época o considerava um dos melhores de São Paulo, em 2016. O Salvador, com quem rimou em 2019 no estadual, conseguindo vencê-lo, e o Kant.  O segredo das rimas Tubarão é muito conhecido pelas batalhas e a forma como constrói as rimas no freestyle. Ele conta que desde a época de escola sua matéria preferida era português, pois sempre se deu bem com as palavras. Ele tinha facilidade em fazer textos, redações, facilidade com figuras de linguagem, metáforas e por aí vai.  Quando entrou para o mundo das batalhas, começou a estudar outros assuntos. “Trocadilho, antítese, comecei a estudar mais. Também vejo batalhas de outros países, isso faz você aprender muitas coisas. Os compilados de vídeos na internet, por exemplo, não são iguais aos do Brasil. Aqui, geralmente fazem sobre as melhores rimas. Lá, eles separam por temas, tipo melhores rimas de metáforas, de trocadilhos. Eu estudo muito isso e busco entender o estilo que cada batalha tem”. Tubarão MC Após tantas experiências nas batalhas, Tubarão confessa que não fica mais tão nervoso quando vai competir. E sempre que tem um evento, busca ficar tranquilo e de cabeça fria um dia antes, sem se estressar e arrumar problema. “Eu já sou uma pessoa bem fria e eu faço isso. Quando subo no palco eu estou tranquilo”.  Representante 013 Com todas as disputas e conquistas nas batalhas de rima, Tubarão MC acaba trazendo visibilidade para a região da Baixada Santista. E para ele, isso é muito satisfatório. “É como nas olimpíadas, que você passa o bastão para o outro atleta, sabe? Sempre tem alguém que se destaca, em 2016 era o T h, por exemplo. E tiveram outros. Eu não acho que sou o melhor em rima, mas sou esforçado, eu tenho corrido atrás do que eu quero”.  Ele ainda fala que a Baixada Santista tem muita batalha boa, mas não tem tanta visibilidade. “Então, eu fico feliz quando o Bob da Batalha da Aldeia vai falar meu nome e ele fala de onde eu sou. Ano passado mesmo eu consegui

Edgar lança o poderoso álbum Ultraleve; ouça!

O multiartista Edgar lançou nesta sexta-feira (28) o sucessor de Ultrassom. Batizado de Ultraleve (Natura Musical/Deck), o novo álbum traz paisagens um pouco mais solares que o disco anterior, mas os assuntos são sempre urgentes. Em resumo, excesso de tecnologia, destruição ambiental, violência e individualismo. A ancestralidade também está representada pelas participações de Kunumi MC, morador da aldeia indígena Krukutu, localizada na região de Parelheiros (SP), e da cantora e compositora iunk (primeiros povos habitantes do Alaska, Groenlândia e Canadá) Elisapie. Ambos cantam em seus idiomas nativos. O projeto conta ainda com clipes que bebem das referências psicodélicas do artista. Aliás, os vídeos A Procissão dos Clones e Mentes Mirabolantes também chegam aos fãs nesta sexta-feira (28). Logo depois, às 19h, Ultraleve ganhará uma live transmitida direto do canal de Edgar no YouTube. Em síntese, o repertório fará uma viagem planando por todas as faixas inéditas do álbum. Produzido por Pupillo, Ultraleve traz instrumentos construídos por Edgar. O multiartista trabalha nisso desde 2016 e três desses instrumentos criados a partir de lixo reciclável introduzem novos timbres ao som do álbum, um pouco menos tecnológico do que seu antecessor. Edgar foi selecionado pelo Natura Musical, por meio da lei federal de incentivo à cultura, ao lado de Elza Soares, Emicida, João Donato e Letrux. Ademais, ao longo dos 16 anos, Natura Musical já ofereceu recursos para mais de 140 projetos no âmbito nacional.

Ctrl C: Superclima82 divulga single psicodélico e reflete sobre a existência humana

“O homem sempre tentou copiar Deus”. Essa é a premissa principal do novo single do Superclima82: Ctrl C. A faixa traça um paralelo entre a tecnologia contemporânea e a tentativa da sociedade de igualar aquele que teoricamente é responsável pela sua existência.  Ctrl C é recheada de elementos de psicodelia e rock alternativo. A faixa dá continuidade ao trabalho que o artista iniciou com os singles Amanhecer e Milímetro Perdido.  As três canções foram compostas, produzidas e gravadas por Carlos Rafael Clima, sendo ele o artista que assume o pseudônimo Superclima82 neste projeto. O cantor explica sobre o título do novo single. “Escrevi essa música depois de ler uma reportagem sobre clonagem. A partir daí, refleti no quanto o homem sempre tentou igualar a Deus. Tanto na conquista espacial, quanto na clonagem, tentamos copiá-lo de alguma forma. Por isso, o título ‘Ctrl C’”. Superclima82 tem outras 10 faixas no gatilho para lançar ao decorrer dos próximos meses. Todo o conteúdo foi captado de forma caseira, sendo que outra canção inédita será lançada em junho.