Crítica | Shazam! Fúria dos Deuses

Engenharia do Cinema Depois de um ano bastante tenso para a Warner Bros Discovery, onde a gestão de David Zaslav escalou James Gunn e Peter Safran para comandarem a divisão da DC, como um todo, muitos filmes e séries chegaram a ser descartados e até mesmo os atores dispensados. “Shazam! Fúria dos Deuses” é o primeiro título a ser lançado após a dispensa de vários atores do selo, e o clima de incerteza está dominando ainda mais o próprio. E isso ficou transparecido neste projeto. O longa tem início após Billy Batson (Asher Angel) e seus irmãos (que agora também assumiram mantos de super-heróis) não conseguirem ser os heróis que gostariam de ser, e serem alvo de chacota de todos. Ao mesmo tempo eles terão de enfrentar as misteriosas deusas Hespera (Helen Mirren) e Kalypso (Lucy Liu), que surgem para tentar conquistar o poder de Shazam (Zachary Levi) e seus irmãos. Imagem: Warner Bros Pictures (Divulgação) Um dos principais problemas deste filme, é o roteiro de Henry Gayden (responsável pelo antecessor, de 2019) e Chris Morgan (que já assinou vários longas de “Velozes e Furiosos”), que apelam e muito para fórmulas que já deram certo em títulos da Marvel como “Doutor Estranho”, “Thor” e até mesmo “Vingadores Ultimato”. Mais uma vez fica nítido que a DC ainda bebe bastante da fonte citada. A sensação é que faltou uma imagem própria e que consiga fazer este título ser memorável, como um longa do gênero deve ser. Embora Levi esteja a vontade no papel e Angel apareça bem pouco também, temos uma Helen Mirren (que já declarou em entrevistas “não ter entendido a história deste filme”) e Lucy Liu (que está voltando as grandes produções, depois de quase 20 anos) totalmente forçadas e em péssimas atuações. Por mais que pareça ruim e mal feito, este filme ainda consegue se sobressair em diversos tópicos como nos efeitos visuais, que são muito bem executados com destaques para as cenas envolvendo a personagem de Ranchel Zegler, Anthea, fazendo “teletransporte”. Inclusive, ela ainda consegue ter uma ótima química com Jack Dylan Grazer (que interpreta Freddy, e tem mais destaque aqui), e o arco chega até a ser mais interessante do que o próprio Shazam. “Shazam! Fúria dos Deuses” não consegue ser superior ao seu antecessor, e facilmente conseguirá cair no esquecimento do espectador em poucos meses. Obs: o filme possui duas cenas pós-créditos, que podem indicar algum futuro para o personagem na DC.
Crítica | Pornhub: Sexo Bilionário

Engenharia do Cinema Em um primeiro momento, ao se deparar com o título do documentário “Pornhub: Sexo Bilionário“, a primeira sensação é que estamos com um longa que mostrará não só a história do famoso site pornográfico, como também o lado negativo da mesma em vários quesitos. Porém, a diretora Suzanne Hillinger optou por deixar o mesmo dividido em duas camadas, que são as atrizes/modelos que trabalham nesta industria e os crimes que são cometidos por usuários neste site, por intermédio de vídeos com pedofilia, estupro e outras coisas. Por intermédio dos depoimentos de atrizes, modelos, ativistas e funcionários da Pornhub, são discutidos os tópicos citados, e como a plataforma tem sido afetada por vários problemas ocasionados por protestos de terceiros e que afetaram o mesmo até hoje. Imagem: Netflix (Divulgação) Realmente, Hillinger procura estabelecer o espectador primeiramente dentro do cenário das pessoas que trabalham no Pornhub e o quão o mesmo acaba sendo benéfico para elas, no sentido financeiro. Mas acaba faltando realmente o lado negativo deste universo, inclusive a presença de alguém da área psiquiátrica, para explicar os problemas deste setor e o quão as próprias pessoas que trabalham em vídeos deste porte, e até mesmo assistem, acabam sempre tendo problemas psicológicos (pelo menos, na maioria dos casos). Ao invés disso, ela optou por mostrar como foco a guerra da indústria pornográfica com os religiosos e conservadores, que nunca aceitaram este tipo de profissão. Porém, fica um tanto que vazio este debate, pois ele se resume apenas as polêmicas envolvendo vídeos de pedofilia e estupro, que são postados por usuários anônimos e demoram para serem deletados do Pornhub. Não posso deixar de lado, que ela realmente acertou em mostrar (apesar de ser um arco bastante breve), o quão está difícil de lidar e trabalhar com redes sociais ultimamente (por conta de bloqueios de contas, palavras que não podem ser usadas, entre outras coisas). “Pornhub: Sexo Bilionário” poderia ser um ótimo documentário sobre o famoso site pornográfico, porém acaba sendo um breve apanhando sobre a história do mesmo.
Aliados representa Santos no Lolla; confira outros artistas da região que já tocaram no festival

