Resenha | CHVRCHES faz show impecável com direito a dueto com Robert Smith

Após a ótima repercussão do último álbum, Screen Violence, dos escoceses do CHVRCHES, eis que chega a hora mais esperada de sua fanbase: o reencontro com a banda em Londres. E o lugar não poderia ser melhor, o icônico Brixton Academy, na última quarta-feira (16). Ainda teve tempo para um dueto com Robert Smith, do The Cure. Iniciando a festa, os australianos do HighSchool, banda que tem como base de sua sonoridade o eletrônico e suas vertentes. Show curto, set preciso, dando a deixa para o público ir atrás do som deles. Aliás, vem muita coisa por aí ao longo do ano. Passada a bola aos donos da festa, luzes baixas, telão enorme de fundo fazendo o background, intro de fundo intimista com o som extremamente alto dão o tom de como vai ser o show. Banda no palco, He Said, She Said é a escolha do trio para a abertura. Logo depois, a vocalista Lauren Mayberry agradece a presença do público e diz como está feliz por voltar a Londres. A última visita da banda havia sido em 2019. A sonoridade do grupo é baseada no synth pop. Das mais variadas referências, o CHVRCHES entrega uma performance ao vivo extremamente energética. Características a parte, as músicas são de fácil compreensão e os refrões marcantes. Em síntese, deixa tudo mais fácil para o público dançar e acompanhar a banda cantando. O CHVRCHES passeou por todo o catálogo, mas como era de se esperar destacou as músicas do último álbum, mas claramente os singles hits estavam incluídos no set, como Forever, Bury it, Never Say Die. Em resumo, elas deixam claro porque a banda é queridinha dos festivais e do público. Pois tudo fica mais leve com a bela trilha sonora entregue. Surpresa em dueto com Robert Smith Voltando ao bis com Asking for a Friend, uma belíssima surpresa na última parte do show, o grupo toca How Not To Drown com Robert Smith (The Cure). Aliás, essa canção ganhou o prêmio de melhor música feita por um artista britânico no prêmio da BandLab NME 2022 Awards. Todavia, essa foi a segunda vez que a música estava sendo executada ao vivo com o dueto de vozes, da mesma forma que foi gravada. Por fim, com Robert Smith no palco, escolha mais que certeira para uma versão de Just Like Heaven, do The Cure. Smith ficou até o final e participou das últimas duas canções do CHVRCHES. Agora, são mais dois shows pelo Reino Unido e a banda seguirá para os Estados Unidos e México, no próximo mês. Se tiver a oportunidade, não desperdice.

Arcade Fire lança single The Lightning I, II e anuncia novo álbum, WE, para 6 de maio

O lançamento de WE, o aguardado sexto álbum de estúdio do Arcade Fire, foi confirmado para 6 de maio de 2022, pela Columbia Records. A chegada do novo trabalho do grupo veio precedida pelo primeiro single, intitulado The Lightning I, II, já disponível nas plataformas digitais e com um vídeo dirigido por Emily Kai Bock. Produzido por Nigel Godrich, Win Butler e Régine e gravado em vários locais, incluindo Nova Orleans, El Paso e na Ilha Mount Desert, WE fez com que, paradoxalmente, “passássemos o maior tempo escrevendo ininterruptamente, provavelmente em toda as nossas vidas”, conta Win Butle. O novo trabalho aborda as forças que ameaçam nos afastar das pessoas que amamos e foi inspirado pela urgente necessidade de superá-las. A jornada catártica de WE segue um arco definido que vai da escuridão à luz ao longo de sete canções, divididas em dois lados distintos: o Lado I, que canaliza o medo e a solidão do isolamento e o Lado WE, que expressa a alegria e o poder da reconexão: I Age of Anxiety I Age of Anxiety II (Rabbit Hole) End of the Empire I-IV WE The Lightning I, II Unconditional I (Lookout Kid) Unconditional II (Race and Religion) WE

Casaprima mescla folk, indie e MPB em álbum “Norte”

