Detonautas libera vídeo do single Medo e divulga set no Lollapalooza

Escalados para o Lollapalooza 2022, nesta sexta-feira (25), o Detonautas vem do lançamento de dois álbuns: Esperança (2022) e o Álbum Laranja (2021). Além disso, hoje, o grupo divulgou o visualizer da música Medo, com participação de Frejat. Como uma banda de rock que faz o seu contundente papel crítico há tempos, o Detonautas vem se posicionando com suas canções. São músicas lançadas com temas que abrangem interesses do povo brasileiro, seja com temática social ou política, como os últimos lançamentos durante o período de isolamento social, que incluem o Álbum Laranja. Já “Esperança” passa longe da política, incluindo uma regravação de Amanhã é 23, do Kid Abelha. O álbum foi gravado no início da pandemia, entre abril e agosto de 2020. No repertório do show do Lolla, Carta ao Futuro e Racismo é Burrice, do Álbum Laranja, A Quem Precisar de Mim, do Esperança, Ilumina o Mundo, single de 2019, além de clássicos da banda. Confira abaixo o visualizer de Medo Set list do Detonautas no Lolla Carta ao futuro Racismo é burrice O dia que não terminou Ilumina o Mundo Quando o sol se for O amanhã Você me faz tão bem Olhos certos A quem precisar de mim

Conheça Jxdn, atração do início da tarde do primeiro dia do Lollapalooza

Você certamente já ouviu falar sobre a “volta do emo e pop punk aos holofotes mundiais”, certo! Nos EUA, o festival When We Were Young, que acontece em outubro, foi um dos anúncios mais surpreendentes do ano. Tem os retornos de Paramore, My Chemical Romance e Avril Lavigne, além de uma nova geração de artistas, responsáveis por esse impulsionamento do gênero em plataformas como o TikTok. E é justo nessa onda de novos artistas que está Jxdn, atração do primeiro dia do Lollapalooza, na sexta-feira, em Interlagos. Aos 21 anos, ele não esconde de ninguém sua admiração pelo blink-182, por exemplo. Além de ter Travis Barker como parceiro e produtor do seu primeiro álbum, Tell Me About Tomorrow, Jaden Hossler (nome de batismo de Jxdn) tem uma faixa em seu debute que parece retirada de um trabalho do trio de San Diego. A Wasted Year, inclusive, vem creditada a Tom DeLonge, Mark Hoppus e Travis Barker. Após ter a autorização dos músicos para “pegar” uma parte da melodia de Feeling This, o jovem artista creditou os três na canção. Mas o trabalho de Jxdn não é uma cópia do blink-182. Apesar da forte influência em algumas canções do seu álbum de estreia, o músico também carrega inspirações no emo-rap de nomes como Lil Peep, Juice Wrld e XXXTentacion, que cantavam sobre depressão e morreram jovens. Emo-rap nas influências de Jxdn Aliás, em alguns shows, Jxdn apresenta sua versão para Armed & Dangerous, faixa de Juice Wrld, algo que ocorreu nas edições argentina e chilena do Lollapalooza, no último fim de semana. Jxdn também enfrentou a depressão, mas na música viu a possibilidade de um ponto de virada. O apoio de Travis Barker foi fundamental para pavimentar o caminho. Outro parceiro que tem apoiado Jxdn é Machine Gun Kelly, também atração do Lolla, que o colocou como atração de abertura em sua última turnê. Com MGK, Jxdn gravou a faixa Wanna Be, um dos singles de destaque do seu álbum de estreia. A faixa costuma ser a segunda de suas apresentações, logo depois de Think About Me. “Eu realmente sei que sou, e não há nada por trás disso; não há má intenção nem nada. Eu só quero que as pessoas tenham um momento como eu tive, e eu sei que vai acontecer com muitos deles”, resumiu ele para a revista Upset.

Crítica | Slash (Feat. Myles Kennedy and The Conspirators) – 4

Slash, na companhia de Myles Kennedy and The Conspirators, está de volta com o disco intitulado 4. Um álbum gravado ao vivo em estúdio e que traz uma banda extremamente bem entrosada e falando a mesma língua. Ou seja, hard rock com bastante riff de guitarra e vocais naquela tonalidade de tenor, extremamente alto. Um disco relativamente curto e direto, com apenas dez músicas distribuidas em 43 minutos, 4, se por um lado não surpreende, também não desaponta os fãs da quimíca desenvolvida pela banda ao longo dos últimos anos. Está tudo lá, os esforços guitarristicos do Slash, que hora acertam em cheio, como na agitada Call Off the Dogs, a Stoneana Actions Speak Louder than Words e na balada Fill my World, essa com ecos de Sweet Child o´Mine e um lindíssimo solo de guitarra e em outras se perdem um pouco, como são os casos de Whatever Gets you By e Spirit Love. 4 é um disco de manutenção de carreira e que serve mais como pretexto para a banda embarcar em uma turnê, do que qualquer outra coisa. E isso é sim uma coisa boa.

Crítica | Doze é Demais (2022)

Engenharia do Cinema Realmente a Disney não está sabendo nem um pouco honrar o legado das produções da 20th Century Fox. Após um reboot horrível de “Esqueceram de Mim“, chegou a vez de estragarem “Doze é Demais“. Com a produção estrelada originalmente por nomes como Steve Martin, Bonnie Hunt, Tom Welling e Hilary Duff, até hoje é considerado um dos mais populares e engraçados filmes do estúdio. Assumindo o manto de protagonistas agora temos Gabrielle Union e Zach Braff, porém conta apenas com o retorno do sobrenome da família Baker.    A história mostra o casal Paul (Braff) e Zoey (Union), que possuem 11 filhos, aos quais parte é graças aos casamentos anteriores de ambos. Mesmo tendo uma relação tranquila com a enorme quantidade de herdeiros, eles passam a ter uma rotina mais atribulada quando a lanchonete da família recebe uma proposta de se tornar uma franquia. Ao mesmo tempo o sobrinho de Paul, Seth (Luke Prael) passa a viver um tempo na casa deles e bagunça ainda mais a rotina de seus filhos.     Imagem: Walt Disney Pictures (Divulgação) O roteiro estabelecido por Kenya Barris, Jenifer Rice-Genzuk e Craig Titley realmente não se assemelha com o original em diversos fatores. Tá certo que não estamos falando de um grande clássico ou uma maravilha da sétima arte, porém a naturalidade vista nas situações cômicas era o fator crucial para o sucesso dos dois filmes encabeçados por Martin. Agora as esquetes cômicas envolvendo os filhos, foram trocadas por discursos politicamente corretos, questões raciais (com direito a discursos totalmente canastrões e clichês, totalmente desnecessários) e até mesmo situações constrangedoras, vide a dança de Paul e Dom (Timon Kyle Durrett) durante uma partida de basquete. Inclusive, constrangimento é algo que vemos na feição de Braff, que ultimamente vem trabalhado mais como roteirista e diretor (realizando até boas comédias). Certamente ele veio para este projeto com o intuito de familiaridade com algum envolvido, ou algo do tipo (porque estamos falando de seu pior trabalho). Isso sem contar que não há um aprofundamento em nenhum dos filhos, e todas as situações que eles vivem são jogadas na tela e sem profundidade alguma (inclusive, há várias situações que começamos a pensar “isso não faz sentido nenhum”). Com este reboot de “Doze é Demais” a Disney cada vez mais mostra que está cavando uma cova bastante profunda, com todas as franquias que estavam sendo desenvolvidas pela 20th Century Fox. É torcer para “Uma Noite no Museu“, “Vovó… Zona” e outras, não terem o mesmo destino.