Rita Ora retrata o amor no álbum You & I; ouça!

Antecipado pelos singles You Only Love Me, Praising You (feat. Fatboy Slim) e Don’t Think Twice, Rita Ora lançou seu terceiro álbum de estúdio. You & I é um trabalho profundamente pessoal, intrinsecamente ligado a uma nova fase da vida e da carreira da cantora, que co-escreveu todas as músicas, incluindo a faixa-título, composta no dia seguinte ao seu casamento com o diretor Taika Waititi. “O You em You & I representa o homem que amo, minha mãe, meus amigos, meus fãs e, de certa forma, o relacionamento que tenho comigo mesma. Esse álbum tem sido como meu diário nos últimos dois anos, e estou muito feliz por vocês finalmente poderem ouvi-lo”, celebra Rita. Trabalhando com o produtor executivo Oak Felder (Ariana Grande, Nicki Minaj, Alicia Keys e Usher), a artista criou o disco focando na sensação de se apaixonar profundamente, tudo isso ao som de faixas dançantes. Rita Ora, que acumula mais de 10 bilhões de streams e 13 músicas no top 10 das paradas britânicas em sua carreira, além de causar impacto no cinema e na moda, relembra o passado com músicas como Girl in the Mirror, uma homenagem à sua juventude, e Notting Hill, que remete à sua adolescência. That Girl apresenta uma interpolação de Party All The Time, de Eddie Murphy, e sua filosofia de se divertir em todas as fases da vida, enquanto a desafiadora Shape of Me serve como uma ode ao relacionamento de Rita com sua mãe.

Probl3ma lança Esquina sem Nome, com feat do rapper Xis

A Canil Records apresenta o segundo single do projeto Probl3ma, coletivo que une elementos do hardcore, metal e hip hop e, a cada lançamento, doa parte dos rendimentos para uma ONG. A música é Esquina Sem Nome, com participação do lendário rapper paulista XIS. Após a boa recepção do primeiro lançamento autointitulado Problema, que contou com as participações de Henrique Fogaça (Oitão) e Heitor Gomes (CBJR), o grupo encabeçado pelos MCS Lobão SKT e Branco P9 faz uma releitura do clássico Esquina, do Xis, trazendo para os dias de hoje os problemas das drogas nas ruas de São Paulo. A produção musical ficou a cargo da Canil Records, assinada por Victor Guilherme (guitarra), Ian Bueno (bateria) e Rodrigo Cunha (engenheiro de Áudio). O baixo é tocado por Igor Simões, do Escombro. “É uma honra receber o XIS nessa segunda faixa do nosso projeto. Sou fã há anos e dividir uma faixa com ele é muita responsa. Fizemos uma releitura do clássico ‘Esquina’, em que ele comenta sobre os problemas do crack no Centro de SP nos anos 90. Hoje em dia estamos vivendo a mesma coisa com o K2/K9 e parte da ideia do projeto é chamar a atenção para esse tema”, comenta Lobão SKT. “Eu e o Xis temos uma amizade de longa data, muitos anos de garimpo em uma época que o Hip Hop não era nem valorizado como arte. Foi muito legal ver o Xis performando em um estilo diferente e ficamos todos impressionados com o resultado, ele realmente entrou na vibe da pancaria”, explica Branco P9. Em todo lançamento do projeto o feat convidado indica uma ONG, para doação de 50% dos rendimentos digitais da música, além de fazer uma divulgação sobre ONG em nossas redes sociais. Nesse projeto, Xis indicou a ONG Rede de Rua, que atua com a população vulnerável e em situação de rua de São Paulo.

