black midi comprova a importância dos side shows de festivais em SP
Texto por Thiago Menezes Sempre que um grande festival, como o Primavera Sound – que acontece em São Paulo, neste sábado (2) e domingo (3) – é anunciado, muitos se atentam majoritariamente para os consagrados nomes do line up. Bandas como The Cure e The Killers, figuras bem conhecidas no mundo da música, acabam atraindo grande parte do público desses eventos. Porém, curiosos e inquietos, que sempre procuram algum frescor, olham atentos para as letras menores da lista de atrações, que (injustamente) apresentam bandas menos populares por aqui. Aproveitando esses nomes mais emergentes, que já chamam atenção no exterior e dos mais entusiastas de novidades musicais, o Primavera Sound promove o Primavera na Cidade. Pequenos shows, em casas de shows charmosas da cidade de São Paulo, que antecipam os dias do festival com bandas que comovem uma cena mais “underground” da música. Foi assim que o Cine Joia recebeu, na última quarta-feira (29), um público curioso, mas preparado, para conhecer o black midi. Formada em 2017 e já com três álbuns de estúdio, a banda inglesa tem chamado certa atenção pela amálgama de estilos e influências em seu som. Assim que entram no palco, sem muito firula, portando apenas os instrumentos clássicos de uma banda rock n’ roll (guitarras, baixo e bateria), eles deixam claro como é o mecanismo do grupo. Puxado pelas guitarras de Cameron Picton e Geordie Greep, é na primeira porrada na caixa da bateria de Morgan Simpson que a banda mostra toda sua força, na canção 953. A furiosa introdução, mostrando influências do rock clássico ao metal, logo dá espaço para a graça e a calmaria dos vocais de Greep. Nesse momento, você logo percebe novas influências sonoras, que fazem com seus ouvidos precisem de um tempo para assimilar e aceitar que ali está uma banda que gosta e procura misturar todas as suas influências em um só som. É possível notar influências do jazz ao blues, passando pela hipnose dos sons mais intimistas do Radiohead, do rock contemporâneo do Arctic Monkeys e do Kings of Leon e das bandas de post-rock. Talvez, o público presente que já conhecia a banda e seus álbuns (com toques de saxofone e instrumentos incomuns para uma banda de rock pesado), não tenha se surpreendido com isso, e até tenha ido ao show justamente para presenciar tais performances. A plateia acompanhou a mistura sonora do black midi intercalando momentos de contemplação, quando o Greep e a banda levavam o som para áreas mais jazzisticas, e rodas punk respeitosas que eram provocadas pela eclosão do som do grupo. Entre as belas melodias, como em Magician, puxadas por Greep na guitarra, mas acompanhadas por sua cantoria influenciada por Tom Waits e Nick Cave, o baixista Seth Evans intercalava sua posição com um teclado, para preencher as leves melodias e/ou o som pesado que a banda trafega com muita competência e naturalidade. Simpson, por sua vez, é um maestro na bateria, que trocava olhares constantemente com a banda para poder conduzir a alternância entre o belo e o selvagem de suas músicas. O futuro do rock, da música, e dos festivais é promissor enquanto houverem novidades como o black midi. Fiquem atentos aos pequenos nomes nas lista de lineups. Que dure e volte muitas vezes.
