Casaprima reflete sobre a nossa pequenez diante do universo no single Grão

O duo pernambucano Casaprima segue convidando a refletir sobre os dilemas humanos em uma série de singles que antecipam seu segundo disco de estúdio. A nova faixa, Grão, é um diálogo poético sobre a grandiosidade do universo e o nosso aparente pequeno tamanho diante do infinito. A canção chega às plataformas acompanhada de um clipe. A nova música de Casaprima observa como os momentos são passageiros e que devemos aproveitar cada um deles. Aprender com os obstáculos e comemorar os dias bons, sem perder a esperança de que as coisas podem melhorar. “Após os acontecimentos marcantes que ocorreram nos últimos dois anos, estamos diante de uma perspectiva de recomeço. Janeiro de 2022 traz consigo não apenas promessas para um ano novo, mas um vislumbre de esperança, fazendo-nos desejar que todas as dificuldades que enfrentamos recentemente dêem lugar a momentos de tranquilidade e alegria”, entrega o duo formado por Maria Juliana e Heitor Alves. O single Grão se une a Maduro e Real e Eu Canto, primeiras inéditas de Casaprima em seis anos. O projeto retomou os trabalhos resgatando a faixa-título de seu primeiro disco, Andarilho, para um novo clipe que anunciou as novidades da banda, encerrando seu primeiro ciclo para focar no futuro. A vulnerabilidade emocional é uma das marcas do projeto pernambucano desde seu início. Após mudanças na formação do agora duo, as novas canções irão solidificar a identidade intimista e pessoal das composições de Casaprima, mas indo além do que se esperaria de sua musicalidade folk, utilizando pela primeira vez elementos eletrônicos para trazer novas nuances sonoras.

Miri Brock transforma um amor intenso que se esvanece no clipe Corre Amor

Nome em ascensão do pop nacional direto de Porto Alegre, Miri Brock revela mais uma canção que mantém em alta as temperaturas da sua sonoridade. Corre Amor é uma mistura de beats dançantes e letras que celebram os amores fugazes, temperada com a sensualidade do pop brasileiro. A canção chega às principais plataformas e ganha um clipe. A pluralidade sonora e de amores habita a musicalidade de Miri Brock desde seu primeiro single, o bem recebido Me Diz O Que É. A estreia solo da artista vem na esteira de uma carreira de mais de dez anos dedicados à música. De Santa Maria (RS), atuou e se destacou como vocalista na banda Louis & Anas (posteriormente rebatizada apenas como Louis), mesclando referências do soul, da disco music e do R&B. Agora, Miri está pronta para uma nova fase, oferecendo um olhar moderno e sob a perspectiva feminina e feminista sobre os amores fluidos. “Escrevi a letra, melodia e harmonia de Corre Amor num momento em que sofri uma desilusão amorosa. Eu conheci uma pessoa em um festival, no carnaval, e vivi 48 horas muito intensas com ela. Depois do carnaval seguimos em contato, eu achando que algo maior ia acontecer, até que no reencontro as coisas foram bem mais frias do que eu esperava. Aí passei por aquele momento de tirar a pessoa do seu pedestal, me recolher e entender que tudo bem, que isso passa, e eu sigo bem (melhor) sozinha”, revela a artista. Miri vem esquentando os motores dessa nova fase com uma série de singles. Durante o isolamento social imposto pela pandemia, idealizou em parceria com Victor Fão e Martina Fröhlich o projeto Gliti, experimento musical e audiovisual que aborda temáticas de liberação feminina e sexualidades plurais numa roupagem eletropop. Atualmente, é uma das mentes criativas à frente do projeto Circuito Orelhas, com foco na circulação de nomes consagrados e revelações da música brasileira. Radicada em Porto Alegre, Miri reuniu a fina flor da música pop gaúcha para dar corpo ao seu projeto solo, sob produção da dupla Marcelo Fruet e Daniel Roitman. O primeiro single, Me diz o que que é, lançado em novembro de 2021, ganhou um videoclipe dirigido pelo conceituado jornalista paulistano Allex Colontonio (Casa Vogue, Kaza, Decornautas). Para esse novo single, o vídeo assinado pela Insonia Multimídia dá forma a uma letra onde as altas temperaturas de um amor intenso ecoam no calor desse verão. Corre Amor já está disponível para streaming e o clipe, no canal de YouTube da artista. Miri Brock prepara outras novidades para lançar ainda em 2022.