Crítica | Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Engenharia do Cinema Não é novidade que a Disney estava há tempos tentando realizar um novo filme para o personagem Indiana Jones, depois que a compra da Lucasfilm foi concretizada. Depois de decepcionar muitos fãs com os últimos materiais cinematográficos de “Star Wars”, o selo finalmente mirou para a franquia estrelada por Harrison Ford. “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” usa e abusa de recursos de CGI, com o intuito de tentar fazer com que o primeiro volte a viver seus tempos de ouro como o citado. Funciona, mas ainda há ressalvas.    A história se passa em meados dos anos 60/70, quando Indiana está vivendo uma vida triste e pacata, ainda trabalhando como professor e tendo alunos ainda menos interessados em suas aulas. Porém, ele tem seu caminho cruzado com sua afilhada, Helena (Phoebe Waller-Bridge) que comenta estar atrás de um artefato que seu próprio Pai sonhava em desvendar seus segredos. Eis que a dupla descobre que os nazistas, liderados pelo Dr. Voller (Mads Mikkelsen), também estão atrás do próprio, e começa um enorme jogo de gato e rato pelo próprio. Imagem: Lucasfilm (Divulgação) Depois que Steven Spielberg abriu mão de dirigir a franquia (já que ele estava ocupado com “Os Fabelmans” e finalizando outros projetos), o estúdio contratou o ótimo James Mangold (“Ford vs Ferrari” e “Logan‘) para assumir a função. Realmente, embora este tenha como marca grandes cenas de impacto no quesito dramático (pelas quais são regadas de violência, na maioria das vezes), aqui o próprio parece ter feito o copia e cola de tudo que Spielberg fez na trilogia original. E digo isso com total clareza, pois até a fotografia com tonalidades amareladas/depressivas de Phedon Papamichael (que já fez com Mangold filmes como “Johnny e June“) remete aos trabalhos clássicos de Douglas Slocombe (falecido em 2016). Felizmente John Williams pode voltar ao posto de responsável pela trilha sonora, e não existia um profissional melhor para saber como conduzir esta função na saga. Isso faz com que não exista uma marca ou diferencial marcante neste filme, apenas um conjunto de cenas que homenageia o legado do próprio. Porém, isso funciona? A minha resposta é sim! Embora em muitas das cenas vemos que foram utilizados Deep Fake e CGI carregados para rejuvenescer Harrison Ford (uma vez que o próprio já está com 80 anos, e ainda contundiu a perna durante as gravações), especialmente em cenas de ação extrema (já que o próprio não teria como andar correndo à cavalo ou saltar de vagões de trens). Inclusive estas realmente funcionam e prendem nossa atenção (uma vez que ocorrem em boa parte da projeção). Com relação ao elenco de apoio, há algumas participações breves, mas bem retratadas de nomes como Antonio Banderas (“A Máscara de Zorro“), Toby Jones (“Capitão América e o Soldado Invernal“) e John Rhys-Davies (que retorna como o velho amigo de Jones, Sallah), enquanto os vilões vividos por Mads Mikkelsen e Boyd Holbrook (da série “Narcos“), se distinguem no quesito de espalhar o caos, uma vez que o primeiro por suas atitudes e olhares, enquanto o segundo literalmente resolve tudo “na bala” (chegando até ser previsível seus arcos, em certo ponto). Outra questão bastante polêmica no enredo, seria se Phoebe Waller-Bridge se tornaria a “nova Indiana Jones”, uma vez que os roteiros vazados e informações de insiders indicavam isso. Porém, a própria não apenas se assemelha demais com sua personagem em “Fleabag” (inclusive, há algumas referências a série), como não possui um semblante de protagonista para este tipo de filme, ou seja, ela precisará sempre de um Harrison Ford, para conseguir ter sentido de existir e possui motivações. “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” não consegue ser uma obra digna de uma despedida grandiosa para Indiana Jones, mas diverte aqueles que estavam com saudades do bom e velho Harrison Ford.

Crítica | Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint-Seiya o Começo

Engenharia do Cinema Não hesitarei em dizer que estamos falando de um dos mais fracassados e piores filmes lançados em 2023. Custou para a Sony cerca de US$ 60 milhões e rendeu até agora US$ 6.7 milhões (e dificilmente se pagará). “Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya: O Começo” poderia ser um simples filme de artes marciais, porém, o diretor Tomasz Baginski parece ter pego o anime criado por Masami Kurumada e pensado “como posso piorar isso, para falar que estou fazendo algo diferente?” Após descobrir que faz parte de uma linhagem de guerreiros conhecidos como “Os Cavaleiros do Zodiáco”, Seya (Mackenyu) é levado por Mylock (Mark Dacascos) e Alma Kido (Sean Bean) para treinar suas habilidades e proteger a Deusa Atenas, que agora reencarnou no corpo de Sienna (Madison Iseman). Ao mesmo tempo, o quarteto tentará parar Vander Guraad (Famke Janssen) e seus capangas que tentarão a todo custo deter Atenas. Imagem: Sony Pictures (Divulgação) Pegue o clássico enredo da “Jornada do Herói”, coloque neste cenário do icônico anime (que até hoje faz muito sucesso no Brasil) e misture com cenas de cosplayers lutando em eventos Otaku, e pronto, temos o live-action de “Os Cavaleiros do Zodíaco”. Realmente, fica difícil falar o que seria pior neste enredo, que possui atuações totalmente amadoras e canastronas (inclusive, Mackenyu é um dos piores atores que já vi no cinema, pois ele apenas lê suas falas e não às interpreta). O roteiro de Josh Campbell, Matt Stuecken e Kiel Murray, em momento algum procura fazer sentido (com direito a descarte e inserção de personagens da própria narrativa). Enquanto a direção de Tomasz Baginski, consegue não ser apenas tosca, mas pior do que uma produção totalmente amadora de qualquer franquia (inclusive, até uma Inteligência artificial entregaria cenas melhores). Enquadramentos, tomadas com nítido uso do CGI e algumas sem a iluminação adequada (há ainda cenas externas, pelas quais parecem que foram filmadas com um celular smartphone de 2017). “Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya: O Começo” termina sendo não apenas uma das maiores vergonhas na história do cinema, como um verdadeiro exemplo de filme que nem serva para usado como adubo.