Atração do Primavera Sound, Slowdive revela álbum Everything is Alive

Atração do Primavera Sound São Paulo, a banda Slowdive lançou o álbum Everything is Alive, via Dead Oceans. As lendas do shoegaze também anunciaram uma série de eventos de audição antecipada em toda a América do Norte. Sobre alife, último single do disco, o vocalista, Neil Halstead acrescenta: “alife é uma das primeiras músicas que finalizamos para o álbum. Shawn Everett fez um ótimo trabalho com a mixagem. Tentamos tantas vezes descobrir uma boa mixagem sozinhos e não conseguimos… isso meio que nos derrotou até que Shawn entrou em cena. Decidimos que se ele conseguisse lidar com isso, provavelmente conseguiria fazer o álbum inteiro. Nosso amigo Jake Nelson fez uma animação muito legal para essa música; pega algumas das imagens da obra de arte e se aprofunda um pouco mais nisso”.

Blind Pigs 30 anos: banda lança “Suor, Cerveja e Sangue” em vinil

Em meio às comemorações de 30 anos de formação, o Blind Pigs divulgou o lançamento do álbum ao vivo Suor, Cerveja e Sangue em vinil, através do conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records. O único álbum ao vivo do Blind Pigs foi gravado há 20 anos, em 22 de novembro de 2003, no habitat preferido do punk nacional na capital paulista, a lendária casa de shows Hangar 110. “Não creio que existirá outro”, diz o vocalista Henrike. “Os shows dos porcos cegos nessa época eram uma explosão de energia, literalmente uma mistura de suor, cerveja e sangue. Os roadies sofriam com a molecada que incansavelmente invadia o palco, cantava os refrões com os punhos cerrados para depois se jogar no mar de corpos que lotava o Hangar”. A banda, no auge da carreira, não se preocupava em acertar as notas, e dois microfones pendurados no teto da casa captavam a plateia ensandecida, que neste registro, e durante toda a trajetória do Blind Pigs, esteve onipresente cantando mais alto que qualquer instrumento. Para o baixista Mauro Tracco, a dificuldade estava em transformar a energia que funcionava no palco, em um registro “decente” para a eternidade. “Não tinha como”, concluiu, já que o Blind Pigs que entrava em estúdio era completamente diferente do Blind Pigs que subia nos palcos. “O primeiro era metódico, polido e perfeccionista. O segundo era um arruaceiro bêbado. E os dois Blind Pigs entraram em conflito. Várias vezes ao longo do processo, o lançamento foi quase abortado. O Blind Pigs perfeccionista dizia que o resultado não estava à altura do seu padrão de qualidade. O bêbado achava que estava bem acima. Após muita discussão, histeria e perda de tempo, o bêbado ligou o foda-se, mandou a master pra fábrica e o Suor, Cerveja e Sangue nasceu”, revela o baixista. Mesmo com tanta resistência por parte da banda, Suor, Cerveja e Sangue, lançado originalmente em CD em 2004, foi o disco mais vendido da história do Blind Pigs. A versão em LP, que chegou às lojas nesta semana, é uma edição limitada de 250 cópias. Em vinil amarelo splatter, o álbum de 22 faixas conta com uma nova arte, capa dupla e encarte com a reprodução do cartaz do show.

