Phoebe Bridgers cancela show no Lollapalooza Brasil

O Lollapalooza Brasil anunciou nesta quarta-feira (2) o cancelamento do show de Phoebe Bridgers, três semanas antes do festival. “Pessoal, devido a um imprevisto de última hora, a cantora Phoebe Bridgers precisou cancelar todas as suas apresentações na América do Sul, incluindo o seu show no domingo, dia 27/03, no Lollapalooza Brasil”, diz publicação da produção. “Estamos muito tristes, mas esperamos por ela em uma próxima edição.” Por enquanto, o substituto ainda não foi anunciado. Na edição argentina, que acontece entre os dias 18 e 20 de março, a espanhola Lola Índigo foi anunciada no lugar de de Phoebe Bridgers. O Lollapalooza Brasil vai acontecer nos dias 25, 26 e 27 deste mês no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Nomes como Miley Cyrus, The Strokes, Foo Fighters e Machine Gun Kelly estão confirmados no festival.

Papa Roach anuncia álbum novo e divulga single Cut The Line

A banda norte-americana Papa Roach anunciou na última terça-feira (2) seu 11º álbum de estúdio, Ego Trip. Juntamente com a novidade, o grupo revelou o single Cut The Line. O disco Ego Trip está programado para ser lançado em 8 de abril pela New Noize Records. Na sexta-feira (4), o Papa Roach divulgará o videoclipe de Cut The Line. Em resumo, Ego Trip já teve outras quatro canções reveladas pela banda. Anteriormente, o grupo divulgou Stand Up, Dying to Believe, Kill the Noise e Swerve, que conta com participações especiais de Jason Aalon Butler (Fever 333) e Sueco.

Charli XCX libera última prévia de Crash, que chega no dia 18

A cantora Charli XCX compartilhou mais um single do próximo álbum Crash. A faixa escolhida da vez é Baby. A canção chegou acompanhada de um videoclipe. Anteriormente, ela compartilhou os singles Good Ones, New Shapes e Beg for You. Crash será lançado no próximo dia 18. Charli XCX listou Madonna, Janet Jackson e Cyndi Lauper como algumas das inspirações musicais para o álbum, que deve ter uma sonoridade que flerta muito com o pop dos anos 1980. Crash inclui ainda algumas participações especiais, como Christine and the Queens e Caroline Polachek em New Shapes, bem como Rina Sawayama em Beg for You.

David Gilmour pede fim da guerra na Ucrânia: “Parem de matar seus irmãos”

O ex-guitarrista e vocalista do Pink Floyd, David Gilmour, pediu aos soldados russos que parem de realizar a invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin. “Soldados russos, parem de matar seus irmãos. Não haverá vencedores nesta guerra”, escreveu Gilmour nas redes sociais, na terça-feira (1º). “Minha nora é ucraniana e minhas netas querem visitar e conhecer seu lindo país. Pare com isso antes que tudo seja destruído. Putin deve ir.” Em seu post, Gilmour incluiu um vídeo de In Any Tongue, música de seu álbum solo Rattle That Lock (2015). A faixa, que apresenta letras escritas pela esposa de Gilmour, a romancista Polly Sampson, carrega uma forte mensagem antiguerra, descrevendo as mortes de jovens soldados em conflito. Russian soldiers, stop killing your brothers. There will be no winners in this war. My daughter-in-law is Ukrainian and my grand-daughters want to visit and know their beautiful country. Stop this before it is all destroyed. Putin must go pic.twitter.com/VE4oMsUIRf — David Gilmour (@davidgilmour) March 1, 2022

Crítica | Batman (Sem Spoilers)

