Entrevista | Fresno – “Se a gente não se sentisse livre, nós não faríamos”

Com uma linguagem totalmente diferente da já conhecida pelos fãs, a Fresno surgiu recentemente com o lançamento do nono álbum de carreira. Chamado de Vou Ter Que Me Virar, o disco conta com 11 canções e três participações especiais. O novo projeto mescla letras que são um verdadeiro desabafo, a uma sonoridade mais eletrônica e pop.  E não somente as músicas tiveram alterações. É perceptível uma mudança na linguagem visual da Fresno também. A capa do álbum e os videoclipes de Vou Ter Que Me Virar e Já Faz Tanto Tempo feat. Lulu Santos, têm o intuito de trazer esperança para o público e uma roupagem menos datada para o projeto.  Para falar mais sobre o lançamento deste novo disco, o Blog n’ Roll teve a oportunidade de conversar com a banda completa. O guitarrista Gustavo Mantovani, o vocalista Lucas Silveira e o baterista Thiago Guerra contaram mais sobre o processo de concepção do álbum (que teve 42 versões diferentes!), além de toda a expectativa para a volta aos palcos no próximo ano, isso com um integrante a menos, já que o tecladista Mario Camelo deixou a banda em agosto deste ano.  O que dá para adiantar, é que essa, é uma daquelas entrevistas que poderia durar um dia inteiro, tamanha a simpatia e sinceridade dos músicos acerca do trabalho. É nítido que esse álbum foi pensado por uma Fresno mais madura e que quer conquistar outros públicos, estando fora da própria zona de conforto. Vale conferir o projeto disponível nas plataformas de streaming como YouTube, Spotify, Deezer e YouTube Music. Até quem não curtia tanto o som da Fresno, provavelmente vai se surpreender e repensar.  O álbum está diferente de tudo o que já foi feito pela Fresno. A primeira dúvida que surge é: como foi o processo de concepção desse novo trabalho durante a pandemia? Lucas Silveira – A gente sentiu a dificuldade quando lançou o disco, porque não fizemos uma festa né? Ainda não estamos no clima para isso, mas em breve faremos. Falando sério, sobre fazer o álbum, apesar de sermos velhos (risos), somos muito modernos no sentido de saber produzir à distância e embora sejamos uma banda, tratamos cada música e cada disco como uma criação musical diferente, que nós, enquanto um grupo de pessoas que decide por fazer um novo trabalho, fazemos a obra em conjunto. Então, não necessariamente precisamos estar fisicamente juntos, pois se tu pegar historicamente, antigamente só tinha como se gravar as bandas fazendo um ao vivo. Então era ensaio, ensaio… Grava, grava. Mas isso foi mudando e hoje é muito diferente. Essa limitação de estar no mesmo espaço não temos mais, nos possibilitando fazer sons diferentes. Mas a gente se juntou em alguns momentos em que precisava tomar decisões e principalmente quando precisava gravar alguma bateria, por exemplo. O Guerra também tem um estúdio na casa dele, fomos nos juntando e acompanhando o processo todo. É um grande “grupão do zap” da banda que vai melhorando as músicas e cada um vai dando suas sugestões.  Gustavo Mantovani – E tem um detalhe né? Como originalmente algumas dessas músicas eram para ser de um projeto chamado Sua Alegria Foi Cancelada – Deluxe, que nunca acabou acontecendo, algumas delas foram gravadas antes da pandemia, como é o caso de Já Faz Tanto Tempo e Grave Acidente. Lucas Silveira – É verdade. Grave Acidente tem dois anos de composição. Me apareceu recentemente uma lembrança da gente tocando essa música aqui em casa.  Thiago Guerra – Isso é um sinal de que era na verdade um processo, que muita gente está entendendo agora, porque às vezes até a gente precisa sair um pouco desse tempo marcado para entender o que está acontecendo. Mas a gente já estava nesse processo, desde o último disco. É um trabalho que vem desde o disco Natureza Caos, na realidade.  Lucas Silveira – Tem música que nasceu e nem me lembro quando. Às vezes a gente ensaiava para show e a ideia surgia no próprio ensaio. Um dia eu estava na Twitch, que é o que faço quando estou sem nada para fazer, aí eu mostro pros fãs o que tem dentro das minhas pastas de músicas e composições, mas geralmente são só ideias. Se eu mexi muito na música eu sei qual que é aquela referência. Tanto que a do Lulu Santos, ela se chamava Pretenders na pasta (risos), porque era uma referência de Don’t Get Me Wrong da banda The Pretenders. E ficou… às vezes eu esqueço. Mas um dia abri a pasta e ‘cara, que música é essa?’ já que eu literalmente não lembrava dessa ideia. Aí eu mandei pro Guerra, ele devolveu e virou música depois sabe? Então, a gente é muito livre para criar. Se tiver que ir agora para um sítio e fazer um disco todos juntos como a moda antiga, faremos também, porque o divertido na história é se desafiar. Para ficarmos felizes com o processo do que estamos fazendo, temos que nos surpreender com nós mesmos. Não pode ser feijão com arroz… Aliás, é um feijão com arroz, mas a gente coloca um Ajinomoto assim… (risos). A gente não pode ficar no que já sabemos fazer, gosto de ampliar isso. Acaba que realmente fica um disco diferente do outro e propondo coisas. O próprio fã às vezes absorve na hora, mas outras vezes demora. Eu percebi que esse disco é o que mais pessoas me viram na rua e falaram ‘legal o disco novo hein?’. Por que normalmente o cara diz ‘legal, Fresno. Tira uma foto aqui’. Mas o pessoal falando literalmente que gostou… Eu percebo que deu muito certo com o fã e com pessoas que conheciam, mas não gostavam tanto assim. Foi um disco que a gente fez nesse pensamento de trazer de volta para a nossa sonoridade uma coisa mais pop. Thiago Guerra – É pop mesmo. Até porque até os rocks mais pesados do disco estão com uma sonoridade pop. E eu acho que isso é

