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Carol Biazin convoca Baco Exu do Blues para Ligações de Alma

‘’Eu quero que risque o meu nome da sua agenda. Esqueça o meu telefone, não me ligue mais…’’. É com esse famoso verso de Telefone Mudo, do Trio Parada Dura, que começa Ligações de Alma, a nova música da cantora Carol Biazin em parceria com Baco Exu do Blues. Além da letra em si, o sentimento retratado em Ligações de Alma é algo que todos os que já terminaram um relacionamento em maus lençóis já sentiram. Confusão sentimental, medo, inseguranças, raiva e ressentimento são algumas das emoções retratadas no novo single dos artistas, que têm a coragem de cantar sobre suas vulnerabilidades e a complexidade de sensações que permeiam a cabeça e o coração. A música possui elementos do pop combinados com a sensualidade das vozes de Carol, que tem um vocal marcante e inconfundível, e o tom grave de Baco. O refrão diz: ‘’Para de uma vez de me ligar / Porque eu ainda ligo pra gente / E meu coração não me atende / E toda quer chamar’’. Em um trecho, Baco completa: ‘’A sua carência é muito mais sincera que você / Em vez de ser feliz / Prefere disputar poder / Não aceita a verdade / Não tem humildade / Pra entender seu ego e assumir seus medos / Sua saudade é consequência dos seus erros’’. “Estou muito feliz de somar nessa faixa com o Baco. Ele é um cara que eu admiro muito e que tem muito em comum comigo sonoramente. Ligações de Alma é uma faixa muito especial pra mim; nela eu visito memórias afetivas com meu avô com o sample de Trio Parada Dura, que ouvíamos juntos. São memórias que fazem parte de quem eu sou musicalmente e como pessoa”, diz Carol Biazin sobre a parceria com Baco.
Crítica | Hypnotic

Engenharia do Cinema Sendo considerado um dos projetos que o cineasta Robert Rodriguez queria realizar desde 2002, época onde o roteiro de “Hypnotic” já estava pronto. Lançado no início deste ano, e com um marketing bastante fraco, pode ser facilmente considerado um dos maiores fracassos desse ano, pois custou US$ 70 milhões e rendeu até agora US$ 9.4 milhões mundialmente. Não hesito em dizer também que embora estejamos falando de um roteiro que bebe e muito de longas como “Matrix”, “A Origem” e “Amnésia”, parecia que tudo ia dar certo, mas estamos falando de um dos piores papéis na carreira de Ben Affleck. Após o misterioso repetindo de sua filha, o agente Danny Rourke (Affleck) se vê envolvido em um cenário cada vez mais complexo, envolvendo controles da mente e segredos cada vez mais escuros. Realmente, falar muito sobre esse filme, pode estragar a experiência de qualquer um, independente de sua qualidade. Imagem: Ketchup Entertainment (Divulgação) Desde os primeiros minutos, até o seu desfecho, sentimos que Ben Affleck está totalmente desinteressado em estar neste projeto, e provavelmente aceitou por conta da amizade antiga com o próprio Rodriguez. Não existe nenhuma emoção, empolgação ou vivência em seu personagem, e a todo momento começamos a pensar que outros nomes poderiam estar em seu lugar como Nicolas Cage, Chris Evans e até mesmo Mark Walhberg. E para ficar ainda mais estranho não existe um entrosamento com Alice Braga, e a dupla não combina em absolutamente nada (tanto que em momento nenhum, eles não nos convencem), e para fechar o leque ainda temos um William Fichtner mais uma vez interpretando um vilão misterioso (que já virou clichê, na sua filmografia). Conhecido por fazer absolutamente grande parte das suas produções por completo (inclusive compor a trilha sonora, edição, mixagem de som, fotografia e até operar as câmeras), parece que Robert Rodriguez não estava em seus melhores dias, pois ele não conseguia conduzir uma simples cena de luta (tentando esconder ao máximo que os atores não haviam ensaiado nada). Isso chega a ser triste de se ver, uma vez que o orçamento foi satisfatório. E para piorar a situação, várias cenas de ação se assemelham a uma versão C de “A Origem” (devido a baixa qualidade do CGI e da dinâmica do contexto). Vindo de Rodriguez, realmente chega a ser triste. “Hypnotic” termina não apenas sendo como um dos mais fracos filmes da carreira de Robert Rodiguez, como um dos mais fracos de Ben Affleck.