Zeca Baleiro lança álbum Mambo Só e faz show gratuito em Santos

Depois de divulgar cinco singles entre 19 de maio e 16 de junho, Zeca Baleiro lançou Mambo Só, álbum com dez canções e algumas vinhetas. Neste sábado (5), o músico fará um show especial com a Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (OSMS), na Praça Mauá. A entrada é gratuita. “Era pra ser um EP com seis músicas no máximo, mas fui experimentando coisas com vários produtores parceiros e, quando vi, tinha material pra um álbum. Mas é um disco curto, de pouco mais de meia hora. Não foi intencional, mas as ‘narrativas musicais’ ficaram curtas, bem ao gosto do nosso tempo”, diz Baleiro, explicando o processo um tanto acidental do disco. O disco traz alguns feats curiosos, como a participação de Edson Cordeiro, na faixa-título. O cantor, atualmente radicado na Alemanha, empresta seus agudos ao mambo-quase-bolero que versa sobre a solidão destes tempos ultracapitalistas. “A música tem um tom dramático, que achei que combinaria com a voz do Edson. Há tempos combinamos um feat, e agora sua interpretação coube perfeitamente”, revela Baleiro. A cantora niteroiense Daíra comparece em De Longe Toda Serra é Azul, canção feita especialmente para o documentário homônimo do cineasta Neto Borges, inspirado livremente na vida e obra do indigenista mineiro Fernando Schiavini, a ser lançado em breve. “Chamei a cantora Daíra, de quem sou fã, para dividir os vocais comigo. Gostei tanto da canção que resolvi lançá-la independente do filme”, conta o artista. Colaboradoras assíduas dos projetos mais recentes de Zeca, as cantoras/vocalistas Ana Duartti e Tatiana Parra protagonizam Funk da Nova Era, bem-humorada crítica ao mundo das redes sociais, faceta já revelada no single Eu te Admirava Mais, samba composto em parceria com Vinícius Cantuária logo depois que finalizaram o álbum Naus. Três artistas refugiados no Brasil também colaboram no álbum. A integração é fruto da parceria iniciada ano passado entre Baleiro e a ONG Adus, que acolhe solicitantes de refúgio e busca a valorização e inserção social, econômica e cultural desses imigrantes. A síria/palestina Oula, a iraniana Mahmooni e o congolês Leon Matumona emprestam suas belas vozes à canção-manifesto Povero, parceria de Baleiro com o pernambucano autoexilado em Portugal, Raul Misturada. É pernambucano também o parceiro mais recente de Zeca, Juliano Holanda, com quem divide duas canções no álbum, Coração do Sol e Depois da Primavera. A dupla de roqueiros violeiros Moda de Rock (Ricardo Vignini e Zé Helder) encerra a lista de convidados do disco – e o próprio disco – com uma antielegia à tecnologia, batizada de Steve Jobs. A arte da capa é assinada pela artista maranhense Isabel Nascimento e o projeto gráfico virtual é criação de Andrea Pedro, capista de Baleiro desde O Coração do Homem-Bomba, vol. 1 (2008). Mambo Só sucede Canções D’Além-mar, disco de intérprete dedicado aos cantautores portugueses e premiado com o Grammy Latino 2021 na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira. O tributo ganhou uma edição Deluxe em 2022, dois meses antes do lançamento do álbum Naus, de parcerias com Vinícius Cantuária. No prazo de pouco mais de um ano, Baleiro lançou alguns projetos especiais e uma dezena de colaborações com diferentes artistas. Em 2023, para marcar os 26 anos de carreira, o artista lança Mambo Só no dia 28 de julho nas plataformas digitais e segue a celebração no segundo semestre com um disco de samba autoral e um álbum com Chico César. As comemorações incluem ainda um livro de memórias e um talk show.