Entrevista | Day – “Foi a minha primeira vez construindo um disco”

“A vida é isso, não passa disso”. É com essa frase que a cantora Day encerra o seu primeiro disco, Bem-Vindo Ao Clube, que conta as suas vivências de uma forma mais romantizada, e serve como um abraço para quem já esteve nas mesmas situações. Aliás, o álbum já está disponível em todas as plataformas de streaming. De acordo com a cantora, Clube dos Sonhos Frustrados é a canção que melhor resume o disco. Enquanto, o Epílogo – A Maldição da Expectativa é a que ela mais se identifica, por ser “muito honesta”. O disco vem com uma parceria. Isso Não é Amor é uma música de Day com Lucas Silveira, da banda Fresno. “A gente fez uma primeira versão de uma música que estava muito feliz para o nosso gosto, muito para cima. Ele falou vou começar outra, que foi Isso Não Era Amor, e a gente ficou travado no refrão. Ele mandou para um amigo dele fazer a melodia do refrão e voltou com o refrão já escrito”. “Inclusive para mim é um dos melhores refrões do disco que não fui eu que fiz, o que é uma pena. Mas foi meio que à distância assim, a gente só se encontrou para gravar as vozes. Eu costumo falar que é uma assinatura de tudo o que tenho feito, é muito importante para mim ter o Lucas nesse disco, ter a validação e a arte dele presente nesse projeto”, contou a cantora sobre o único feat de Bem-Vindo Ao Clube. Bem-Vindo ao Clube conta com 12 faixas, que circulam em sonoridades distintas, e transmitem diversos sentimentos ao longo dos quase 32 minutos. Sendo assim, Day resume seu estilo musical em um pop emo ou pop alternativo. Bem-Vindo ao Clube foi produzido durante a pandemia O processo criativo do disco começou no início da pandemia, onde, de acordo com a cantora, inspirou a frase que está em Clube dos Sonhos Frustrados. “Traçando metas, enquanto o mundo finda, bem-vindos aos piores dias das nossas vidas“. Assim como todo mundo, Day também achou que a pandemia da covid-19 iria durar no máximo um mês, o que era para ser um exagero artístico, se tornou real. “Foi muito intenso porque foi o momento que eu estava de muita introspecção. Então, a única coisa que eu tinha para fazer era olhar para mim, e às vezes olhar para a gente mesmo, não é tão agradável. Foi um momento de altos e baixos, era muito bom na hora de sentar no estúdio e produzir a música. Mas na hora de fazer, era uma coisa meio sofrida, mas ao mesmo tempo foi bem interessante. Foi a minha primeira vez construindo um disco, um álbum com história”, explicou. Contudo, Day acredita que o maior desafio em produzir em um momento como esse foi lidar com as suas frustrações, entender a sua realidade e não se permitir desistir. Bem-Vindo Ao Clube fala sobre todos esses sentimentos também. Show de Day e futuros feats Em suas redes sociais, Day brinca que Bem-Vindo Ao Clube é uma espécie de vacina. A primeira dose é ouvindo o disco, e a segunda é no show, que acontecerá no dia 15 de janeiro, no Hangar 