Val Santos lança videoclipe intenso para Fire

O guitarrista e produtor Val Santos lançou um clipe intenso e energético para a música Fire. A agressividade da canção tomou vida, traduzida visualmente com direção de Pietro Sargentelli, que já dirigiu mais de 40 clipes, incluindo de artistas como Jota Quest. De acordo com Val, esse clipe é especial por ser seu primeiro clipe gravado presencialmente. “Queria que fosse com muita pegada, já que a música é pesada e rápida – era como se tivesse me libertando dessa pandemia maldita”. O clipe também reuniu as participações especiais da faixa: Alexandre Grunheidt, vocalista e guitarrista da banda Ancesttral, no vocal; e deYohan Kisser, integrante da banda Sioux 66 e filho de Andreas Kisser, do Sepultura. “Espero que todos gostem, pois foi feito com muito amor, principalmente amor à música pesada”. A faixa faz parte do álbum 1986, primeiro álbum solo de Val, que foi lançado ano passado pelo selo Wikimetal Music. Em resumo, o álbum é uma homenagem ao metal da década de 80: mais especificamente, ao ano que batiza o projeto, em que foram lançados clássicos como Reign in Blood (Slayer), Peace Sells… But Who’s Buying?(Megadeth) e Master of Puppets (Metallica). Esse último influenciou diretamente Fire. Val buscou inspiração na velocidade mortal de Battery para criar a canção – e, para ficar ainda mais pesada, usou também uma técnica de afinação mais grave que o normal, em dó. Por fim, Val ficou responsável pelo primeiro solo, pelos arranjos e pela produção da faixa, enquanto Rob Gutierrez (Hollowmind) foi o compositor da letra.

Crítica | As Agentes 355

Engenharia do Cinema No painel de “X-Men: Fênix Negra”, na CCXP 18, o cineasta Simon Kinberg e a atriz Jessica Chastain deixaram claro que gostariam de trabalhar juntos novamente em um projeto mais pessoal e que fosse divertido de fazer. Quase quatro anos depois, a dupla cumpre a promessa e lança este “As Agentes 355”. Desde a abertura da produção, vemos que se trata de um projeto bastante pessoal mesmo, uma vez que o ator Sebastian Stan (amigo pessoal da dupla, fora das câmeras) também está no filme como o cônjuge da personagem de Chastain. Após ele se se envolver em uma falha em uma importante missão, Mason Browne (Chastain) acaba tendo de unir forças com Marie Schmidt (Diane Krudger), Graciela Rivera (Penélope Cruz) e Khadijah Adiyeme (Lupita Nyong’o), para conseguir recuperar um dispositivo que possui o poder de controlar quaisquer dispositivos mundiais. Imagem: Diamond Films (Divulgação) Logo em sua abertura vemos que se trata de um mero filme B de ação, com direito a várias cenas coreografadas e situações já apresentadas anteriormente nos cinemas. O roteiro assinado pelo próprio Kinberg e Theresa Rebeck, nos apresenta protagonistas com perfis já conhecidos no cinema (a líder, a hacker, a medrosa, durona e a misteriosa) e acabamos dependendo do carisma das atrizes para isso funcionar. Devido ao fato delas já serem amigas fora das telas, esse entrosamento ajuda bastante. Mas antes fosse apenas isso. Estamos falando de um filme que faz questão de jogar duas pautas que o cinema apenas vem “jogando” e não se importa com o formato, que são o feminismo e o crescimento comercial da China (cuja amplitude desta pauta não vale ser discutida nesta resenha). Enquanto vemos várias mulheres com cerca de 1,60 m nocauteando homens com o dobro de seus tamanhos (e chega a ser hilário) e sem se machucarem, estes sempre são malvados ou burros (algo que em filmes como “Atômica” e “Mad Max: Estrada da Fúria” isso não foi necessário). Isso sem falar que em momento algum, é derramado sangue (para poder conquistar o PG-13, nos EUA), mesmo com personagens sendo metralhados e até mesmo esfaqueados. “As Agentes 355” é uma daquelas produções feitas apenas com o intuito dos envolvidos ganharem dinheiro, enquanto tiram férias.