Depois da Tempestade revela Barganha, com a argentina Lula Bertoldi

A banda santista Depois da Tempestade lançou o videoclipe da canção Barganha, terceiro single do álbum Luto por Esperanza. O single conta com a colaboração da vocalista e guitarrista da renomada banda argentina Eruca Sativa, Lula Bertoldi, que se uniu ao grupo para criar uma experiência sonora única. Com produção musical de André Freitas, no estúdio Electro Sound, Barganha carrega raízes da música latina alternativa contemporânea e se lança como uma das representantes brasileiras neste cenário. O videoclipe, gravado na cidade de Buenos Aires em dezembro de 2022, conta com direção visual a cargo do renomado produtor audiovisual argentino Penumbrart, enquanto a edição e animação foram habilmente executadas pelo produtor brasileiro Felipe Duarte, da Goat Animation. Luto por Esperanza será o segundo álbum de estúdio da banda Depois da Tempestade, consolidando sua evolução artística e musical. Ao longo de sua trajetória, a banda já trouxe a público os EPs O Sol Nascerá (2012), Eleva (2013) e Mutáv3l (2015), além do álbum Multiverso (2017). A Depois da Tempestade é composta por Victor Birkett, vocalista e compositor, Gutto Albuquerque na guitarra, Diego Andrade no baixo, Maru Mowhawk nos teclados e sintetizadores e Bruno Andrade na bateria e beats. A banda foi fundada em 2012 e vem conquistando seu espaço no cenário musical brasileiro. A participação de Lula Bertoldi, guitarrista e vocalista da Eruca Sativa, traz ainda mais prestígio ao projeto. A banda argentina, composta também por Brenda Martin no baixo e voz, e Gabriel Pedernera na bateria e voz, possui uma trajetória repleta de reconhecimento, com 6 prêmios Gardel conquistados na Argentina e uma nomeação ao Grammy Latino em 2022. Lula, por sua vez, é irmã da renomada cantora e guitarrista pop argentina Marilina Bertoldi, consolidando o talento musical na família.
SoulCity lança terceiro single; ouça “Te Ver Só”

A SoulCity chegou neste ano tirando as pessoas para dançar. Seja com o swing do primeiro single, Invenções, ou com a homenagem à disco music em Essas Noites, a banda paulista convida para a pista até o mais desanimado dos ouvintes. Te Ver Só, lançada nesta segunda-feira (5), não foge à regra. A balada, que passeia pelo soul e pelo pop, é marcada por arranjos de metais e muito groove. “Te Ver Só é musicalmente uma inspiração e um tributo a soul music, e a gravadora Motown, sem deixar de ser uma canção brasileira. Quando a gente compõe e arranja as músicas, não pensa em fórmulas, mas gostamos do formato pop, com refrões fortes, então misturamos nessa receita a nossa ‘vibe’ soul. A ideia é fazer músicas que sejam universais”, revela o baixista e compositor da faixa, Leandro Maciel. A terceira faixa da SoulCity conta com a produção do guitarrista Luy D´Souza, e com a masterização de Tiago Redin (Nigéria). Te Ver Só fará parte do primeiro EP do grupo, já em fase de finalização. “Estamos extremamente felizes com o que tem rolado com a banda até aqui”, diz o baixista. “Ganhamos muitos ouvintes em tão pouco tempo e as nossas músicas têm sido executadas em várias rádios do Brasil e em algumas rádios na Europa, Estados Unidos e Japão”, completa. A SoulCity prepara uma apresentação especial para o lançamento do EP, que acontece ainda neste ano, e promete um show muito dançante – disso não nos resta dúvidas.
Paura mostra hardcore denso e pesado no novo single Retaliate