Depois de sua estreia bem recebida com o álbum Andarilho, em 2015, Casaprima se consolida como duo no maduro novo disco, Norte. O folk, presente desde o início, ganha novos tons, indo da música brasileira ao indie, passando pelo uso de elementos eletrônicos pela primeira vez. Do agreste pernambucano de Caruaru, Casaprima canta os anseios e desejos, medos e inseguranças universais em doze canções que atestam sua evolução estética, musical e poética. A nova fase de Casaprima vem sendo preparada desde 2017, quando se iniciou o processo de gravação desse disco. A partir do final de 2021, Heitor Alves (violão e voz) e Maria Juliana (piano e voz) anunciaram o retorno de seu projeto musical com um clipe que se despedia do álbum anterior e acenava para o próximo trabalho. A partir daí, vieram os singles Maduro e Real, Eu Canto e Grão, canções que exemplificam a temática das letras. Heitor e Juliana agora dão um novo passo como Casaprima desde que a banda passou por reformulações. O disco de estreia, Andarilho, teve repercussão nacional com o single Devagar marcando presença em playlists de grande alcance. O formato de duo já surgiu em 2016, com o single Sala de Estar, e com o qual o projeto fez seus primeiros shows pelo nordeste e sudeste do Brasil, além de ter realizado uma turnê européia. Norte fala sobre ter coragem de fazer mudanças na vida, fala sobre amor e perseverança, mas também, mostra inseguranças, receios e ansiedades vividas ao longo da jornada. Dialoga com a nossa condição de seres humanos, que convivem com uma mistura de sensações e sentimentos e que, bem lá no fundo, são apenas um pequeno grão em um imenso universo. “O disco Norte significa para nós um recomeço. Um reencontro com a nossa musicalidade após seis anos de hiato. Ele simboliza para nós a busca pelo Norte, por aquilo que norteia o nosso caminho. Marca a continuação da jornada do Andarilho, que em nosso primeiro disco, deu seus primeiros passos e agora, com nosso segundo álbum, segue adiante em busca de realizar seus objetivos”, resume o duo. Ao longo de suas 12 canções, Norte faz um chamado a vislumbrar as paisagens em busca do que nos faz feliz, celebra os encontros e o Senhor do Tempo, procura direção diante das incertezas e canta nossa pequenez diante do universo. É nas dualidades, nas contradições, nos contrastes e nas similaridades das vozes de Maria e Heitor que Casaprima ganha força para traduzir em música sentimentos tão íntimos quanto universais.

Teto das Nuvens lança a densa e melodiosa Epílogo no streaming

A nova música da banda gaúcha Teto das Nuvens, Epílogo, que estreou primeiro com um videoclipe recheado de referências às estéticas animações japonesas, agora também chega nas principais plataformas de streaming. O lançamento acontece pelo braço porto-alegrense do selo Loop Reclame. Na semana passada, Epílogo estreou no Youtube com repercussão positivas – são quase 3 mil views únicos em uma semana no ar. Epílogo, a primeira inédia do quinteto de emo/rock alternativo Teto das Nuvens após o disco debute Caso Você Esteja Errado (2020), possui uma produção moderna que destaca, em um mesmo patamar, o instrumental e as vocalizações bem trabalhadas. A Teto das Nuvens comenta sobre Epílogo: “Esta música fala sobre aprisionamento e libertação dentro de relações, principalmente amorosas. O peso e a dor de quando nos anulamos para manter relações. O quanto isso acaba nos destruindo gradualmente e a dificuldade que muitas pessoas têm para sair dessa situação”.

Caetano Brasil traz novo olhar para a obra de um dos maiores compositores brasileiros em “Pixinverso – Infinito Pixinguinha”