110 em São Paulo. Entretanto, os ingressos esgotaram em apenas uma semana. “Eu estou tão feliz porque estava tão preocupada. É muito louco, porque há dois anos quase sem subir no palco, não sabia muito bem o que esperar quando anunciasse o primeiro show. Então fiquei muito feliz que em uma semana a gente esgotou esses ingressos. A expectativa que já estava alta, agora está ainda maior. Acho que vai ser muito emocionante, acredito que vá chorar em alguns momentos, mas estou empolgadíssima”, comemorou. Neste show, terão algumas surpresas. Clarissa, Konai e Di Ferrero farão participações especiais. Entretanto, a cantora contou ao Blog n’ Roll que na banda, Gee Rocha será o seu guitarrista. Com isso, terá um momento do show em que Day, Di e Gee cantarão uma música do NX Zero, um momento emocionante para os fãs e para ela, que acredita que vai chorar. Além disso, adiantou que em breve vai ter uma parceria com o Di. Já com a Clarissa, a música já está pronta mas ainda não tem data marcada para o lançamento, portanto, pretendem dar um spoiler no show. Com o Konai, eles já possuem uma canção juntos, intitulada Pesadelo, e irão cantar pela primeira vez ao vivo. Por enquanto só foi anunciado em São Paulo, mas Day afirma que já está fechando com outras cidades. Entretanto, os shows serão anunciados em breve, mas serão realizados só após o Carnaval.

Resenha | Ginger Wildheart & The Sinners no 229, em Londres

Cumprindo a tradição, o aniversariante sempre comemora o seu aniversário com um show em Londres. Dessa vez, Ginger escolheu a sua nova banda para celebrar a data, o Ginger Wildheart and The Sinners, com um concerto no 229, na última sexta-feira (17). O multitarefado Ginger revisa músicas da sua carreira solo, algumas versões bem peculiares, outras a serem lançadas, além de um passeio pela trajetória do The Wildhearts. Tudo muito bem dosado, uma banda que preza pelas harmonias e melodias. Aliás, tudo se encaixa muito bem no The Sinners e faz com que o setlist passe rapidamente. Alguns pontos altos devem ser mencionados, como as belíssimas The Daylight Hotel, que foi executada na última parte do set, além de Words Gonna Have to Wait, do álbum de 2018. Ghost in the Tanglewood, uma versão que esbanja melodia de Love Dirty Water, dos britânicos do Status Quo, e Six Years Gone, do Georgia Satellites, também chamam a atenção. O encerramento não deixa por menos: Only Love e Loveshit, do Wildhearts, que também contou com a participação da Kit Swing, da Rich Ragany and the Digressions. Ginger, em sua melhor forma, voltou a distribuir sorrisos. Anteriormente, ele foi muito criticado nas últimas apresentações dos Wildhearts, pois não demonstrou o carisma de outrora. Porém, tudo que envolve ele, sempre será um incógnita, exceto quando o assunto é tocar e cantar, pois isso é feito com maestria. Ano encerrado com o pé direito, sem dúvida nenhuma e que 2021 possa ser melhor e com diversos shows como o de sexta-feira passada.