A raiva colossal dos riffs e das batidas marcam o novo single do Paura, Retaliate. Nesta segunda música que prepara para o lançamento do oitavo disco Karmic Punishment, o hardcore furioso é mais um recado sem meias palavras da cultura antifascista. Retaliate tem feat de Fábio Prandini com Anderson Silva, vocalista das bandas Undostais e Unshaken. No contexto do single anterior, World to be Free, que é também a ambiência de todo o Karmic Punishment, a ser lançado em breve, Retaliate é mais um manifesto do Paura que busca conscientizar e engajar a sociedade na luta contra o fascismo. A letra da música também reforça o posicionamento do Paura na luta contra qualquer tipo de preconceito. Pelo hardcore, a banda está sempre aberta ao diálogo para desfazer pensamentos coloniais ou racistas, mas deixa claro que não ouvirá o outro lado que levantar qualquer tipo de bandeira fascista. Anderson comenta sobre sua participação em Retaliate, que complementa o que o Paura transmite neste single: “Participar desse som, para mim, é colaborar nessa formação de quadrilha antifascista, traficando boas ideias, por meio de um metal hardcore extremamente raivoso, e groovies de bateria violentos envolvidos em um som pesado e denso que soa como um abraço de uma companheira, ou um companheiro que ta na luta por uma sociedade minimamente mais justa, ao mesmo tempo que soa também como um soco na boca de racistas e homofóbicos alinhados a ideias fascistas”. O novo disco Karmic Punishment foi gravado por Thiago Bezerra no Mastery Studio e Canil Studios, mixado pelo mesmo no Madness Music Studios e masterizado por killingsworth no Dead Air Studios. O lançamento, que acontece entre junho e julho deste ano, será nas plataformas de streaming e também em CD físico, que chega graças a uma parceria do Paura com os selos Conspiracy Chain, Samsara Discos, Tu.Pank Recs, Two Beers Or Not Two Beers, 255 Recs, Fuck It All Recs, Terceiro Mundo Chaos Discos, Tumba Produções, Distro dos Infernos, Lokaos e Vale do Caos Recs.
Júlio Ferraz une folk, música brasileira e experimentações em novo álbum

Entre ruídos, a beleza. Entre o minimalismo, um reflexo do todo. Em busca de respostas em meio ao caos, o artista pernambucano Júlio Ferraz lançou pelo selo Discobertas seu novo álbum Soturno Jarro Diamante. O trabalho explora temas psicológicos e evoca emoções que se conectam com nossos sentimentos mais profundos. O álbum conta com uma parceria com a musicista e poetisa canadense Maud Evelyne em Tell Me If The City (Dis-moi si la ville). “O título é uma analogia aos sentimentos mais íntimos, aqueles que guardamos em nosso lugar mais secreto. O jarro simboliza um lugar oculto, reservado, onde guardamos sensações e sentimentos que normalmente não colocamos para fora. Neste reservatório, os sentimentos ficam retidos até um dia transbordar”, conta Júlio. “O diamante é a luz, o momento em que a energia cintila, trazendo leveza e refletindo todo seu brilho ao ambiente. Este jarro diamante está cheio de canções soturnas. Elas estão disponíveis para todos aqueles que desejam resgatar os seus sentimentos adormecidos à superfície. Há muita coisa acontecendo, e nem tudo posso lhe contar em palavras, mas lhe garanto que tudo está aqui, presente nesses minutos de gravação, que duraram quase dois anos de minha vida”. Júlio Ferraz é músico, compositor e arranjador, tendo iniciado sua carreira em 2006 com o Novanguarda, uma banda que mesclava rock de garagem com elementos psicodélicos e lhe rendeu reconhecimento nacional. Em 2016, lançou seu primeiro álbum solo, A Ilha da Inconsciência no Espelho Polifônico das Bifurcações do Tempo. Sua música incorpora uma variedade de elementos, como psicodelia, tropicalismo, jazz e folk. Após anos de intensa atividade em estúdio, em 2020 ele anunciou o show Freak Bananas, apresentando material lançado nos últimos quatro anos, explorando sua liberdade artística e celebrando o caos e o amor. No entanto, as apresentações ao vivo foram interrompidas devido à pandemia de covid-19, e o artista aproveitou seu período de confinamento para experimentar novas abordagens e sonoridades. Durante o período de isolamento social, ele lançou o EP Lampejos e o álbum ao vivo Quarentine Live, este último gravado em casa por meio de transmissões online. Em janeiro de 2021, lançou o álbum de estúdio, Orbe Onírico, e em dezembro do mesmo ano, lançou o single Travessia Boa Viagem, que incluía a faixa Algoz no lado B. Agora, lançando o seu quinto álbum solo, e abrindo um novo capítulo nessa história que conta com uma indicação ao Prêmio da Música de Pernambuco (na categoria MPB com o EP Sonhos & Ruídos) e quatro ao Prêmio Dynamite (O Manifesto Das Cores, Capital Esperança, Lampejos e Orbe Onírico, todos na categoria MPB). Nova página nesta trajetória, Soturno Jarro Diamante se propõe a encapsular os últimos anos e seus caos e dores, usando as experiências pessoais do artista como porta de conexão e espelho para o ouvinte.
Alceu Valença lança álbum audiovisual “Meu Querido São João”; assista