Clarinetista, saxofonista e compositor, Caetano Brasil está em um dos principais momentos de sua carreira que já tem mais de uma década de estrada. Após ser indicado pelo álbum Cartografias na categoria de Melhor Álbum Instrumental para o Grammy Latino 2020, ele volta não só às suas raízes como a de toda a música brasileira para buscar um olhar para o futuro. Pixinverso – Infinito Pixinguinha é um disco focado em estreitar os laços entre o choro, o jazz contemporâneo e a world music, relendo composições que fazem parte da vida de milhões de pessoas. “Este é meu terceiro álbum como bandleader, o primeiro deles dedicado exclusivamente a releituras. Pixinguinha é talvez o compositor que há mais tempo e de forma constante faz parte do meu repertório. Quando criança, frequentei uma oficina de música no bairro em que morava e lá, por intermédio do coordenador Marcelo Gonçalves, pude conhecer a magia do choro. Fui tocado de uma maneira intensa e profunda, como se eu tivesse vindo ao mundo para esse encontro. O choro e sua ancestralidade nunca saíram de mim. Na verdade, é como se ele fosse comigo desde que eu existo”, relembra Caetano. “Ser um homem preto LGBTQIA+ tocando a música de outro homem preto que atravessou os séculos me empodera e me enche de orgulho e esperança. Com “Pixinverso”, desejo falar ao coração das pessoas como a música de Pixinguinha falou ao meu ainda na infância”, completa. O projeto começou a ser gestado durante a produção de Cartografias (2019), último álbum do artista, quando ele chegou a gravar uma versão de Um a Zero. A música, lançada como single em dezembro de 2020, fez parte do repertório apresentado no Prêmio BDMG Instrumental e no Prêmio Nabor Pires Camargo, eventos nos quais Caetano foi eleito como Melhor Instrumentista e premiado em 1º lugar, respectivamente. Ver a sua versão única para algo tão clássico inspirou Caetano a ir mais a fundo. “A ideia de gravar um álbum só com músicas de Pixinguinha é antiga. Precisava mesmo era o passar dos anos para que a realização fosse madura, para que eu soubesse dar forma a este desejo. Em Pixinverso eu proponho um olhar muito particular para a obra deste grande símbolo que é Pixinguinha – sim, um símbolo, para muito além do homem e do gênio. Pixinguinha é o ‘Brasil de verdade’, é a mais perfeita tradução da nossa gente em forma de som, da raiz ao fruto. Com sua obra generosa e infinita em possibilidades, Pixinguinha escancara a cada nota ao que de fato precisamos estar conectados do que, muitas vezes, a gente se esquece”, resume o artista.

LAZÚLI esmiúça suas diferentes fases para apresentar De Lua, seu primeiro disco-solo

Ao longo de um mês, a lua passa por mudanças e transita pelas fases Nova, Crescente, Cheia e Minguante e, tal como esse astro, LAZÚLI encarou e reconheceu diversas de suas facetas para culminar em seu primeiro disco-solo, intitulado De Lua. O trabalho é fruto de diferentes processos em que a artista pôde resgatar vivências e estudos realizados no campo da espiritualidade, externalizando um conjunto de canções que reúnem momentos de auto-investigação ao mesmo tempo em que projetam a realidade que a cantora busca manifestar. Com 14 faixas, o debute da também vocalista da banda Francisco, el Hombre chega hoje, 17 de março, nas plataformas digitais e conta com visualizers em seu canal de YouTube. “Senti um chamado de que minha arte e a minha voz são minha medicina, meu serviço ao mundo”, afirma LAZÚLI. Entender a música como ferramenta de cura foi algo que a guiou na criação deste álbum, num desejo de ajudar a si mesma e outras pessoas. O pontapé inicial para alcançar este propósito se deu ao lado da instrumentista ÀIYÉ, no single Pomba Gira, que dita a sonoridade da obra, contando também com o baixo de Helena Papini, sua companheira de banda na Francisco, el Hombre, e a guitarra de Cris Botarelli, integrante do grupo Far From Alaska. Embora Pomba Gira tenha sido a primeira composição produzida por LAZÚLI nesta leva de músicas do projeto, ela ocupa a segunda posição na tracklist, dando lugar para Exú abrir o disco. A música homenageia uma das entidades mais conhecidas e cultuadas das religiões de matriz africana. “Quis fazer uma saudação a esse grande Orixá. Na música, humildemente, falo um pouco sobre o que sinto que entendo de seus mistérios e domínios, como uma oferenda, para a chegada de De Lua”, revela. Dando continuidade a referências espiritualistas, em Sopro do Espírito e Chamo Minhas Ancestrais, quarta e quinta faixas, a cantora caminha em direção ao xamanismo e suas cosmo percepções sobre conexões ancestrais. Este movimento de resgate se estende quando LAZÚLI passa a vasculhar composições antigas, encontrando a letra de Arbolito. A obra, já familiar ao público por meio do disco Casa Francisco – o mais recente da Francisco, el Hombre – foi a primeira escrita em castelhano da multi-instrumentista e que, agora, ganha novos arranjos e sintetizadores comandados pela musicista norte-americana Amy Reid. Experimentações com o idioma espanhol marcam o disco também em Mama Baktun, uma poesia feita pela mexicana Marité Urrutia HunKan Káan que tomou forma de interlúdio, e Condor, inspirada na ave que vive na Cordilheira dos Andes e é considerada sagrada pelo povos locais. Canções como Sonho Ritual; Duas Águas; Me Aconteci; Outono, que traz a voz de Luê; e, mais recentemente, O Que É, com a participação de MC Tha, marcaram o movimento que antecedeu a chegada do disco. “Esses singles foram casas por onde passei para entender essa nova persona e sonoridade de LAZÚLI. Foram experimentações muito necessárias para preparar o terreno do que veio em seguida”, explica ela. Já Intuição, como o nome sugere, teve início com LAZÚLI se aventurando em produzir sozinha, somando parceiros ao longo do caminho. Por fim, com Vela Acesa, última da obra, a artista celebra todos os aprendizados extraídos de cada processo. “Essa música é um chamado para o reencontro comigo mesma e sinto que achei esse lugar. Estou infinitamente grata e realizada pelos ensinamentos que De Lua me trouxe. Eu me reconectei com a minha autonomia”, finaliza. Acompanhando a chegada de De Lua, LAZÚLI já confirma duas datas para apresentar o trabalho ao vivo. Nesta sexta-feira (18), em São Paulo, a estreia do disco nos palcos acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), que posteriormente, disponibilizará o show na íntegra, junto com um depoimento da artista, no acervo do museu (ingressos aqui). Enquanto no final do mês, no dia 31, ela se apresenta na cidade em que cresceu, no Sesc Sorocaba.