Resenha | British Lion no Underworld, em Londres

Os ingleses do British Lion se enquadram em mais um daqueles que tiveram seus shows marcados, remarcados, alterados e etc. Essa perna da tour britânica seria em conjunto com o The Darkness, porém alguma força maior os impediu de fazerem a tour juntos. Logo depois, a tour foi remarcada em clubes menores por toda a Inglaterra. O Blog n’ Roll acompanhou a apresentação no Underworld, em Londres, no início do mês. No suporte à banda principal, a também conterrânea Airforce, dos anos 1980, que bebeu da fonte New Wave of British Heavy Metal e que claramente tem em sua referência maior o Iron Maiden. A banda tem um discografia de dois discos, mas chega a ser engraçado pois deu início às atividades em 1986. Aliás, após 30 anos lançou seu primeiro álbum, Judgment Day. Enquanto, no ano passado, divulgou o segundo disco, Strike Hard. Show direto, curto e grosso. As músicas são todas com a mesma estrutura, a mesma levada e palhetadas. Tudo que possa se remeter aos clichês oitentistas, afinal a proposta é apenas essa. Já mudando um pouco, o British Lion toma a cena, e claramente 90% do público estava ali pelo mestre de cerimônia da banda, a lenda Steve Harris, do Iron Maiden. A banda segue à risca a proposta que Harris teve quando montou o British Lion: tocar em clubes menores e aproveitar a atmosfera dos clubes, como era feitos nos primórdios. O setlist passa por seus dois álbuns, o primeiro, quando a banda ainda era Steve Harris e o álbum se chamou British Lion, e o mais recente, The Burning. O set anda pelos dois álbum, com os destaques para os singles This is My God, também faixa de abertura do show, Us Against The World, do primeiro álbum, Spitfire, a belíssima Lightning, além da faixa-título, The Burning.

Crítica | A Última Noite

Engenharia do Cinema Esta é uma daquelas produções que realmente foram feitas com base na situação mundial atual, englobando com alguns fatos já ocorridos na história. Com produção do renomado cineasta Matthew Vaughn (da franquia “Kingsman“), “A Última Noite” coincidentemente terminou suas gravações principais exatamente um dia antes da pandemia começar a estourar na Europa (inclusive o mesmo só chegou a ser finalizado quase cinco meses depois da quarentena). Com roteiro e direção da estreante em longas Camille Griffin (que coincidentemente na vida real é mãe dos atores Roman Griffin Davis, Gilby Griffin Davis e Hardy Griffin Davis, que vivem os filhos de Keira Knightley e Matthew Goode), vemos que ela consegue extrair várias situações reflexivas diante de um cenário bastante atual. A história gira em torno de uma família, onde durante a ceia de Natal acaba passando por diversas situações delicadas e conflituosas, enquanto a Russia acabara de soltar pela Inglaterra um gás mortal que matará todos os presentes e cidadãos do país. Imagem: Paris Filmes (Divulgação) Começo destacando que este é um filme sobre o cenário apresentado, e não sobre o perfil dos personagens. A começar que enquanto Art (Roman Griffin Davis) está preocupado com o cenário apocalíptico, seus pais (Knightley e Goode) estão ligando para coisas bastantes supérfluas. Há um debate bastante plausível também, pois enquanto muitas pessoas acabam indo atrás das recomendações do governo, Art tenta trazer a tona o debate à mesa e se realmente eles sabem o que estão falando e possui respostas debochadas por pensar diferente (algo que realmente vem acontecendo, no cenário de pandemia). Apesar do ator mirim ser um dos destaques centrais do longa, vale destacarmos que mesmo tendo nomes como de Knightley, Goode, Annabelle Wallis, Lily-Rose Depp, Lucy Punch e Kirby Howell-Baptiste, nenhum deles possuem grandes atuações ou momentos bastante memoráveis. Eles estão operantes como se estivéssemos vendo um monólogo ou até mesmo peça teatral (uma vez que a produção se passa em um único cenário), e isso vai incomodar o espectador que procura algo aos moldes dos recentes “Não Olhe Para Cima” e “Destruição Final”. “A Última Noite” acaba conseguindo fazer um interessante parâmetro com o nosso cenário atual, justamente em uma época natalina (pelo qual nos encontramos).