Matanza Ritual lança clipe da áspera e pesada nova música, Rei Morto

Aquela pessoa que dá sugestão sobre tudo, que tem uma personalidade para cada situação do cotidiano, o famigerado sujeito com o ‘rei na barriga’ – por certo todo mundo já topou alguma vez na vida com alguém assim. Este é o tipo que o Matanza Ritual debocha e crítica, com cinismo e sarcasmo, em meio a riffs e batidas ásperas e pesadas, na nova música Rei Morto. A porradaria, com uma crítica madura ao ‘homem que sabe de tudo’, chegou às plataformas de streaming pela gravadora Orangeira Music. Rei Morto, uma composição do vocalista Jimmy London em parceria com o guitarrista Antônio Araújo, é uma construção sonora audaciosa que revela um Matanza Ritual revigorado, mantendo suas raízes no hardcore, country e metal, mas acrescentando uma camada de seriedade e maturidade à sua expressão musical. Tem até mesmo elementos, mesmo que em camadas, de power metal. O single conta com três super participações, que deixaram a música ainda mais robusta: Fernando Oliveira (resonator e trompete, que toca ao lado de Jimmy na banda Jimmy & Rats), além de João Nogueira (Mastodon, teclado e sintetizador) e os urros de May Puertas (do Torture Squad, nos backings vocals). O resultado é uma composição que ressoa com uma profundidade emocional surpreendente, enquanto mantém a ironia, humor e sarcasmo característicos da banda. “É uma música para ir digerindo aos poucos, que vai para muitos lugares. O single é praticamente um mini disco e mostra muito do que é o Matanza Ritual”, comenta Jimmy. Com uma fusão exuberante de influências, Rei Morto eleva Matanza a novos patamares criativos, empurrando os limites da música alternativa e criando um som verdadeiramente incomparável. “Somos uma banda de músicos maduros e experientes. Escrever sobre o que pensamos é mais interessante e isso justifica o tom mais sério das letras que escrevo no Matanza Ritual. São minhas percepções de mundo – pode e vai ter ironia e sarcasmo, mas de temas sérios”, completa o vocalista.

Brenalta MC anuncia lançamento de documentário sobre o EP Sóis

O rapper Brenalta MC lançou um documentário sobre os bastidores do último trabalho de estúdio dele, o EP Sóis. O vídeo está disponível no canal do YouTube do multiartista e promete fazer o espectador viajar pelas faixas do EP. O Mini-Doc EP Sóis é uma produção da Maresias TV, captada pelas lentes do jornalista Rafael César. O curta traz o processo de criação e os momentos de descontração nos estúdios da Cabine 808. “Com depoimentos intensos e acalorados como os raios do sol, o filme traz vivências e o relato de quem faz arte por amor e resistência. Acredito que as pessoas que assistirem terão essa sensação”, comenta o jornalista. O documentário já teve duas exibições, uma no Espaço Escambau Cultura, em Boiçucanga, e outra no Circo Navegador, no Centro de São Sebastião. Para Brenalta, o protagonismo do movimento hip-hop do Litoral Norte precisa vir à tona e as imagens resgatadas neste projeto buscam essa essência. “O propósito desse documentário é o mesmo do álbum. Porque ‘Sóis’ é sobre possibilidade, antes de tudo. É sobre encontrar o seu espaço no mundo. É sobre a ancestralidade que está acesa dentro de nós. É sobre as voltas que o nosso corpo continua dando em busca de algo maior”, explica Brenalta. Brenalta MC Nascido em São Sebastião, o rapper é morador do bairro de Boiçucanga, no Litoral Norte de São Paulo. Desde a infância, Brenalta tem trilhado uma jornada de luta para conseguir fazer sucesso com seu rap e sua poesia. Além de rapper e poeta, Brenalta é ator, educador, modelo. Breno támbem é idealizador da BDV (Batalha do Verso), uma das maiores batalhas de rimas da região. Não tem como negar que Breno Silva do Nascimento é uma das principais vozes do Litoral Norte.

