Paura lança Karmic Punishment, oitavo álbum da carreira

O quinteto hardcore Paura acaba de lançar o novo disco Karmic Punishment, o oitavo da extensa carreira. Neste registro, a experiente banda paulistana mostra 13 faixas de um hardcore pesado, agressivo, que trazem debates sobre temas sociais e políticos sensíveis ao Brasil e ao mundo dos últimos quatro anos. Karmic Punishment foi gravado por Thiago Bezerra no Mastery Studio e no Canil Studios, mixado pelo mesmo no Madness Music Studios e masterizado por Will Killingsworth no Dead Air Studios. O álbum também está disponível em CD digipack por meio de uma parceria entre o Paura com os selos Conspiracy Chain, Samsara Discos, Tu.Pank Recs, Two Beers Or Not Two Beers, 255 Recs, Fuck It All Recs, Terceiro Mundo Chaos Discos, Tumba Produções, Distro dos Infernos, Lokaos e Vale do Caos Recs. Os riffs e batidas ainda mais raivosas de Karmic Punishment refletem o período em que a maioria das músicas foi escrita: no ápice da pandemia e o Brasil sob a nuvem negra de uma onda política excludente e mal intencionada. Entre trocas de integrantes e momentos de isolamento devidamente respeitados, a flexibilização permitiu ao Paura voltar a pensar neste novo disco. Assim, todas as músicas pré-escritas foram readaptadas com uma nova formação e a banda voltou ao estúdio. Ou seja, Karmic Punishment é um disco concebido durante todo o período pandêmico em meio ao caos social cotidiano, que assim como para muitos brasileiros, também foi ao Paura um momento bem pesado, com perdas, dor, medo, tristeza, indignação, protestos, enfim, uma intensidade potencializada como nunca. Karmic Punishment é ainda um álbum que traz a gênese do Paura ao longo destes 28 anos de carreira e que tem a própria história como referência para novos lançamentos. As 13 faixas do discos mostram um Paura que buscou inspiração na própria história entrelaçada às referências do dia a dia, nas trocas com bandas antigas e da nova geração, além de um olhar mais específico a nomes que pavimentaram o gosto pessoal dos músicos, como Celtic Frost, Discharge, Motorhead, Cro Mags, Metallica e Sepultura. Em mais um lançamento, o Paura traz seu hardcore pesado e único como voz altiva e incessante contra o racismo, contra o preconceito e contra as polarizações que segregam. “É mais um registro dentro do coletivo. Mais uma bandeira preta fincada. Mais uma força de voz dentro desse coletivo enorme formado por todo mundo que corre junto, que não desiste, que se entrega por algo maior. Vamos fazer muito barulho com o Karmic Punishment, incomodar muita gente, fazer tantas outras felizes. Mas ainda vamos gravar outros discos futuramente”, comenta a banda sobre o álbum.
Santos Jazz Festival 2023 anuncia lineup; confira!