Crítica | Amor, Sublime Amor – 2021

Engenharia do Cinema No início dos anos 60, um então Steven Spielberg com 10 anos conheceu a história de “Amor, Sublime Amor“, clássico dirigido pela dupla Jerome Robbins e Robert Wise, com base no livro de Arthur Laurents. Apaixonado desde então pela história de amor proibido entre Tony (Richard Beymer) e Maria (Natalie Wood), ele tentou durante anos realizar esta produção e mesmo sendo quem ele é, nenhum estúdio queria que este projeto acontecesse (devido ao fato de descreverem o mesmo como “único”). Então após constantes sucessos na então 20th Century Fox, o mesmo permitiu que ele o realizasse da sua maneira. O resultado acabou não só sendo um dos melhores musicais do ano, como também dos últimos anos. A história é fortemente inspirada no clássico de William Shakespeare, “Romeu e Julieta” e mostra os jovens Tony (Ansel Egort) e Maria (Rachel Zegler), que fazem parte de etnias completamente diferentes, pelas quais brigam constantemente de formas diversas. Afinal, o primeiro faz parte de uma gangue de estadunidenses, e a segunda é irmã de um dos líderes da gangue de costa-riquenhos. Imagem: 20th Century Studios (Divulgação) Spielberg sabe as grandes possibilidades que poderiam ser feitas nesta produção, e por isso nos brinda com diversos momentos que fazem esta produção ser única. A começar pela sequência de abertura, que é totalmente concebida com um número musical com uma melodia viciante composta por Leonard Bernstein (que provavelmente vai levar o Oscar), pelos quais consegue captar a nossa atenção de imediato. Isso não poderia ter ficado melhor, já que a fotografia de Janusz Kaminski usa e abusa de tonalidades amareladas e acinzentadas, para remeter ao fato de estarmos assistindo ao filme dos anos 60 (e isso ocorreu durante toda a projeção, vale destacar). Com relação às canções, há dos mais diversos tipos, dos mais românticos aos mais animados e dramáticos. Mas Spielberg sabe muito bem como e quando conduzi-las, pois ele sempre os coloca nos momentos certos e não durante arcos dramáticos ou desfechos aos quais o espectador ainda está absorvendo o que foi visto. São nestas horas que vemos o talento do casal protagonista vivido por Elgort e Zegler, consegue não só ter química, mas também semblante e entonação para as músicas. Agora uma atriz chave, pelo qual acaba roubando a cena é a costa-riquenha Rita Moreno (que esteve no original interpretando a irmã de Maria, Anita, e agora vive Valentina, a chefe de Tony), que possivelmente pode ser indicada ao Oscar de atriz coadjuvante. A veterana sabe brilhar quando aparece e até mesmo possui ótimos momentos chaves em cena (já que muitos dos pesos dramáticos caem sobre ela). O remake de “Amor, Sublime Amor” é uma verdadeira obra de Steven Spielberg que mostra o quão o mesmo estava nitidamente apaixonado na hora de conceber essa nova roupagem ao clássico.