Cantoras se unem e criam primeiro grupo de rap feminino em Caraguatatuba

O Maré De Rimas é o novo power trio formado pelas rappers Maria Diva, Ruty Helen e Mayara Nascimento. Todas são cantoras que residem em Caraguatatuba, município localizado no Litoral Norte de São Paulo. As amigas de longa data tiveram a ideia de criar o grupo depois de um evento no Circo Navegador, um dos principais espaços culturais independentes de São Sebastião. Ruty Helen havia sido convidada para fazer uma apresentação no local por um dos DJs mais consolidados da cena hip-hop da região, o Dj Pipoo. A partir dessa oportunidade, Ruty chamou, para subir ao palco junto com ela, Maria Diva e Mayara Nascimento, que engrandeceram a noite de um dos eventos em comemoração aos 25 anos de Circo Navegador. Esse show se tornou um marco na carreira solo das três estrelas do hip-hop da região, que estudaram a hipótese de se unir para formar um trio de rap feminino. Entretanto, a decisão foi tomada em uma entrevista no programa de rádio Movimento da 8, transmitido pela rádio Antena 8. Desta forma, as artistas começaram a trabalhar juntas neste novo projeto. Assim, nasceu o Maré De Rimas que visa empoderar ainda mais o hip-hop feminino. Ruty conta que o Maré de Rimas era um sonho dela, pois sempre quis formar um grupo com amigas próximas. “Maré de Rimas é um projeto que já havia sonhado de várias formas e a maneira como tudo aconteceu não teve nada a ver com o que pensei, pois foi ainda melhor. Esse grupo é uma afirmação de sororidade e de que nós mulheres podemos ir muito além do imaginário se nos permitirmos’, completou Ruty. O grupo fez a primeira apresentação da carreira no ‘Festival Eçapira Produções, Só Autorais’, promovido pela FUNDACC e a produtora musical, no mês de junho de 2023. Neste evento, as cantoras apresentaram o primeiro single do MDR, “Reage!”. “É a primeira vez que eu faço parte de um grupo. Então, está sendo uma experiência única e agradeço a Ruty pelo convite. Estou empolgada e confiante que entregaremos o máximo para fazer o público amar esse projeto como amamos”, explicou Maria Diva. Já Mayara, acredita que a união do trio pode despertar um movimento de empoderamento dentro da cena do hip-hop da região através do principal viés do grupo que é lutar pelos direitos das mulheres. “A intenção é dar voz às mulheres. Além de relatar nossas vivências, queremos influenciar e dar força para todas as guerreiras. Nosso canto é de amor, protesto e muita fé”, complementou Mayara.

Ablan Namur lança o visceral e urgente Verdades Malditas

Da dor ao amor, da alegria à agonia, da introspecção à explosão, o cotidiano moderno é uma montanha russa de sentimentos, que mudam subitamente em um piscar de olhos. Impossível de se controlar tantos sentimentos, tentar mudar, retomar a direção. É sobre estas visceralidades e urgências do indivíduo que o músico e produtor paulistano Ablan Namur escancara tudo e mais um pouco no EP Verdades Malditas. O EP, completamente gravado e produzido por Ablan ao longo dos últimos anos, possui cinco músicas dilacerantes, rápidas e repletas de efeitos. As batidas remetem ao hardcore melódico, os riffs ao post hardcore e ao rock alternativo moderno, junto a nuances do punk e até do metal industrial devido às distorções tecnológicas. Ablan tem como referência bandas como Hot Water Music, Alexisonfire, Rancore, Refused, Fugazi, Title Fight, Sugar Kane, Zander, NOFX, A Day To Remember, entre outras. Possui, por certo, uma atmosfera bem visceral e orgânica com sentimentos de dor, misturado à euforia e agonia, com uma gota de saudade. É também para lembrar dos momentos difíceis e diminuí-los. Lembrar dos momentos bons e celebrá-los. O ritmo frenético do EP coloca os sentimentos em cheque, quase sempre massacrados pelas levadas marcantes pelos timbres autênticos de guitarras, baixo e bateria. “Temos também um toque de amor e saudade, que nos leva a lembranças da infância e juventude, fazendo com que essas lembranças venham à tona e nos confortem. É para extravasar, sentir na pele os sentimentos que carregamos e fazer com que eles tragam a catarse e emoção”, contextualiza Ablan. Verdades Malditas é uma lição de vida, um livro aberto sobre os aprendizados da vida entre conquistas e derrotas. É, ainda, um tapa na cara para encarar o amanhã. O tema do disco é voltado a problemas conectados à depressão, síndrome do pânico, adicção, ansiedade, amor não correspondido, violência verbal, doutrinação, mediocridade. “Esse memento significa um primeiro passo para que as pessoas possam conhecer meu trabalho e se jogar de cabeça nas canções que tenho a oferecer!”, ele finaliza.