Tim Bernardes inicia novo ciclo solo com o single “Nascer, Viver, Morrer”

O cantor paulistano Tim Bernardes anunciou o seu segundo disco da carreira solo, Mil Coisas Invisíveis. Previsto para junho deste ano, o álbum do vocalista da banda O Terno teve o seu primeiro single revelado nesta terça-feira (3). A canção Nascer, Viver, Morrer chegou aos aplicativos de streaming de áudio pelo Coala Records (selo do Coala Festival), além de ser lançada globalmente pelo selo americano Psychic Hotline. “Quando criei o Recomeçar, eu parti de composições que estavam guardadas na gaveta e, em seguida, fiz o (2019) com o Terno. Foi entre o fim de 2018 e meados de 2020 que comecei a esboçar um conjunto de letras que apontavam para, de fato, compor um novo disco meu”, comenta Tim Bernardes. “Acho que tem algo contemplativo nesse álbum que se aproxima, tem algo sobre o amor e os relacionamentos, como no anterior, mas trago um olhar objetivo sobre um terreno mais misterioso e com uma abordagem mais astral”, ele complementa. Faixa de abertura de Mil Coisas Invisíveis, Nascer, Viver, Morrer é da leva de canções que surgiu em 2020. “É uma música que, mesmo sendo curta, consegue sintetizar os assuntos que permeiam o disco. Foi por isso que a escolhi como uma porta de entrada para esse novo trabalho. Ela é uma espécie de introdução do álbum”, explica Tim Bernardes. Com produção assinada pelo próprio cantor e compositor, Nascer, Viver, Morrer quanto Mil Coisas Invisíveis foram gravados entre a casa de Tim e o Estúdio Canoa, enquanto a mixagem e a masterização ficaram aos cuidados de Tim e Gui Jesus Toledo, responsável com Tim pela engenharia de som do álbum, respectivamente. “Sempre parto da intenção de querer fazer canções que eu gostaria de ouvir. Acredito que esse single seja o primeiro passo de um novo momento”, finaliza Tim Bernardes. Tim Bernardes abre turnê da banda Fleet Foxes pela Costa Oeste Americana Em 2020, o Fleet Foxes convidou Tim Bernardes para participar da faixa Going-to-the-Sun Road, que faz parte do quarto disco do grupo norte-americano, intitulado Shore. A relação entre o cantor e compositor paulistano com a banda fica ainda mais próxima agora. Tim Bernardes será responsável por fazer o show de abertura do Fleet Foxes durante uma turnê pela Costa Oeste americana. Ao todo, serão 17 datas. Confira a seguir: 23 de junho: Seattle27 de junho: Salt Lake City28 de junho: Denver29 de junho: Beaver Creek1º de julho: Dallas2 de julho: Houston3 de julho: Austin5 de julho: Phoenix6 de julho: San Diego8 de julho: Los Angeles9 de julho: Santa Barbara10 de julho: Berkeley12 de julho: Portland13 de julho: Vancouver15 de julho: Seattle16 de julho: Spokane17 de julho: Missoula

Samba Esquema Russo desafia expectativas em “Cazuza Já Morreu”