Engenharia do Cinema Após a desistência de Ben Affleck do manto de Bruce Wayne/Batman, uma lacuna se abriu ao cargo de um dos maiores personagens da DC. No meio do caos que estavam nos bastidores, a Warner Bros acabou contratando o cineasta Matt Reeves (que tinha acabado de finalizar a sucedida trilogia de “O Planeta dos Macacos“), para dirigir e escrever (junto de Peter Craig) uma nova trama (já que nada do que foi feito por Affleck, nestas funções, não seria aproveitado também). Com a escalação de Robert Pattinson para o papel de protagonista, muitas pessoas ficaram divididas (afinal, o grande público não conhece seus trabalhos diversos em filmes menores, ao contrário de “Crepúsculo“). E só digo uma coisa: eles trouxeram uma imagem totalmente nova do personagem. A história se passa cerca de dois anos depois que Bruce Wayne assumiu o manto de Batman, onde enquanto Gotham ainda não tinha se acostumado com o herói, com exceção do detetive James Gordon (Jeffrey Wright). Quando misteriosas mortes começam ocorrer, acompanhadas de misteriosos enigmas realizados pelo criminoso Charada (Paul Dano), ambos começam a ver que a cidade está correndo um perigo muito além do que imaginavam. Imagem: Jonathan Olley/Warner Bros Pictures (Divulgação) Notamos que estamos falando de uma pegada totalmente diferente do personagem, em seus primeiros minutos em cena. Quando Batman chega para analisar uma cena de crime, vemos que o cenário não é de tranquilidade, e sim de desprezo por grande parte dos presentes. Carregado com a trilha sonora de Michael Giacchino, acompanhadas da icônica música do Nirvana, “Something In The Way” (cuja letra combina exatamente com o cenário visto em cena), conseguimos embarcar na jornada do próprio Batman. Sim, Reeves e Craig idealizaram este filme sobre o próprio alter-ego de Bruce Wayne, ao invés do próprio (que aparece relativamente pouco, em relação de quando está como a sua outra persona). Tanto que não há muitas cenas de ação com CGI, explosões excessivas e até mesmo feitos grandiosos. Estamos falando de um filme de investigação, com uma forte pegada noir e se assemelhando até os sucedidos filmes “Seven” e “Zodíaco” (cujo estilo ultimamente havia sumido dos cinemas). E Pattinson realmente da conta do recado, pois o ator tem a expressão e presença necessária para este tipo de contexto. Agora, enquanto em “Coringa“, víamos o nascimento de um vilão em torno da sujeira e desgraça que estava a cidade de Gotham (que facilmente podemos igualar com qualquer município real), em “Batman” vemos um nascimento deste herói, neste mesmo cenário. E digo isso, pois a fotografia de Greig Fraser, entelada ao design de produção de James Chinlund (que inclusive criou fisicamente a maior parte externa de Gotham), nos transpõe toda aquela depressão que é a cidade onde o filme se passa.    Quanto às personalidades que vimos serem mergulhadas neste cenário, Reeves primeiro explora de forma plausível Selina Kyle/Mulher-Gato (Zoë Kravitz), o mafioso (John Turturro, em ótima interpretação) e até o próprio Charada (que até então não tinha sido um ótimo vilão nos cinemas). Enquanto algumas sementes são plantadas para vindouras continuações neste universo, como o próprio Oswald Cobblepot/Pinguim (Colin Farrell, em uma irreconhecível e ótima maquiagem). “Batman” só mostra que quando os executivos da Warner/DC resolvem não meter a mão em um projeto, ele pode claramente se tornar um dos filmes mais marcantes da história do cinema.

Crítica | Euphoria (2ª Temporada)

Engenharia do Cinema Ao contrário da primeira que focava em determinados personagens apenas em sua abertura, o segundo ano tem procurado focar cada um dos episódios em um dos protagonistas. Agora temos ainda mais confusões e polêmicas neste novo ano que vão desde novas crises de abstinência da viciada em drogas Rue (Zendaya), até mesmo um triângulo amoroso de Maddy (Alexa Demie), Nate (Jacob Elordi) e Cassie (Sydney Sweeney). Inclusive conhecemos mais um pouco coadjuvantes que até então estavam apagados como Lexi (Maude Apatow) e Fezco (Angus Cloud).    Após um hiato de quase três anos, a série “Euphoria” retorna em sua segunda temporada de uma forma mais ácida e com a consciência de que agora terá um público maior (afinal, nesse meio tempo foi criado o HBO Max e a mesma virou um dos carros fortes de imediato). Sendo responsável por continuar alavancando a audiência nas noites de domingo na HBO, depois do término de “Game of Thrones” devo dizer que o criador e diretor Sam Levinson mais uma vez usou e abusou das diversas possibilidades que poderiam ser feitas com seus personagens, nestes novos sete episódios.     Imagem: HBO/A24 (Divulgação) Este novo ano é tratado apenas com uma palavra: Consequências. Todos os atos que vimos serem apresentados nos primeiros episódios, começam a mostrar suas sequelas. Mas Levinson já tinha se mostrado um ótimo diretor, e consegue captar o espectador por detalhes simples no roteiro e na direção. Como no episódio piloto, onde Cassie se esconde em uma banheira para não ser descoberta por Maddy. É uma cena clichê no cinema, mas a forma como ela foi colocada dentro daquela perspectiva, acaba funcionando e quando nos damos conta, já compramos aquele arco apresentado pelo cineasta. O mesmo pode-se dizer do episódio onde o foco é totalmente em uma crise de abstinência de Rue, pelos quais Zendaya mostra que do dia para a noite passa de namorada do “Homem-Aranha”, para uma problemática adolescente drogada. Falar que ela não é boa atriz, depois desse arco, seria uma covardia. O mesmo pode-se dizer de Elordi, que chega a ser assustador em determinados momentos (apesar do roteiro ter o humanizado de forma plausível, ele não deixa de ser o verdadeiro vilão da série).    Só que assim como o primeiro ano, agora temos muito mais violência, sexo e nudez envolvidos neste enredo. Porém nada é jogado de forma gratuita e há um motivo plausível para tais conteúdos, e inclusive acabam chocando nós espectadores pela naturalidade que é apresentado (como quando Fezco espanca Nate, logo no episódio piloto). A segunda temporada de “Euphoria” termina com chave de ouro, e vemos que realmente ainda há bastante gás para novos arcos na série criada por Sam Levinson.