Capital Inicial lança concurso para escolher shows de abertura

São 40 anos de estrada e incontáveis shows. Nesses milhares de quilômetros percorridos, várias foram as vezes em que o Capital Inicial aproveitou seu tamanho e longevidade para dar espaço a outros artistas autorais e, agora, chegou a vez de repetir tal ação com a Capital Inicial 4.0, turnê que está movimentando as casas de shows pelo Brasil. O quarteto formado por Dinho Ouro Preto, Yves Passarell, Fê e Flávio Lemos vai receber nas apresentações de Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte três grupos convidados, escolhidos através de votação popular no Concurso de Bandas 4.0. Para participar, os interessados devem ser uma banda brasileira independente (sem vínculos com gravadoras, selos ou distribuidoras), possuir trabalho autoral em seu repertório, já ter se apresentado ao vivo e preencher um formulário oficial (acesse aqui). As inscrições acontecem até o dia 22 de agosto e todas as atualizações serão compartilhadas nas redes sociais do Capital Inicial. “Acreditamos que essa iniciativa colabora pra conectar músicos e público. Há muito talento pelo país afora e sabemos o quanto o caminho pode ser difícil para quem tá começando, já passamos por isso”, explica Dinho, que completa: “temos certeza que o futuro está nas mãos dessas pessoas e é nosso dever usar o espaço que conquistamos ao longo desses anos pra dar visibilidade a artistas novos”. Dividido em quatro momentos, o concurso tem como primeira etapa a curadoria realizada por uma das maiores páginas de rock do Brasil, Todo Dia Um Rock. Na sequência, um júri técnico fará a seleção dos nomes que vão passar pelo crivo do Capital Inicial, responsáveis por selecionar os seis artistas que seguirão para a votação popular. Os três vencedores serão anunciados no Instagram oficial da banda. Definida pelo vocalista como uma das turnês mais ambiciosas que já realizaram, o Capital Inicial 4.0 não só promove o encontro catártico com os fãs, como os inclui como peça fundamental nessa celebração de quatro décadas. O espetáculo conta com direção musical de Dudu Marote, produção executiva de Fernando Tidi, direção geral de Luiz Oscar Niemeyer e direção executiva de Luiz Guilherme Niemeyer. Batman Zavareze assina a direção de arte, Cesio Lima o projeto de iluminação, Eduardo Souza a direção de animação e Márcio Zavareze a direção de fotografia. Já os arranjos são da própria banda com Dudu Marote. Entre as próximas datas da tour Capital Inicial 4.0, estão: Manaus, no Amazonas, no dia 5 de agosto (ingressos aqui); Presidente Prudente, em São Paulo, no dia 11 de agosto (ingressos aqui); Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, no dia 12 de agosto (ingressos aqui); Lauro de Freitas, na Bahia, no dia 19 de agosto (ingressos aqui); Botelhos, em Minas Gerais, no dia 25 de agosto (ingressos em breve) e Campinas, em São Paulo, no dia 26 de agosto (ingressos aqui).

23:13 lança o envolvente e dinâmico segundo single, Melody Berlin

O projeto 23:13, formado por Fernando Vellozo (piano) e Rodrigo Saldanha (bateria), nomes conhecidos na música independente pelos respectivos trabalhos com o Huey e Bufo Borealis, soltou o segundo single, Melody Berlin. Assim como na estreia com Carmella, o duo aposta na dinâmica envolvente e elegante entre teclas e batidas, como uma conceitual peça de um filme que ainda não foi feito, que culminará no disco Contos do Reverso. Este segundo single de Contos do Reverso, o full album do 23:13 que será lançado ainda em 2023, tem como inspiração a atmosfera musical e artística dos anos 80. A música é cadenciada, com requintes progressivos, leves e dançantes, num sugestivo ambiente soturno e épico, que prende o ouvinte ao longos do seus quatro minutos de duração. O 23:13, contam Vellozo e Saldanha, tem referência da sonoridade apresentada pela banda japonesa Mouse on The Keys quando tocavam com dois pianos e uma bateria, por volta do ano de 2014. Mas 23:13 vai, claro, além. Musicalmente, é uma catarse de bandas e artistas que o duo ouviu e ainda ouve. De Black Sabbath a The Clash, passando por The Police, Paul McCartney, Bob Marley, Primus, Nina Simone, Fiona Apple e mais alguns ingredientes. Nomes como John Carpenter, Ennio Morricone e Philip Glass também temperam essa salada. O duo também comenta sobre o conceito do 23:13, que ainda tem uma série de lançamentos pela frente, tudo já composto, gravado e produzido. “Somos uma banda instrumental, as letras estão na imaginação das pessoas. Entregamos melodias, climas e camadas que ativam sentimentos individuais”. O disco do 23:13 foi gravado de forma independente no estúdio Fuego, em São Paulo. A mixagem e masterização ficaram a cargo de David Menezes, que já trabalhou com bandas importantes como Ratos de Porão, O Inimigo, entre outras.