Coala Festival fecha lineup com o anúncio de BK’, Rachel Reis, Nego Bala e Chico Chico com Juliana Linhares

Assim que o Coala Festival anunciou as datas de 2022, os seus organizadores definiram o retorno ao Memorial da América Latina, em São Paulo, como a maior edição da sua história. Nem mesmo os ingressos quase esgotados fizeram com que o evento diminuísse o ritmo ou então não se esforçasse por apresentar um line-up 10/10. Agora, mais quatro atrações se juntam à programação e completam a lista de shows de 17 e 18 de setembro. No sábado (17), que já conta com Gal Costa (com a participação de Tim Bernardes e Rubel), Alceu Valença, Ana Frango Elétrico e Bala Desejo, confirma também BK’ e Rachel Reis. E, no domingo (18), entram Nego Bala, Chico Chico com Juliana Linhares, mesma data de Maria Bethânia, Rodrigo Amarante, Black Alien e Marina Sena. Em breve, a programação de DJs também será revelada. “Acho que com o anúncio dessas quatro atrações, muita gente vai achar que todas as novidades da edição 2022 já estão na rua. Mas ainda tem bastante coisa por vir e não me refiro apenas à programação de DJs, que é algo que sempre prestamos atenção. O Coala adora um se…”, comenta Gabriel Andrade, sócio-fundador e curador do evento. Os ingressos para o Coala Festival 2022 estão disponíveis no site Total Acesso. Além de ingressos avulsos, restam algumas poucas unidades do passe coalático, que garante a entrada nos dois dias de evento. ServiçoCoala Festival 2022Data: 17 e 18 de setembroLocal: Memorial da América LatinaIngressos (lote 10): Passe Coalático (para dois dias): R$450 Ingresso avulso – SábadoMeia: R$270 Solidário: R$325 Inteira: R$540 Ingresso avulso – Domingo Meia: R$ 270 Solidário: R$ 325 Inteira: R$540 Link de vendas Tipos de Ingressos Passe Coalático: Válido para os dois dias do Coala FSTVL 2022 Inteira: Válido apenas para o dia escolhido Meia-entrada: Válido apenas para o dia escolhido (obrigatória a apresentação do documento comprobatório ao direito a meia-entrada na entrada no evento). Ingresso Solidário: Válido apenas para o dia escolhido (obrigatória a entrega de 1 kg de alimento não-perecível na entrada do evento)

O Teatro Mágico lança o álbum “Luzente”; ouça!