Faltando três dias para o início da décima edição do Lollapalooza Brasil, o Blog n’ Roll relembra as participações santistas em um dos maiores festivais de música do mundo. Aliados é a representante da vez. A banda se apresenta na sexta-feira (24), às 12h, no Palco Budweiser. Aliás, essa é a segunda vez do Aliados no Lolla. Mas eles esperam concluir a apresentação dessa vez. No ano passado, o show, previsto para acontecer no palco Onix às 12h15, foi interrompido assim que teve início em função do vendaval. O vocalista do grupo, Gustavo Fildzz, disse ao microfone que a performance seria pausada para a segurança do público. “Esperamos muito por esse momento, mas precisamos fazer um show seguro “, afirmou. Garage Fuzz, Zimbra e Bula também já mostraram a força do nosso celeiro em outras oportunidades. Veterana do hardcore nacional, a Garage Fuzz marcou presença na primeira edição do Lollapalooza, em 2012, ainda no Jockey Clube. Tocou no mesmo dia que Arctic Monkeys, Jane’s Addiction e MGMT. “A experiência foi muito boa. A organização foi de primeiro mundo. Representar a cena hardcore punk nacional foi uma sensação excelente, com certeza é um festival pertinente para o Brasil”, diz o baixista do Garage, Fabrício Souza. O músico afirma que não sentiu nenhuma diferença pós festival para a banda, que já está na ativa há quase 30 anos. “Para ter uma ideia, uma semana depois do Lollapalooza, tocamos na quadra de uma escola em Itapevi. E com o mesmo sentimento. O legal é o estímulo e a empolgação de participar de um festival desse porte. Também mostramos o som para um público que não o conhecia”. Zimbra e Bula foram escaladas para o mesmo dia, em 2015. Dividiram a atenção com Robert Plant, Jack White, Kasabian, Bastille, entre outros. O vocalista da Zimbra, Rafael Costa, lembra com carinho da participação da banda. “Foi uma experiência única, estávamos começando a tocar fora de Santos. Pra gente foi um momento que demos um passinho a mais na nossa identidade. Passamos a encarar com mais seriedade. Além disso, era um sonho de criança: tocar no Lollapalooza e no Rock in Rio, que ainda não aconteceu”.
Brisa Flow é a primeira artista indígena a se apresentar no Lolla

Brisa Flow é a primeira mulher indígena originária marrona a ser escalada para tocar no Lollapalooza Brasil. Ela prepara um show exclusivo para ocasião, na qual apresentará novos arranjos e possibilidades para canções do seu disco mais recente, Janequeo (2022), e também para faixas dos seus trabalhos anteriores. A artista sobe ao palco Chevrolet, às 12h30 de sexta-feira (24), mesma data que tem a cantora Billie Eilish e o rapper Lil Nas X como headliners. Acompanhada por uma banda formada por Ian Wapichana (voz e violão), Vênus Garland (teclado), Beatriz Lima (baixo), Victor Prado (trompa) e Pitee Batelares (bateria), Brisa Flow ressalta a importância dela ocupar o espaço em um evento como o Lollapalooza Brasil com estes músicos. “Fomos nos aquilombando conforme os nossos laços foram se fortalecendo. Acredito neste aquilombamento urbano como uma prática artística de juntar pessoas trans, indígenas e pretas numa soma para transformar a cena em um lugar mais diverso e também trazer toda nossa potência para que possamos valorizar a cultura brasileira e latino-americana, como prefiro chamar de Abya Yala”. O figurino de Brisa Flow para o show no LollaBR também está sendo pensado de forma especial e será assinado por ela ao lado da fashion designer Vicenta Perrotta, e do diretor criativo (e também produtor artístico da cantora) Amangelo Prateado. Criado e gerenciado por Vicenta Perrotta, o atêlie TRANSmoras foca em habilitar pessoas trans para o mercado de trabalho da moda. “A ideia é pensar como a construção da moda passa pela água, rios, plantações e muitas mãos. Também se conscientizar sobre quem são essas pessoas e como podemos valorizar e causar menos impactos ao meio ambiente tudo isso enquanto arrasamos nos looks”, complementa Brisa. Para este figurino, as peças serão produzidas pelo ateliê no ATM Lab, que tem sede no Centro Cultural de São Paulo. O setlist do show mistura o rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo/soul, reunindo faixas do disco Janequeo (2022), com arranjos inéditos para bandas de faixas como Camburi, Making Luv, Besitos, Etnocídio e Marrona Libre. Já a projeção conta com artes de Ge Viana, Bonikta e Coletivo Coletores, que utilizam diferentes linguagens visuais e tecnológicas para discutir temáticas ligadas às periferias, apagamentos históricos e culturais e o direito à cidade. “Queremos falar de amor, fazer música e arte que move, transforma e chama o público para se envolver junto”, finaliza Brisa Flow. Serviço – Brisa Flow @ Lollapalooza Brasil, SP Data: 24 de março (sexta-feira) Horário: 12h30 Local: Autódromo de Interlagos Endereço: Av. Sen. Teotônio Vilela, 261 – Interlagos, São Paulo – SP Ingressos
Medulla recebe Lucas Silveira e Jup do Bairro em sua estreia no Lollapalooza

