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Godsmack lança seu novo álbum de estúdio, “Lighting Up The Sky”

Destaque do hard rock e sucesso de público e crítica, o Godsmack lançou seu oitavo álbum de estúdio, Lighting Up the Sky. Produzido pelo vocalista e guitarrista Sully Erna em parceria com Andrew “Mudrock” Murdock (Alice Cooper), Lighting Up The Sky traz uma narrativa poderosa e funciona como o fechamento de um ciclo da banda. O álbum chega junto de um clipe para a faixa Soul On Fire. Para representar isso, eles trouxeram de volta o parceiro de longa data Mudrock, que fez os dois primeiros álbuns da banda. “Como o tema deste álbum era reviver e celebrar toda a jornada, parecia certo trazer de volta a equipe original com a melhor produção possível”, explica Erna. “Acredito que Lighting Up The Sky traz uma história com a qual todos se conectarão, em um nível humano, porque todos passamos por coisas na vida”. >> CONFIRA ENTREVISTA COM O GODSMACK O disco fala de amor, política, traições, dificuldades em conexões entre as pessoas e dialoga muito sobre o conceito de legado e o que deixamos para trás no fim de uma jornada. O vocalista e guitarrista já havia revelado que pensa este álbum como último trabalho de estúdio da banda. “Não sei se há outro disco depois desse. Sinto que isso é o fim de um momento para nós”, diz Erna. “Todas essas histórias que contamos se juntaram e, quando as coloquei em ordem, percebi que era uma história inteira. É um álbum muito emocionante para todos nós. E as pessoas que não se importam com as complexidades do todo, com a profundidade emocional, ainda serão capazes de apenas ouvir e apreciar. Porque cada música poderia ser um single”. Além dele, a banda de Massachusetts é formada por Tony Rombola (guitarra), Robbie Merrill (baixo) e Shannon Larkin (bateria). “Estamos no melhor momento de nossas vidas e carreira. De alguma forma, sinto que fomos amadurecendo como artistas o suficiente para permanecer juntos. Aprendemos a nos amar como irmãos. Nós escalamos as montanhas mais altas e passamos por cima dos desafios juntos. Isso não é o fim. Este é apenas um novo começo porque o melhor de ainda está por vir!”, diz Erna. O Godsmack tem sua primeira passagem pelo Brasil remarcada para abril de 2023.
WRY relança álbum “Aurora” em vinil

Banda que ajuda a contar a história do underground e do indie rock brasileiro há mais de duas décadas, WRY relança Aurora, seu oitavo álbum de estúdio e o primeiro totalmente em português. Considerado um dos principais álbuns de 2022 pela imprensa musical brasileira, o álbum chega em vinil de alta qualidade pela Bilesky Discos. A banda divulga também um vídeo para Quero Dizer Adeus feito pensado no Instagram. O disco ganha agora uma masterização exclusiva, edição em 180 gramas e capa dupla com letras com arte pensada especialmente para esse projeto. “Para gente é um sonho realizado, é nosso primeiro LP em terras brasileiras e de um disco que para nós é um marco em nossa carreira”, conta o vocalista e guitarrista Mario Bross. Além dele, a banda é formada por Lu Marcello (guitarra), William Leonotti (baixo e backing vocal) e Italo Ribeiro (bateria). As composições de Aurora dialogam, em maior ou menor escala, com os dilemas e cotidianos urbanos de um Brasil em desalento. Daí o título do disco assumir esse caráter quase ousado de ir na contracorrente da própria história do WRY e da realidade do mundo lá fora. WRY explora sonoridades e nuances, se afastando do que marcou a história do grupo. No novo álbum, a sonoridade vai do post-punk ao reggae e ao dub sem receio de se mostrar poético e enlutado (Carta às Moscas), abertamente politizado (Temos um Inimigo), de encarar as mudanças de peito aberto (como no single Sem Medo de Mudar) e seguindo firme com suas convicções (explicitado no single Contramão). Produzido por Mario Bross e João Antunes, este último também responsável pela mixagem e masterização, Aurora está em todas as plataformas de streaming e se une à discografia iniciada em 1998, com o lançamento de Direct. De lá para cá, vieram ainda Heart-Experience (2000), Flames in the Head (2005), She Science (2009), National Indie Hits (2010) e os recentes Noites Infinitas (2020) e Reviver (2021).
Dormente faz synth pop sobre luta de classes e contra a opressão em Radicalizar