Alceu Valença lançou o álbum Meu Querido São João – Ao Vivo na Fundição Progresso, registro na íntegra da turnê de forró que o cantor realiza todos os anos no período das festas juninas. A gravação foi registrada em 1 de julho de 2022, dia do aniversário do artista, disponibilizada pela Deck também em audiovisual em todas as plataformas. Com sua performance explosiva, Alceu enfileira sucessos no palco da Fundição Progressso, no Rio de Janeiro, sob o imenso guarda-sol do forró e seus congêneres. E tome xote, xaxado, baião, coco de embolada, em temas que aliam hits de sua autoria – Como Dois Animais, Anunciação, Tropicana, Girassol, Belle de Jour, Pelas Ruas que Andei, entre elas – a clássicos do repertório de Luiz Gonzaga, como Baião, Vem Morena, O Xote das Meninas e Sabiá. A música de abertura do espetáculo, Pagode Russo (João Silva), outra do repertório de Luiz, foi lançada como single de estúdio por Alceu no ano passado. A versão garantiu para o artista o troféu de “melhor cantor” no Prêmio da Música Brasileira em 2023. Ao vivo, o tema ganha em animação e organicidade, onde a vibração do público funciona como combustível extra pra lá de aditivado. A canção que dá título ao álbum, Meu querido São João, foi inicialmente composta para o filme A Luneta do Tempo, escrito e dirigido por Alceu Valença, realizado em 2015. Em maio de 2023, Alceu catapultou uma versão em estúdio da canção, cantada por ele em dueto com seu filho Juba. O primeiro single do novo álbum, Táxi Lunar – recriação turbinada do hit atemporal composto por Alceu, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho na década de 1970, já decola em todas as plataformas – irresistível como sempre, mais espacial do que nunca. Alceu Valença é acompanhado em cena por André Julião (sanfona), Zi Ferreira (guitarra), Tovinho (teclados), Nando Barreto (baixo), Cassio Cunha (bateria).
Francisco, el Hombre faz convite à movimentação em Chão Teto Parede