O Santos Jazz Festival chega a sua 11ª edição com uma programação plural que reforça seus propósitos de representatividade, equidade e sustentabilidade defendidos pela curadoria do evento. Confira programação completa abaixo. O festival terá início no dia 27 de julho (quinta-feira), às 20 horas, no Teatro do Sesc Santos, com um concerto especial de abertura que reunirá a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos e dois dos mais talentosos cantores da atualidade: Vanessa Moreno e Ayrton Montarroyos – que farão juntos uma homenagem à genial obra de Edu Lobo e Chico Buarque. Com um formato diferenciado, o Palco principal no Centro Histórico, será no Largo Marquês de Monte Alegre (em frente à Igreja do Valongo) na sexta-feira (28), a partir das 18h e no sábado (29), a partir das 15h. Já no domingo (30), a programação será toda direcionada às crianças, no prédio da Bolsa do Café de Santos, a partir das 14 horas. São 10 shows que prometem aquecer o público com muita música boa no Palco do Valongo; além do VDJ Mamuth nos intervalos que não deixa a galera esfriar; e ainda a programação infantil com três shows no prédio da Bolsa do Café, a partir das 14 horas. – totalizando 13 apresentações no Centro Histórico de Santos. Homenagens em 2023 Além de Edu Lobo e Chico Buarque, que neste ano, completam respectivamente 80 e 79 anos, a compositora e cantora Rita Lee também será homenageada por Paula Lima & Banda com o show “Soul Lee”. Já os grandes jazzistas serão reverenciados principalmente nas apresentações de Henrique Mota Plays Corea & Hancock com tributo aos grandes mestres Chick Corea e Herbie Hancock, e, no show da Jazz Big Band com a cantora Sabrina Parlatore com os standards do jazz. Destaque Internacional O destaque internacional convidado para a edição de 2023 do festival será o bluseiro americano Alabama Mike & The Simi Brothers, que este ano está em turnê pelos melhores festivais de jazz do Brasil. Palco recebe lançamento e músicos da Baixada Santista O palco do Santos Jazz Festival é também espaço para reconhecimento aos talentos que despontam com trabalhos de referência na Cidade. A cantora Monna & Banda Quizumba Latina trazem o show de lançamento oficial do EP Meu Norte Latino. Já o Projeto Rabisco, liderado pelo músico santista Caio Foster, terá a participação do consagrado Mestre DaLua na percussão. Os jovens do Coletivo Querô (Instituto Arte no Dique) e o guitarrista Filippe Dias, que acaba de ganhar o prêmio Profissionais da Música, na categoria artista de blues, completam o quadro de artistas da terra. PROGRAMAÇÃO COMPLETA Dia 27/07 (quinta) – 20h – Teatro do Sesc Santos Orquestra Sinfônica Municipal de Santos convida Vanessa Moreno & Ayrton Montarroyos – Homenagem à obra de Chico Buarque e Edu Lobo. Dia 28/07 (sexta) – Largo Marques de Monte Alegre – Valongo 18h – VDJ Mamuth 19h – Sabrina Parlatore & Orquestra Jazz Big Band – Clássicos do Jazz & Bossa 20h30 – Henrique Mota Plays Corea & Hancock 22h – Alabama Mike (EUA) & The Simi Brothers – Blues 23h30 – Rael & Banda 1h – VDJ Mamuth Dia 29/07 (sábado) – Largo Marques de Monte Alegre – Valongo 14h – VDJ Mamuth 15h – Projeto Rabisco & Mestre Da Lua 16h30 – Filippe Dias & Banda (Blues) 18h – Monna & Quizumba Latina – Lançamento do EP Meu Norte Latino 20h – Diego Moraes & Banda – Participação especial: Assucena 22h – Funmilayo Afrobeat Orquestra 23h30 – Paula Lima & Banda – Show “Soul Lee” – Tributo à Rita Lee 1h – VDJ Mamuth Dia 30/07 (domingo) – Museu do Café 14h – Zero Beto – Banda de um Homem Só – Performance Infantil 14h30 – Orquestra de Sucata – Oficina Show 16h – Coletivo Querô – Instituto Arte no Dique Oficinas Dia 29/07 (sábado), 11 horas – Mestre DaLua (percussão) – Instituto Arte no Dique – Zona Noroeste Dia 30/07 (domingo), 14h30 – Oficina show Orquestra de Sucata (criatividade\reciclagem) – Museu do Café – Centro Histórico de Santos
Produtor cultural e barbeiro, Fábio Hutterer morre aos 42 anos

Barbeiro, produtor cultural e agitador da cena underground da Baixada Santista, Fábio Hutterer, de 42 anos, morreu no domingo (2) após sofrer um mal súbito em casa. Fábio deixa um filho e um legado sem dimensões na cultura underground da região. O velório terá início nesta terça-feira, às 11h30, na Osan (Sala Ametista), na Rua Lima Machado, 501, no Parque Bitaru, em São Vicente. O sepultamento ocorre na sequência, às 13h30, no Cemitério Municipal Vicentino, no Largo da Saudade, 100. Nos últimos quinze anos, Fábio se notabilizou pela produção de shows independentes na região, sem distinção de gêneros musicais. Trouxe artistas de hardcore, rap, funk, punk, rock, sempre com ótimo retorno de público. Ademais, Fábio também foi responsável pela organização de festas LGBTQIAPN+ na Baixada Santista. Marcou época em eventos na antiga Tribal. Além das produções artísticas, Fábio também marcou época como barbeiro em vários salões e barber shops da região.
Entrevista | Milky Chance – “Que todos tirem algo inspirador das nossas criações”

Torture Squad anuncia álbum Devilish e divulga capa; confira

Uma das bandas mais renomadas do metal brasileiro, Torture Squad anunciou o álbum Devilish. O disco dá início a nova parceria da banda com a gravadora italiana Time To Kill e será lançado em 22 de setembro de 2023. Junto com o anúncio, a banda divulgou a arte da capa, feita por Marcelo Vasco, ilustrador brasileiro que já criou artes para Slayer, Dimmu Borgir, Soulfly, entre outros. “Devilish é um álbum envolto por uma atmosfera sombria, suas letras mostram anseios vivenciados em nosso século, como a constante degradação da floresta amazônica e a população cada vez mais acometida por doenças psicológicas como ansiedade e depressão. Ao mesmo tempo, abre janelas de fuga para um mundo imaginário inspirado em games, séries e livros de ficção”, comenta a vocalista Mayara Puertas. Em seu segundo álbum com a nova formação, Mayara Puertas (voz), Rene Simionato (guitarra), Castor (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria) transcendem com maturidade a sonoridade do metal extremo, incorporando o metal progressivo, influências da música brasileira e sinfônica elementos. O álbum também homenageia os heróis brasileiros com a participação de Andreas Kisser (Sepultura) na faixa Buried Alive, e uma homenagem a Rickson Gracie o resiliente lutador de Jiu Jitsu considerado uma das maiores lendas do esporte, tema da faixa Warrior. A banda também mobilizou diversos músicos ligados às causas indígenas em seu país para colaborar na música Uatumã, fazendo um apelo pela preservação da Amazônia em uma canção que flui de forma potente com as falas do líder indígena Raoni Metuktire e ritmos tribais. Atualmente, o Torture Squad segue com a agenda lotada, realizando shows por todo o Brasil e se prepara para lançar Devilish.
Santista Patrícia Diegues lança releitura de “Sozinha”, de Peninha