Tom Jones confirma show único no Brasil; confira data, local e preços
Tom Jones anunciou show no Brasil. O lendário cantor galês faz única apresentação no país, no dia 17 de abril de 2024, em São Paulo, no Espaço Unimed, trazendo seus maiores sucessos. A venda de ingressos para o público geral estará disponível a partir do dia 5 de dezembro, começando às 10h online e às 12h na bilheteria oficial. Os ingressos, que podem ser adquiridos em até 10 vezes, estarão disponíveis online na Ticketmaster e na bilheteria oficial (sem taxa de serviço). A realização é da Live Nation Brasil. Sir Tom Jones continua a sustentar a sua popularidade em todo o mundo, cativando o público com a sua discografia atemporal de canções de sucesso e talento e carisma duradouros. Com uma carreira notável que se estende por mais de seis décadas, Jones é amplamente considerado um dos maiores cantores e artistas de todos os tempos, vendendo mais de 100 milhões de discos e continuando como uma figura estimada e influente na indústria musical. Aos 83 anos, Jones recebeu algumas das melhores críticas de sua carreira por seus álbuns mais recentes produzidos por Ethan Johns, Surrounded By Time, Long Lost Suitcase, Spirit In The Room e Praise & Blame. Os críticos elogiaram tanto o material gravado quanto às performances de Jones, destacando seu talento inegável e único tanto no estúdio quanto no palco. Nascido na cidade de Pontypridd, no País de Gales, Jones abandonou a escola ainda jovem, trabalhando em vários biscates antes de começar como membro de uma banda local chamada The Senators, mais tarde formando seu próprio grupo, Tom Jones and the Squires, tocando em clubes e pubs da região. No início dos anos 1960, ele assinou com a Decca Records em Londres, dando início a uma carreira diversificada e de sucesso e alcançando fama internacional com sua voz poderosa e presença de palco dinâmica. Ele tinha uma série de canções de sucesso, incluindo It’s Not Unusual, What’s New Pussycat?, Delilah e Green, Green Grass of Home, que acompanhava seu imensamente popular programa de TV intercontinental de 1969-1971, This is Tom Jones. Jones sempre teve um interesse fundamental por uma ampla variedade de músicas, o que o levou a trabalhar com dezenas de colaboradores icônicos ao longo dos anos, desde Stevie Wonder e Aretha Franklin a Van Morrison, Dolly Parton e Ed Sheeran, apenas alguns entre muitos. Embora seja conhecido por seus sucessos, ele é antes de tudo um artista diversificado com uma verdadeira alma de ritmo e blues. A carreira de Jones foi repleta de inúmeras honrarias e elogios, incluindo o título de cavaleiro profundamente acarinhado pela Rainha Elizabeth II em 2006, vários Brit Awards, um Silver Clef Award, o prestigiado Music Industry Trusts Award e um Hitmaker Award do US Songwriters Hall of Fame. Ele também atuou em filmes como Marte Ataca!, de Tim Burton, e Playhouse Presents: King of The Teds para a Sky Arts. Junto com sua turnê anual, Jones continuou ativo na indústria como treinador de longa data no The Voice UK e sendo um contribuidor valioso em uma variedade de eventos e transmissões, como o 25º aniversário do MusiCares (em homenagem a Bob Dylan) e o 57º Grammy Awards, bem como muitos outros para causas de caridade. Sua recente autobiografia, Over The Top And Back, foi um best-seller divertido, e seu álbum lançado em 2021, Surrounded By Time, fez dele o homem mais velho a reivindicar o primeiro lugar na parada oficial de álbuns do Reino Unido com um álbum de material novo, ultrapassando Bob Dylan. SERVIÇO – TOM JONES SÃO PAULO Data: 17 de abril de 2024 (quarta-feira) Local: Espaço Unimed Endereço: R. Tagipuru, 795 – Barra Funda, São Paulo Ingressos: a partir de R$ 290,00 (ver tabela completa) Classificação: 16 anos.* *Sujeito a alteração por Decisão Judicial. PREÇOS SEÇÃO I, J e K*: R$ 290,00 meia entrada e R$ 580,00 inteira MEZANINO*: R$ 325,00 meia entrada e R$ 650,00 inteira SEÇÃO E, F , G e H*: R$ 375,00 meia entrada e R$ 750,00 inteira CAMAROTE A/B: R$ 395,00 meia entrada e R$ 790,00 inteira SEÇÃO A, B C e D*: R$ 440,00 meia entrada e R$ 880,00 inteira SEÇÃO AZUL*: R$ 490,00 meia entrada e R$ 980,00 inteira BLUE PREMIUM*: R$ 490,00 meia entrada e R$ 980,00 inteira *Assentos marcados
Morre Shane MacGowan, vocalista e compositor da banda The Pogues
Shane MacGowan, vocalista e compositor da banda The Pogues, morreu aos 65 anos. A informação foi divulgada pela família do músico nas redes sociais. A esposa de Shane MacGowan, Victoria Mary Clarke, lamentou a morte nesta quinta-feira (30). “Shane sempre será a luz que mantenho diante de mim, e a medida dos meus sonhos, e o amor da minha vida”. De acordo com o The Guardian, Shane foi hospitalizado em dezembro de 2022 com encefalite viral. Em 2023, ele precisou ficar meses em terapia intensiva. Nascido em Kent, Shane é filho de pais irlandeses. Ele foi o responsável por mudar a música na Irlanda, e incluí-la na cena do rock com o The Pogues. Uma das músicas mais famosas da carreira do artista é Fairytale of New York.