A estreia da banda carioca Samba Esquema Russo é uma declaração de ironia, não-conformidade e muita personalidade. O single Cazuza Já Morreu é um convite a colorir fora das linhas, ultrapassar limites e subverter expectativas. Entre as guitarras distorcidas, surge a urgência de um desabafo quase gritado. Em resumo, Samba Esquema Russo não se constrói por rótulos, gêneros ou tags. “Cazuza já morreu é um rockzin que não é uma crítica social foda, não é uma homenagem póstuma, não é continuação, não é ruptura, não é tradição e muito menos vanguarda”, declara a banda. O clipe é uma leitura visual dessa declaração de existência do Samba Esquema Russo, uma estreia barulhenta que une as raízes dos integrantes Maria Steinbruck (voz), Vinícius Gusmão (guitarra) e Gabriel Gorini (guitarra), entre o Rio de Janeiro solar e as paisagens idílicas da chuvosa Serra dos Órgãos. “Às fontes que bebemos, a reverência. Entre o turbilhão de imagens, pessoas, acontecimentos brutais e momentos sublimes, habita a vista enevoada e ao mesmo tempo certa do que vê. Esteja atento: sob neblina use luz baixa”, alertam. Embora separados por uma curta distância no espaço, Rio e serra se afastam pela inconformidade no tempo, nas cores, tons, ritmos e sons. Aliás, o “esquema russo” da banda é uma união ou mistura dessas realidades. “Não só pela ambição, mas pela necessidade primeira de sermos o que sempre fomos”, completa o músico. Samba Esquema Russo Samba Esquema Russo busca sentido nas palavras e nos sons tendo como ponto de partida a travessia. Na Serra dos Órgãos, o marcante trecho entre a pedra do Açu e a do Sino é um dos mais procurados pela beleza natural. No entanto, o deslocamento entre esses dois castelos requer preparo, familiaridade com o terreno, sede de exploração. Foi pensando nesse ínterim, entre um ponto e outro, que o grupo se encontrou: uma constante caminhada até o destino, sem ter medo da jornada. “Na sua travessia pelo ar, o som nos dá a experiência de uma relação profunda entre o singular e o plural. Atravessar pode ter o sentido de resistir, mas também de ser afetado. Samba Esquema Russo nasceu no atravessamento dessas diversas trilhas, escutando as reverberações da palavra que nasce. Primeiro veio o novo, depois o noise e agora o russo”, concluem.

Zemer faz homenagem às mães na emotiva Girassol

No Dia das Mães de 2022, a banda de rock alternativo Zemer faz uma homenagem em forma de música às mães que se foram e àquelas que poderão passar mais uma data ao lado do filho com a música e videoclipe de Girassol, mostrando que a sensibilidade desta relação jamais se acaba. Girassol ganha contornos ainda mais especiais ao compositor, o vocalista e guitarrista Emerson Lima Zemer – a letra é um tributo à sua mãe, Dona Márcia, que faleceu de câncer em 2015. É uma conversa interna do Zemer com a sua mãe durante uma das constantes visitas ao cemitério onde está o túmulo de Márcia. Ela era apaixonada por Girassóis, inclusive ela aparece um uma foto no videoclipe com um prendedor de girassol na cabeça. “É o jeito que encontrei de cuidar dela e de mim. Levo girassol, converso ela, um cuida do outro de forma espiritual. Sei que ela está cuidando de mim onde quer que esteja”, revela Zemer. A sonoridade de Girassol mostra a Zemer cada vez mais madura e consciente da sua marca autoral: um rock com peso e cadência e ambiência pop, que flerta com o pop punk e emocore. Paramore e Supercombo são algumas referências. Girassol é a segunda música que Zemer escreve para sua mãe. A primeira é Dama de Aço, lançada em 2015 pela sua antiga banda, a Fuzzi. O clipe traz emocionantes depoimentos de mulheres que eram amigas de Márcia e conviveram com ela na luta contra o câncer.

Fresno toca na Arena Club, em Santos, neste sábado; veja preços

A Fresno se apresenta neste fim de semana em Santos. O show acontece no sábado (7), no Arena Club. Ainda há poucos ingressos disponíveis ao público. É a primeira apresentação da banda por aqui em mais de dois anos. O público teve uma breve noção do que pode esperar com a performance marcante no Lollapalooza Brasil. Agora, como headliners do próprio show, a Fresno promete passear pela história da banda, sem deixar o filho mais novo de fora. >> Confira entrevista com a Fresno “Vamos tocar, obviamente, um show baseado no Vou Ter Que Me Virar, mas também vai ter muita coisas dos outros outros álbuns, até porque os classicão da Fresno não podem faltar”, comenta o vocalista Lucas Silveira. Para acompanhar o show será necessário apresentar o comprovante de vacinação, seja em formato físico ou digital, com pelo menos duas doses. Serviço Fresno @ SantosData: 7 de maio (sábado)Local: Arena Club | Av. Senador Pinheiro Machado 33 – Vila Mathias – SantosHorário: A partir das 22h IngressosFront Stage – Inteira – 4º Lote | R$180 + taxasFront Stage – Meia – 4º Lote | R$90 + taxasMezanino – Inteira – 3 Lote | R$200 + taxasMezanino – Meia – 3º Lote | R$100 + taxasPista – Inteira – 3º lote | R$120 + taxasPista – Meia – 3º lote | R$60 + taxas