O aguardado novo álbum do grupo O Teatro Mágico chegou nesta sexta (18) às plataformas digitais. Luzente marca a volta de um dos nomes mais icônicos da cena musical brasileira deste século após um hiato de cinco anos. Formado por Fernando Anitelli em 2003, O Teatro Mágico sempre teve vocação para o entretenimento. A fama veio de suas performances inigualáveis, que uniam música, circo e teatro. Através de incontáveis turnês e lançamentos constantes, ganharam o direito de reivindicar seu lugar no panteão do pop nacional e conquistaram uma grande e devotada base de fãs. Porém, na última meia década, o grupo se manteve afastado dos palcos e estúdios. “Foi um período de muitas reflexões e conversas que nos deram uma nova perspectiva. Durante esse tempo fizemos questão de, mesmo à distância, manter contato com nosso público, até que em determinado momento sentimos que já era hora de voltar” – comentou Anitelli. Conhecendo a velocidade de evolução do mercado musical e cientes de que ficaram fora do circuito talvez por tempo demais, Fernando Anitelli e sua trupe sabiam que uma boa dose de renovação no som d’O Teatro Mágico seria fundamental para que pudessem se manter relevantes. Dessa forma, começaram a trabalhar nas novas composições de seu sétimo registro de estúdio. No meio do caminho surgiu a pergunta: como inovar sem se distanciar das raízes musicais que sempre definiram o grupo? A resposta foi encontrada nos velhos arquivos de Anitelli. Foi de lá que ele resgatou alguns esboços outrora esquecidos, mas com muito potencial. Assim surgiu, por exemplo, Instalação, que foi lançada como single e, logo depois, ganhou um videoclipe. “Nós estávamos trabalhando no repertório do novo álbum, começamos a revirar nossos arquivos e encontramos o esboço de Instalação. Danilo Souza e eu então lapidamos e finalizamos essa canção, que fala sobre um momento de amor dentro da revolução. Ela possui o DNA do antigo O Teatro Mágico, mas com uma abordagem mais pop, moderna e dançante. E é isso que o público vai encontrar no álbum. Estamos abrindo uma nova era!”, disse ele. Para completar a lista foram incluídas duas canções de compositores “forasteiros”: Laço, música do pernambucano Igor de Carvalho e Anti-herói, da banda carioca Motel 11-11. O álbum ainda traz algumas participações especiais, como da cantora Nô Stopa, do rapper paulista Renan Inquérito e do parceiro de longa data da trupe Gustavo Anitelli, entre outros. Gravado no Rootsans Studios (SP), Luzente foi produzido por Daniel Santiago e Fernando Anitelli. A dupla de produtores desfrutou da expertise do ganhador de dois Grammys Latino, o engenheiro de som Rodrigo ‘Roots” Sanches, que cuidou da mixagem e masterização das 11 faixas. Segundo Santiago, Rodrigo foi peça-chave para que chegassem a essa nova e versátil sonoridade: “Foi a primeira vez que O Teatro Mágico trabalhou com ele e ficamos muito felizes com o resultado. O Rodrigo é um engenheiro do mais alto nível, que consegue tirar um som limpo, com timbres quentes e pesados. Sem falar que ele contribuiu bastante com ideias sempre bem colocadas”. Luzente é um projeto realizado com recursos do ProAC – Programa de Ação Cultural e Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Lagarto Rei amplifica experimentos e peso no primeiro full, Mundo Flutuante

O duo fluminense Lagarto Rei, já conhecido na cena experimental psicodélica por singles que sempre trazem peso, chega ao primeiro álbum full, Mundo Flutuante. O lançamento nas principais plataformas de streaming é pelo selo Abraxas Records. Mundo Flutuante contém seis faixas, gravado ao vivo no dia 11 de dezembro de 2018, no antigo Machina (Rio de Janeiro). Foi quase quatro anos de cuidados minuciosos na masterização e mixagem do material, que apresenta complexas camadas e texturas, entre ambiências e riffs. A Lagarto Rei, Robert William (baixo) e Lívio Medeiros (bateria), sintetiza o que se pode esperar na audição de Mundo Flutuante: “Vem com um peso estratosférico, mas também muita introspecção em massivas faixas meditativas”. A música do Lagarto Rei, ainda mais explícita em Mundo Flutuante, é sobre imersão e catarse. O disco é cíclico e propõe uma audição de faixa a faixa numa dinâmica de surpresas, momentos introspectivos e explosões. O peso contém elementos e groove do stoner rock, doom, kraut rock e psicodelia, mas sempre envolvido por ambiências e atmosferas.