Ao passo que a Francisco, el Hombre vai apresentando o disco 10 Anõs, o público pode identificar nas novas versões a energia catártica dos shows sendo impressas em novos acordes, melodias e batidas. Chão Teto Parede chegou com uma nova camada musical. As batidas eletrônicas contínuas nos minutos iniciais da primeira versão abrem espaço para um começo enérgico no single de dez anos. Com o aviso que esta é a última canção da tracklist ecoando nos fones, a banda convida o ouvinte a se jogar na coreografia, que acompanha o grupo ao longo dos últimos quatro anos. Assim como dito nos segundos iniciais da faixa, Chão Teto Parede antecede a chegada do disco 10 Anõs, previsto para o próximo dia 30. “Nada melhor do que deixar as defesas e travas no chão e só viver um momento catártico juntos”, comenta Lazúli, que integra a Francisco, el Hombre ao lado de Mateo Piracés-Ugarte, Sebastianismos, Andrei Kozyreff e Helena Papini. O show, para eles, é uma pequena amostra das emoções que as pessoas vivem ao longo de sua jornada, por isso, trazer esse momento de descontração e de troca com o público é muito importante. A tão conhecida e ensinada coreografia de Chão Teto Parede foi criada a partir de uma brincadeira que Mateo fazia com amigos quando mais novo e foi apresentada para a banda de maneira bem espontânea durante um ensaio. Essa ideia, de ter uma canção no setlist que convidasse à movimentação, refletiu diretamente em algo que a Francisco, el Hombre idealizava quando lançou o disco Rasgacabeza (2019). “Estávamos com uma mentalidade de criar músicas que instigasse nosso show a ser ainda mais participativo”, relembra Mateo. Cada vez que a banda performa essa canção nas apresentações, se torna um momento único por diferentes motivos, sendo, o principal deles, o público, que, a cada show, amplifica sua conexão com a Francisco, el Hombre.
Entrevista | Clarice Falcão – “É o resultado de uma pesquisa que fiz com todos os meus discos”

Crítica | Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

Engenharia do Cinema “Homem-Aranha no Aranhaverso” conseguiu ser uma das melhores animações dos últimos anos, e trouxe o primeiro Oscar de longa animado para a Sony Pictures/Marvel, em 2019. Muito se aguardou da continuação, rotulada como “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” (inclusive este é o primeiro de uma produção dividida em duas partes, pela qual a próxima rotulada de “Spider-Man: Beyond the Spider-Verse“, chegará em 28 de março de 2024) e até algumas semanas o estúdio não estava tendo um marketing plausível para o lançamento (como foi com o antecessor). Felizmente, estamos falando de mais uma divertida produção do selo, que não apenas cumpre o que promete, como também serve para homenagear ainda mais todo o legado do personagem, de diversas maneiras. Após os eventos mostrados no primeiro filme, Miles Morales tenta conciliar sua vida de adolescente com a de ser um Homem-Aranha. Porém, tudo decaí por terra quando o vilão Jonathan Ohnn surge e abre barreiras entre vários multiversos, fazendo o primeiro se unir mais uma vez a Gwen Stacy e outras versões de Homens-Aranhas, para combaterem o mesmo. Imagem: Sony Pictures (Divulgação) Nos primeiros minutos de projeção, há uma ótima sequência detalhando ainda mais a história de Gwen Stacy e como ela se tornou a Mulher-Aranha, em seu universo. Só que a estética usada é totalmente diferente do que já estava sendo visto, ou seja, cada protagonista tem um traço diferente na animação. E não hesito em dizer que mesmo sendo breve, o arco consegue ser melhor que todos os últimos live-actions da Sony Pictures/Marvel, nos últimos anos. Porém, nitidamente o roteiro de Phil Lord, Christopher Miller e Dave Callaham se inspirou fortemente no que foi visto em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (uma vez que o projeto tinha um roteiro raso, mas uma ótima execução). Sim, a produção consegue se sobrepor por conta da caracterização de personagens (apesar que alguns acabam sendo colocados em escanteio, em relação ao antecessor, uma vez que o foco agora se concentra totalmente em Miles e Gwen) e um enredo onde os fatos fazem sentido e casam (e não são meramente jogados, para depois serem explorados). A parte engraçada da animação, é que a direção de Joaquim Dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson brinca com os fãs, e coloca várias referências a todo momento (nos fazendo brincar de encontrar as próprias, e não vou adentrar como elas estão, por conta de spoilers). Consequentemente, os espectadores se verão na obrigação de ver e rever ao próprio (com o intuito de achar mais daquelas, durante a exibição). “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” consegue divertir facilmente os fãs do personagens, e aqueles que estavam carentes de uma boa leva de ótimas animações.