Africa Express vem ao Brasil com Damon Albarn e Nick Zinner
O coletivo Africa Express vem ao Brasil pela primeira vez em fevereiro. E junto com eles vêm Badsista, Damon Albarn (Blur e Gorillaz), Hak Baker, Imarhan, Jupiter & Okwess, Luedji Luna, Moonchild Sanelly, Nick Zinner (Yeah Yeah Yeahs) e Vhoor. Mais atrações serão anunciadas em breve. A apresentação será em 23 de fevereiro de 2024, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Os ingressos estarão disponíveis para a venda a partir desta quinta-feira (30), às 12h, nos canais oficiais da Eventim. Com uma energia que atravessa fronteiras, tradições musicais e gerações, o Africa Express reúne músicos de diferentes culturas, gêneros e gerações que quebram barreiras e fomentam um espírito de unidade entre eles. E é justamente por isso que cada apresentação do Africa Express é única e composta por momentos mágicos e inesquecíveis. Foi no ano de 2006, durante uma viagem ao Mali, na África Ocidental que tudo começou. Damon Albarn (Blur, Gorillaz), Martha Wainwright e Fatboy Slim se reuniram com estrelas locais como Toumani Diabaté, Bassekou Kouyaté e Amadou & Mariam e foi deste encontro extraordinário que nasceu o Africa Express. No ano seguinte, em 2007, foi realizado o primeiro evento público do coletivo, com um show lendário de cinco horas no Festival de Glastonbury, que foi descrito pelo The Times como “uma epifania absoluta para todos que estavam por lá”. E em quase 20 anos de história, o Africa Express desenvolveu a criatividade e a colaboração na música e cultivou um público tão diversificado quanto os os músicos e artistas que fazem parte da sua história. É um ecossistema criativo e multicultural que, em cada show e também nas gravações em estúdio, reúne músicos, cantores e DJs de regiões como Nigéria, República Democrática do Congo, Etiópia, Argélia, África do Sul e Mali com artistas e produtores do Reino Unido, Estados Unidos e Europa. O Africa Express já viajou para a Nigéria, República Democrática do Congo, Etiópia, África do Sul e Mali. Também fez espetáculos aclamados em Lagos, Londres, Liverpool, Joanesburgo e por toda a Europa – de Istambul ao Festival de Roskilde na Dinamarca. O coletivo recebeu mais de 20 mil pessoas em Paris e 50 mil pessoas em uma praia da Espanha. Além disso, em 2012, o África Express lotou um trem antigo com 100 artistas de todo o mundo para uma turnê de uma semana pelo Reino Unido como parte do Festival Olímpico de Londres no ano de 2012. Esta turnê inesquecível teve shows em lojas, escolas e até em plataformas de trem. A apresentação final de cinco horas na estação de King’s Cross, em Londres, contou com Tony Allen, Nicolas Jarr, Fatoumata Diawara, John Paul Jones, Kano, M.anifest, Paul McCartney, Baaba Maal e Rokia Traoré – todos compartilhando o mesmo palco. O Africa Express lançou vários álbuns. Mais recentemente um EP e um álbum feitos durante uma semana de descobertas, colaborações, alegria e intensa produção musical em Joanesburgo. Africa Express em São Paulo Data: 23/02/2024 Abertura dos Portões: 15h Local: Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 2) Setores e valores Pista: R$ 275,00 (meia) | R$ 330,00 (social) | R$ 550,00 (inteira)
Mateus Fazeno Rock vira animação impactante no clipe Jesus Ñ Voltará
Para fechar 2023 com chave de ouro, Mateus Fazeno Rock revelou o clipe da faixa-título de seu segundo disco, Jesus Ñ Voltará, pouco antes de se apresentar no festival Primavera Sound, em São Paulo. O vídeo celebra o lançamento de um álbum que desafiou gêneros musicais e se tornou um dos destaques da cena independente nacional este ano. O vídeo é uma animação em parceria com Diego Maia, que também realizou o clipe de “Aquela Ultraviolência”, presente no primeiro álbum de Mateus. “Os clipes têm elementos que se encontram e a ideia é que isso tenha uma linha contínua e deságue em outros trabalhos nossos. Dois seres encantados que são vividos por mim e Jup do Bairro estão aprisionados por um poder arbitrário estatal nessa realidade paralela que criamos no clipe. E eles vão encontrar nesse processo uma maneira de libertarem esse encanto e esses saberes. É uma forma de fazer o imaginário tão literal do álbum se transformar em algo encantado e que rompa um pouco as expectativas”, resume Mateus Fazeno Rock. Cria das periferias de Fortaleza, Mateus se uniu a nomes como Brisa Flow, Mumutante, Big Léo e Má Dame em seu mais recente trabalho. Em Jesus Ñ Voltará, Mateus questiona sistemas e crenças de maneira franca e corajosa. O álbum, com suas canções interligadas, explora os ciclos de começo e fim da vida, sob a perspectiva da realidade nas favelas, abordando os desafios que as comunidades enfrentam para continuar firmes e apreciar a vida em sua plenitude.