Entrevista | Dave Faulkner, do Hoodoo Gurus – “Nos tornamos música para surf sem sermos surfistas”

Doze anos após o seu último álbum de estúdio, o lendário grupo australiano Hoodoo Gurus está de volta! Em março último, a banda revelou o disco Chariot of the Gods, com 13 faixas (16 na versão deluxe). O primeiro single do álbum é Carry On, um hino que celebra a resiliência e a tenacidade. Há o explosivo e deslumbrante World Of Pain. Hung Out To Dry, uma ode politicamente incorreta a um ex-presidente laranja, está disponível apenas na versão em vinil duplo de lançamento limitado. Chariot of the Gods também traz Get Out of Dodge, uma música para todos os não-conformistas por aí, qualquer um que se sinta em menor número e não consiga se encaixar com as expectativas irracionais da multidão, e o punk agressivo Answered Prayers. O vocalista e guitarrista do Dave Faulkner conversou com o Blog n’ Roll sobre o novo álbum, pandemia, longevidade da banda e possível vinda ao Brasil. Confira abaixo! Como foi o processo de gravação de Chariot of the Gods? Quais foram os principais desafios, tendo uma pandemia pelo caminho? Primeiramente, começamos antes da pandemia. Por volta de novembro de 2019, nós gravamos o single Answered Prayers. Foi a primeira gravação que fizemos com Nic Rieth na bateria, pois Mark tinha se aposentado. E isso foi antes da pandemia, Answered Prayers saiu em dezembro. E tínhamos decidido gravar este álbum já, mas de uma forma diferente, nós iríamos lançar um single depois do outro, gravando uma música de cada vez ao invés de ensaiar para gravar tudo de uma vez. Então, lançamos Answered Prayers e era hora de trabalhar em um novo single, começamos a ensaiar em janeiro, e agendamos de gravar em abril. Estávamos ensaiando e escrevi as músicas Get Out Of Dodge e Carry On. Estávamos ensaiando elas e me soavam como singles. Quando iríamos para a gravação, o lockdown aconteceu. Por três meses não pudemos deixar nossas casas, caso não estivéssemos indo buscar algum medicamento, indo ao médico ou buscar comida. Não podíamos ir mais do que 5 km de nossas casas para fazer nada, e claro não podíamos receber visitas, então não nos encontramos por três meses. Não chegaram a produzir, nem fazer nada de modo remoto? Conversávamos ocasionalmente para falar dos negócios, mas não fizemos nenhuma gravação ou ensaio pela internet, não houve composição. Ao fim desses três meses começamos a acreditar que poderíamos estar todos em uma sala juntos, pois nenhum de nós havia ficado doente, e o estúdio em que queríamos trabalhar era muito pequeno. O cara que gerencia o estúdio é muito cuidadoso em questão ao covid, pois o pai dele, que foi membro da banda Easybeats, não estava muito bem. Então todos fomos muito cuidadosos. Em resumo, tivemos muita sorte que a pandemia apenas nos interrompeu, mas não nos evitou de fazer as coisas do jeito que gostaríamos de fazer. Talvez o fato de ter adiado o lançamento tenha ajudado o álbum, pois as pessoas gostaram do disco, isso eu sei, mas se o sucesso seria igual, caso não tivesse acontecido a pandemia, não dá para saber. Hung Out to Dry é uma faixa politicamente incorreta a um ex-presidente laranja? Queria que você falasse um pouco sobre a inspiração. Nós originalmente pensamos nessa música como um lado B do próximo single, que seria Get Out Of The Dodge ou Carry On. Nós as ensaiamos ao mesmo tempo, no início de 2020. Mas aí escrevi a letra e era tão certo que seria sobre o Trump, que nós desprezamos pelo jeito que estava fazendo política com a situação da pandemia do covid. Então, pensamos, como ele está se candidatando para as eleições deste ano? Vamos lançar a música agora e fazer com que as pessoas saibam o que pensamos deste homem. Fiquei surpreso que não haviam muitas músicas falando sobre isso, pois estava muito claro que ele é uma pessoa horrível, e o jeito que ele explora o lado obscuro da humanidade, apelando para instintos terríveis nas pessoas. Sabe, o jeito que ele usou o povo mexicano como uma desculpa para ser eleito, coisas terríveis. Essa foi a razão pela qual queríamos lançar a música, e eu também queria uma música que apesar de dizer que Trump é um homem mal, e que odiamos suas políticas, não fizesse as pessoas ouvirem e pensarem que estou falando de um lugar de superioridade, apontando o dedo para os defeitos alheios. Portanto, fiz uma música falando diretamente com o Trump: “você é um otário, eu te odeio, e eu quero que você suma o quanto antes”. Aliás, eu quero que as pessoas, independentemente se apoiam ou não o Trump, sintam a minha raiva. Por isso escrevi deste modo, ao invés de falar de um local de superioridade falando de outra pessoa. Answered Prayers segue algo semelhante, não? É a mesma coisa com Answered Prayers. É uma canção muito obscura também, sobre um relacionamento abusivo, e canto da perspectiva do abusador. Você pode ouvir ele manipulando, dizendo o quão inútil a outra pessoa é, e que trai ela quando tem vontade. As coisas ditas na música são terríveis, mas quero que as pessoas sintam uma conexão pessoal com aquilo, para não conseguirem desviar a atenção, e dizer que é problema de outra pessoa, não é, é seu problema, estou falando com você. Achei que foi um jeito muito bom de escrever uma música, bem obscuro, e sinto que é uma música feia, e me sinto meio aterrorizado com ela, mas é muito verdadeira. É sobre algumas pessoas que conheço, na verdade sobre dois casais, que conheço agora, que tiveram essa dinâmica bem tóxica em suas relações, e um parceiro tratava o outro terrivelmente, e eles continuavam nessa. E é algo que exploro nessas músicas. Answered Prayers foi a primeira música a ser escrita ou há outras mais antigas? Tem uma música mais velha, Settle Down. Na verdade, escrevi há 20 anos, e é engraçado pois essa música é sobre envelhecer, e sentir que as pessoas estão te ignorando

