Samuel Rosa lança Segue o Jogo e inaugura uma nova fase da carreira

Primeiro single do aguardado disco solo de Samuel Rosa, Segue o Jogo chegou nas plataformas digitais. A canção, com letra e música de Samuel, é uma das dez faixas do álbum Rosa, que marca a estreia de uma nova fase na carreira do músico após o fim do Skank, em 2023, depois de mais de 30 anos de estrada. Agora, Samuel celebra o início dessa jornada, feliz por estar ao lado de sua nova banda e por seguir com ela em nova turnê pelo Brasil a partir do segundo semestre deste ano. Segue o Jogo revela como o cancioneiro de Samuel Rosa extrapolou a condição de coleção de hits atemporais e se tornou uma marca, uma grife. Não é qualquer autor que conquista esse reconhecimento. É para seleto grupo de compositores – e isso no âmbito nacional e internacional. A introdução da música já mostra uma familiaridade na audição que se confirma segundos depois com a voz e o estilo de compor muito próprio de Samuel. Bingo, só podia ser ele! A música fala sobre temas que entram na seara das relações e é fundamentalmente sobre relações que trata o disco Rosa, em todas suas vertentes. Mas Segue o Jogo não é aquele tipo de ‘canção para cortar os pulsos’ à la Tom Waits. Pelo contrário: existe a plena consciência de que as coisas não deram certo, a relação chegou ao fim e tudo bem. Cada um segue sua vida, sabendo que o que fica é a lembrança de um amor que foi bom enquanto durou. “Você pra um lado/Eu pro outro/Tá tudo certo/Segue o jogo”, canta Samuel no refrão, que transmite aquela sensação de déjà-vu de sucesso infalível. “Eu não fiz a canção especificamente para algum caso. Fiz para coisas que vivi. E vejo nesses rompimentos o quanto de culpa que carregam as pessoas. As pessoas que saem de uma relação sentem culpa e as que ficam, também”, pondera Samuel. Ele queria falar sobre esse fim, mas não de uma maneira dura. “Acho que amor é isso: começa, mas tem uma hora para acabar. Eu não quis uma coisa muito densa, é quase que brincalhona para exatamente exorcizar essa culpa, essa condenação.” A melodia de Segue o Jogo contribui para a leveza dessa narrativa sobre um momento doloroso, porém inevitável, meio Erasmo Carlos, meio Jorge Ben Jor – influências que ecoam na música de Samuel. Nessa faixa, ele retoma o acorde de sétima maior, que dá à canção um tom de alegria, um recurso usado por ele desde a época do Skank. Por isso, Segue o Jogo estabelece uma tênue ligação com o hit Balada do Amor Inabalável, do álbum icônico Maquinarama (2000), do Skank. “O Skank foi uma das primeiras bandas do pop-rock brasileiro a insistir no acorde com sétima maior, hoje muito usado pela turma que redescobre agora a MPB, em Balada do Amor Inabalável, que foi uma música que estourou. Ela é toda com esse acorde, por isso que parece bossa nova. Então, Segue o Jogo tem um pouco de ‘Balada do Amor Inabalável’ na levada”, ressalta o músico. Já a sonoridade recriada pela bateria mais eletrônica, a cargo de Marcelo Dai, inevitavelmente remete ao delicioso clima de Cosmotron, disco disruptivo do Skank (2003). Samuel Rosa resgata também o recurso da harmonia vocal presente em Cosmotron. E essa harmonia, que surge sutilmente nos backing vocals de Samuel e dos integrantes de sua nova banda, Marcelo Dai, Pedro Kremer, Doca Rolim e Alexandre Mourão, ajuda a reforçar essa atmosfera ‘despressurizada’ de Segue o Jogo.

Jup do Bairro lança EP com feats de Edgar e Mateus Fazeno Rock

A multiartista Jup do Bairro lançou, via Natura Musical, seu EP in.corpo.ração nas principais plataformas digitais. Com produção musical de Jup em parceria com o duo CyberKills, o projeto traz as participações especiais de Edgar e Matheus Fazeno Rock. A direção de arte é de Gabe Lima, que junto à artista elaborou uma capa para cada canção, além da capa do próprio EP em si. O novo EP conta com cinco faixas, nesta ordem: sinfonia do corpo (in.corpo.ração), lave sua boca (suja) quando for falar de mim, não vou mais chorar nem me lamentar, feat. Edgar & Mateus Fazeno Rock, espero que esse samba te encontre bem e mulher do fim do mundo. Apenas uma delas não foi escrita por Jup do Bairro: a mulher do fim do mundo, composta por Alice Coutinho e Rômulo Fróes e eternizada na voz de Elza Soares, mas que agora ganha uma versão inédita e totalmente reinventada por Jup. “Regravar uma canção que ficará sempre como sinônimo de Elza Soares foi um desafio e tanto, mas acima de qualquer coisa, foi a homenagem mais genuína e especial que já fiz para ela. Decidi incluir este clássico em meu EP como um agradecimento e também celebração pessoal à Elza, uma mulher que sempre esteve à frente de seu tempo. Elza escancarou caminhos para que artistas como eu pudessem cantar, então sigo sua trilha, refazendo-a dentro de minha estética, mas sabendo que só um hoje porque antes houve um começo de tudo lá atrás. E quem começou foi Elza”, sinaliza Jup. O show de lançamento de in.corpo.ração está marcado para dia 28 de Junho, na Casa Natura Musical, em São Paulo, com Urias e Mu540 de atrações convidadas. Mais informações sobre ingressos, horário de abertura da casa e afins, acesse: Jup do Bairro convida MU540 e Urias – Casa Natura Musical.

Rebeca canta sobre caminhos que levam ao amor em Apressa

Apressa, canção que a cantora e compositora Rebeca lança hoje pela Deck, surgiu a partir de conversas entre amigos. “E se fossemos outras pessoas? E se encontrássemos a pessoa que a gente ama em outro momento da vida?”, comenta a artista sobre os questionamentos trocados com amigos como Renato Cortes, que levaram à composição da música. Para fazer a letra, ela se inspirou no estilo de escrita de seu parceiro da banda Gragoatá, Fanner Horta. “Ele escreve deixando uma incerteza no ar, e suas letras costumam me transportar para uma cena em que o eu lírico tá andando na rua em direção a algum lugar e tem uma reflexão, um desabafo, sem muita resolução a vista, mas expressando um sentimento sempre muito singelo”, explica. A sonoridade da faixa traz referências de artistas como Adam Green, Devendra Banhart e Little Joy – interesses musicais que a cantora divide também com Fanner Horta – e a produção musical é assinada por Rafael Ramos, da Deck, com quem a artista colabora agora pela primeira vez. “Eu já tinha vontade de gravar com ele e acho que ele leu meu pensamento sobre o caminho estético de Apressa. Ele trouxe texturas que deram cara pra música e propôs gravarmos com instrumentos antigos. Passamos um dia no estúdio, o Leon Navarro gravou os violões e eu toquei instrumentos que nunca tinha visto antes. Foi um dia lúdico e muito produtivo”, comenta Rebeca. Recentemente, a artista lançou Espiral, seu segundo disco solo. Apressa não integra o repertório do álbum, mas é um desdobramento das histórias começadas nele. “Acho que essa música é uma continuação de Telepatia, que fecha o disco. As duas falam sobre se abrir para uma nova relação, mesmo com incertezas e vulnerabilidades no caminho. Em Apressa, existe uma vontade de encontrar um meio termo no encontro, com uma disponibilidade maior e mais clareza.”