Metade de Mim fala sobre escutar a intuição em Pressentimento; ouça!
O Metade de Mim colocou nas plataformas de streaming o single Pressentimento, que reflete como a intuição pode ser o lugar para ser o porto seguro contra decepções ou problemas do dia a dia. Com produção de Gabriel Zander, a banda – agora um quinteto – inicia oficialmente a parceria com a AlgoHits. A letra de Pressentimento, como sugere o nome, traz reflexões sobre intuição e como o indivíduo pode ser impactado ao ouvir ou ignorar esse palpite da emoção. É sobre tentar aprender o sentido da intuição e qual sua função no dia a dia. A intuição pode prever um desgaste emocional, como saber que existe um problema, entender que tal situação é um ruído na vida e, mesmo assim, vai fundo nele. A cada lançamento, o Metade de Mim aperfeiçoa e define sua identidade sonora e lírica. Cada palavra da letra é pontual para o contexto e entendimento da mensagem completa. Não é diferente em Pressentimento, com frases carregadas de sacudidas em busca de um conforto da mente e do coração. Pressentimento possui uma energia semelhante ao single anterior, Vacilo, que impulsionou o Metade de Mim a patamares acima dos tantos conquistados após o EP Depois de Tudo que eu Passei. Em uma rasteira comparação, Pressentimento possui uma vibração mais pop. Mas é mais uma música do Metade de Mim com bateria bem marcantes, numa cadência que mantém o ouvinte atento à melodia e as nuances de Pressentimento, e sempre entrelaçada às notas de guitarras em diversos tons e intensidades – o equilíbrio é tudo nas construções da banda. Outro ponto importante no lançamento de Pressentimento é a nova formação do Metade de Mim, que agora é um quinteto. O novo integrante é o tecladista Fernando Oska, que se junta a Renan Sales (vocal), Felipe Angelim (guitarra), Danilo Tanaka (bateria) e Matheus Caccere (baixo). Moises Bekerman, diretor da AlgoHits, comenta sobre este primeiro lançamento oficial: “Estamos muito felizes em colocar no mundo esse primeiro lançamento em conjunto com o Metade de Mim. Acreditamos muito no potencial da banda e esperamos com a parceria contribuir para que eles tenham um alcance e difusão ainda maior.”
Julia Levy lança EP de estreia com releituras de Rita Lee e Billie Eilish
Julia Levy, artista em ascensão no cenário da MPB, lançou seu primeiro EP, LUZ. O trabalho chegou em todas as plataformas digitais nesta quinta-feira (30) pelo selo Alma Music. Júlia traz em LUZ três novas releituras de sucessos nacionais e internacionais. O repertório do EP foi cuidadosamente selecionado por Julia para explorar diferentes aspectos do feminino e da realidade da mulher. O processo de escolha das canções foi orgânico, focado em músicas que refletissem reflexões pessoais da artista. “Cada releitura do EP traduz o meu olhar sobre essas canções” explica a artista paulista. LUZ não é apenas um marco na carreira musical de Julia Levy, mas também um símbolo de sua jornada pessoal. Deixando para trás uma carreira no mercado financeiro para seguir sua verdadeira paixão pela música, este trabalho representa um momento de revelação e transformação. “O nome LUZ, além de ser meu sobrenome materno, representa esse momento de iluminar um lado meu que até então estava escondido”, conta Julia. O EP inclui seis faixas, sendo três já conhecidas pelo público: Banho de Tulipa Ruiz, famosa na voz de Elza Soares; Cabide de Ana Carolina, popularizada por Mart’Nália; e You Don’t Know Me de Caetano Veloso. As inéditas Pagu, clássico de Rita Lee, My Future, releitura do sucesso de Billie Eilish, e Make it Better, de Anderson Paak feat. Smokey Robinson, completam o EP. Com My Future sendo a faixa foco do EP, Julia Levy demonstra sua evolução artística e conexão com as questões contemporâneas do universo feminino. A releitura dessa canção reflete não apenas a identidade musical de Julia, mas também seu olhar para o futuro. Julia espera que LUZ ressoe na alma das pessoas, assim como ressoa na dela. “Quem sabe ele desperte em alguém alguma paixão que também estava escondida?”, espera a artista.