Luiza Lian lança “7 Estrelas | quem arrancou o céu?” com show em SP

Uma das artistas mais completas da cena independente brasileira, Luiza Lian dá um passo gigantesco em sua carreira ao lançar seu quarto álbum, composto e produzido em parceria com seu produtor, Charles Tixier. 7 Estrelas | quem arrancou o céu? é uma evolução sobrenatural do trabalho que a cantora e compositora paulistana vem desenvolvendo desde que abraçou a eletrônica em seu segundo álbum, Oyá Tempo (2017). De lá para cá, ela ainda coroou este novo momento com o maravilhoso Azul Moderno (2019) e uma parceria com o grupo Bixiga 70 (Alumiô) lançada no final daquele ano. E como a evolução de sua obra fonográfica, o novo passo de sua carreira também sobe um novo degrau com a primeira apresentação ao vivo do disco, que acontece nos dias 12 e 13 de agosto, no teatro do Sesc Pompeia. Da mesma forma que azeitou a colaboração com artistas próximos no desenvolvimento do álbum – seja na parte musical com Tixier ou na identidade visual com Maria Cau Levy -, ela mantém as parcerias que criou nos últimos anos e leva estas conexões a outro patamar. Mais uma vez acompanhada pelas projeções de Bianca Turner, as luzes de Amanda Amaral e o laser de Diogo Terra, ela e Charles sobem ao palco mais uma vez, mas não sozinhos – e desta vez contam com dançarinas, que afinam ainda mais a narrativa do disco, que abre-se ainda mais cenicamente ao incorporar elementos do cinema expandido para o palco, ganhando tons mais dramáticos e intensos com as novas canções. O show vai além do disco recém-lançado e costura este repertório – ainda inédito nos palcos – a canções de outros discos da cantora, recriadas para este novo momento da carreira de Luiza. Serviço Luiza Lian lança 7 Estrelas | quem arrancou o céu? 12 e 13 de agosto – Teatro do Sesc Pompeia 12/8 às 21 h e 13/8 às 18 h 90 minutos Preços: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia entrada) e R$ 12 (credencial plena) Vendas nas bilheterias a partir de 2/8, às 17h Sesc Pompeia – rua Clélia, 93, Pompeia

Acompanhado do The Parking Lots, Felipe Bueno lança single

A melancolia de Eu Odeio o Amor, faixa do EP solo de Felipe Bueno, Até Que A Morte Nos Separe, se transformou em raiva e urgência em Eu Odeio o Amor II, um punk rock com direito a tecladinho e palmas no refrão. Guitarra em um lado e baixo no outro, como no primeiro disco dos Ramones. Esse single, aliás, marca o retorno do The Parking Lots, banda que acompanhará Felipe Bueno nas próximas gravações e shows. Em resumo, Eduardo Zampolo (baixo) e Roberto Salgado (bateria, palmas e voz) acompanham o músico. Além deles, Antonio Otolav, que produziu o single, participa com palmas e teclados.