Duo de synthpop que não esconde suas opiniões, Dormente traz uma sonoridade mais agressiva e arrojada influenciada pela witch house, big beat e synthwave no álbum Abismo Informação, lançado no fim do ano passado. Um dos destaques é um olhar pop sobre o desenvolvimento social, consciência de classe e defesa dos trabalhadores na faixa Radicalizar, que acaba de ganhar clipe. Formado por Victor Fortes e Ítalo Riber, Dormente começou suas atividades no final de 2020, quando lançou o álbum de estreia Parestesia. O duo traz em sua formação toda a experiência de Riber, que já tocou com diversos nomes da música brasileira como Tim Bernardes, Tulipa Ruiz, Mauricio Pereira, Bocato e Big Chico. Ele é curador e produtor do Festival Febre desde 2016 e diretor artístico do selo Lastro Musical desde 2019. Tudo isso atrelado à inventividade de Fortes, músico, compositor e produtor musical com uma extensa discografia de sua autoria, passando por projetos de diversos gêneros como as bandas Branch of Yore, Pobre Orfeu, Fragata Júpiter e Enforcation. No ano passado eles lançaram o álbum Abismo Informação, onde buscam uma sonoridade mais agressiva, fecundado em um ambiente digital intoxicado por fake news, isolamento social e um governo genocida. Mostrando que a luta ainda não acabou, Dormente começa 2023 com um desabafo sobre viver socialmente, juventude, política mas, acima de tudo, sobre sentimentos reais.
Crítica | Até os Ossos

Engenharia do Cinema Depois do sucesso de “Me Chame Pelo Seu Nome“, era inevitável que o diretor Luca Guadagnino e o ator Timothée Chalamet iriam repetir a parceria em um futuro próximo. Sendo lançado no Brasil timidamente, na semana da CCXP, e ficado apenas uma semana em cartaz na maioria dos cinemas (uma vez que o circuito foi dominado por “Avatar 2“, logo em seguida), “Até os Ossos” chegou agora nos serviços on-demand e provavelmente vai começar a ser notado pelo grande público. Baseado no livro de Camille DeAngelis, a história é centrada em Marren (Taylor Russell) que vive como nômade com seu Pai (André Holland), pelo fato dela esconder seus desejos canibais. Porém, após um descuido da mesma, este acaba lhe deixando sozinha e ela começa a viver totalmente sozinha. É quando ela conhece Lee (Chalamet), por quem ela se apaixona e possui os mesmos hábitos canibais. Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação) É um fato que Guadagnino sabe como criar uma atmosfera desconfortável em seus filmes, quando a premissa tem este tópico como foco (vide o remake de “Suspíria”, feito pelo próprio em 2018). Aqui ele não hesita em mostrar cenas de canibalismo explícito (que chegam a beirar o perturbador), e situações que acabam transpondo o quão isso é algo totalmente desconfortante (vide uma cena onde ele intercala uma senhora sendo devorada, com suas fotos em família). E para auxiliar nisso, o design de produção, figurino e até mesmo a fotografia de Arseni Khachaturan sempre transparecem uma tonalidade acinzentada, com aspecto sujo e nojento em quaisquer cenários por onde os personagens passam (com o intuito de representar o quão eles vivem em uma sujeira total). Embora Russell e Chalamet estejam ótimos em cena, embora o segundo mais uma vez esteja preso na persona de adolescente rebelde, quem rouba o protagonismos destes é o veterano Mark Rylance (que interpreta o misterioso Sully). Mesmo aparecendo relativamente pouco, sua característica é uma verdadeira mescla dos citados, mas ainda sim transparece uma incerteza de suas verdadeiras intenções. “Até os Ossos” pode facilmente conquistar os fãs de filmes trash de horror, mas causará um desconforto enorme nos que esperam encontrar um romance clichê e gostosinho de se ver.