A cantora santista Patrícia Diegues lançou o single de estreia Sozinha. A canção é uma releitura da obra do renomado compositor Peninha e que virou hit nacional na voz de Caetano Veloso. Sozinha traz uma sonoridade acústica de MPB com elementos e timbres modernos, prometendo uma experiência sonora única e imersiva. A produção musical e direção artística ficou à cargo de Luccas Trevisani, e a faixa é lançada pela gravadora independente Torilo, que acumula mais de 150 milhões de streams e é dirigida por Trevisani. “Na produção musical busquei trazer uma abordagem acústica e artística diferente de outras já feitas antes e incluir outros elementos e texturas que trouxessem algo mais contemporâneo, sem perder a leveza que a canção pedia”, comenta Trevisani. A faixa chega acompanhada de videoclipe, que faz parte da estratégia de lançamento. “Acreditamos no potencial atemporal dessa releitura, e acreditamos que, para lançamentos de artistas em segmentos de música popular brasileira, o audiovisual continua sendo algo importante e que faremos sempre que possível”, completa. Nascida em Santos, Patrícia Diegues teve seu primeiro contato com as artes ainda na infância, quando iniciou sua jornada na dança aos 7 anos de idade. Mais tarde, formou-se em Psicologia, mas a paixão pela música sempre falou mais alto. Após retomar seus estudos de música, participou das eliminatórias do reality show “Fábrica de Estrelas”, o que a motivou ainda mais a apostar na sua carreira musical. Ao longo de sua trajetória, Diegues encantou o público se apresentando em bares, eventos corporativos e bandas autorais. Agora, como artista solo, ela se prepara para deixar sua marca no cenário musical brasileiro. “Esta é uma nova fase para mim e ‘Sozinha’ marcará para sempre este momento em minha carreira”, afirma Patrícia. “Dar voz a essa canção foi um processo intenso e emocionante e espero que o público possa sentir essa emoção também”, conta a artista. Assista Patrícia Diegues cantando Sozinha
Crítica | Beau Tem Medo

Engenharia do Cinema Sendo considerado um o maior fracasso da A24, pois custou US$ 30 milhões e rendeu apenas US$ 10 milhões mundialmente (fator acarretado pelo próprio ter recebido censura de 18 anos, na maioria dos países e ter uma metragem de três horas), “Beau Tem Medo” é um dos mais complexos filmes lançados neste ano, e realmente necessita pensarmos um pouco mais além do que vemos em tela. Escrito e dirigido por Ari Aster (“Hereditário” e “Midsommar“), o filme é uma readaptação do seu próprio curta-metragem, lançado em 2011, só que agora tem como protagonista Joaquin Pheonix (“Coringa“). A história tem início quando o tímido e esquizofrênico Beau (Pheonix) se prepara para viajar até a casa de sua mãe. Porém, os planos acabam mudando quando ele descobre que a própria faleceu, o que lhe faz entrar em uma jornada de reflexões e descobertas. Imagem: Diamond Films (Divulgação) Desde os primórdios, fica nítido que Aster colocou várias simbologias que necessitam um pouco mais além do nosso pensamento. Não é apenas as loucuras que vemos em tela, que definem como a mente de Beau trabalha (uma vez que o enredo, é narrado na perspectiva da mente do próprio), e sim como cada pessoa define uma espécie de simbologia por trás. Sim, por conta deste fator, muita parte do público vai desistir de tentar terminar o longa (uma vez que sua metragem chega a quase três horas de duração). E isso é atribuído ainda mais por conta da enorme lentidão que há em alguns arcos (inclusive, não existe o clima de horror dos outros projetos de Aster, e sim tudo possui um clima bastante macabro e um humor negro bastante peculiar). Agora, realmente estamos falando de mais um show de interpretação de Pheonix, que inclusive lembra demais sua personificação como Arthur Fleck em “Coringa“. Suas loucuras, paranoias, deteriorações e medos são totalmente transpostos a todo segundo (não hesito em dizer, que é um dos melhores papéis do próprio), inclusive nós torcemos pelo próprio, para toda esta loucura se encerrar. “Beau Tem Medo” termina sendo um filme para poucos, e realmente quando for descoberto pela maior parte do público, será alvo de debates por anos.