Chegar até o Lollapalooza Brasil não foi tarefa fácil para o Medulla. A banda, que retornou de um hiato no ano passado, celebra em 2023 o reencontro caloroso com o grande público, em um dos principais eventos de música. Para chegarem até o palco Chevrolet, no sábado (25), às 12h30, os integrantes Keops, Raony, Tuti AC e Alex Vinicius cruzaram o caminho de uma série de artistas e parceiros, e, agora, os convidam para celebrar esse momento ao lado da banda. São eles: o vocalista da Fresno, Lucas Silveira, e a cantora Jup do Bairro. Os headliners Twenty One Pilots, Melanie Martinez e Tame Impala se apresentam na mesma noite. O show do Medulla no LollaBR foi idealizado exclusivamente para o festival, possibilitando a banda de colocar em prática o desejo de performar ao vivo com esses artistas que já admiravam. “O Lucas é nosso irmão de muitos anos, temos músicas juntos, mas nunca fizemos elas ao vivo. Achamos um momento muito especial pra finalmente fazer isso”, explica Keops, que completa: “com a Jup não foi diferente. Tivemos uma aproximação maior nos últimos anos e sempre estamos nos paquerando pra fazer algo. Achamos a oportunidade perfeita com o Lollapalooza”. Na ocasião, o Medulla apresenta pela primeira vez ao vivo a canção Fuder e Dormir Juntin, lançada no último dia 16. Este é o primeiro single após o retorno do grupo. Composições dos trabalhos Medulla (2014) e Deus e o Átomo (2016) também integram o setlist. Serviço – Lollapalooza Brasil 2023 Dias 24, 25 e 26 de março de 2023 Local: Autódromo de Interlagos, Av. Sen. Teotônio Vilela, 261 – Interlagos, São Paulo Informações Siga nas redes: @lollapaloozabr
Alicia Keys confirma dois shows no Brasil; venda começa na quinta-feira

The Town coloca Bruno Mars como headliner em duas noites; Kim Petras também entra no lineup

O festival de música The Town anunciou novas atrações para sua programação. A grande novidade é que Bruno Mars, já confirmado no evento para o dia 10 de setembro, fará uma segunda apresentação na cidade uma semana antes, no dia 3 de setembro. Além do cantor, a artista Kim Petras, alemã que se tornou a primeira mulher trans a vencer o Grammy, também está prevista para fazer um show no dia 10. Ela está prevista para se apresentar no palco Skyline. A organização revelou ainda Angélique Kidjo como parte do line-up de quinta-feira, 7 de setembro. Quatro vezes vencedora do Grammy, ela já veio ao Brasil para o Rock in Rio de 2015, se tornando um dos grandes destaques do encontro de músicos africanos do festival. O anúncio acontece uma semana depois do The Town declarar a venda de 150 mil ingressos durante a pré-venda, no último dia 14 de março. A organização agora se prepara para a abertura das vendas gerais do festival, que acontece no dia 18 de abril, às 19h, no site da Ticketmaster. Petras e Kidjo se juntam a nomes de peso já anunciados pelo evento, incluindo Post Malone, Foo Fighters, Luísa Sonza, Alok, Ne-Yo e Garbage. O The Town acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro deste ano.