Crítica | 365 Dias: Hoje

Engenharia do Cinema Realmente não tem como conseguir levar a sério este “365 Dias: Hoje“. Desde seu problemático prólogo, vemos que trata-se de um filme feito às pressas e o único interesse nele é os grandes acessos e bafafá que iria gerar em torno do nome da Netflix, na mídia em geral. Esquecendo totalmente o arco do filme de 2020, parece que este longa polonês de Barbara Bialowas e Tomasz Mandes (que também cuidam do “roteiro” com Mojca Tirs) só se preocupa gravar uma grande quantidade de cenas de sexo, deixando totalmente de lado uma “possível história”. O longa já começa com o casamento de Laura (Anna Maria Sieklucka) e Massimo (Michele Morrone), independentemente de como eles terminaram no último longa (brigados e ela sofrendo um acidente de carro, onde sequer sabemos se ela tinha ficado viva). Mas tudo acaba indo de pernas pro ar quando o irmão gêmeo de Massimo, Adriano (também vivido por Morrone) aparece e Laura começa a se envolver com seu jardineiro (sim, não estou brincando a trama é essa). Imagem: Netflix (Divulgação) Durante os 15 primeiros minutos de filme, confesso que fiquei procurando alguma explicação para os eventos do desfecho do último longa e até mesmo uma potencial história. Mas, ao invés disso me deparei com erros de mixagem de som (uma vez que além das vozes terem saído abafadas, em relação às músicas de fundo, ficou nítido que na pós-produção muitas falas foram mudadas de última hora) e até mesmo de enquadramentos. Como estamos falando de um soft porn (que é uma encenação banal do ato sexual), tudo é feito com o intuito de “fingir” o ato e isso acaba nos brindando com cenas péssimas e vergonhosas. Quando já estamos na metade do filme, e na milionésima cena de sexo, não começamos a entender absolutamente nada do que realmente está acontecendo. A não ser que Laura acaba sendo mais vilã que mocinha (já que as suas cenas se resumem a frases de efeito e cenas de sexo, nas diversas maneiras possíveis, com o seu marido e o Jardineiro). Mesmo com “Morbius” se achando a maior porcaria de 2022, a Netflix chega com uma voadora sobre ele e coloca em seu lugar este “365 Dias: Hoje“. Facilmente teremos a pior franquia da história do cinema com estes títulos.