Banda bielorrussa Molchat Doma lança o álbum Belaya Polosa
Cogumelo Plutão solta EP Eu Quero Tanto, gravado nos últimos 15 anos
A banda Cogumelo Plutão, formada por Blanch (vocal), Fell Rios (bateria), Dan Adrian (guitarra) e Max (baixo), lançou o EP Eu Quero Tanto. Este trabalho é uma coletânea de cinco novas canções, gravadas ao longo de 15 anos no Beretta Estúdios, em Santa Catarina. A faixa-título, Eu Quero Tanto, abre o EP com um pop-rock de texturas melancólicas, bem característico do grupo. Na segunda faixa, Amor à Primeira Vista, a banda presta uma homenagem à Jovem Guarda, movimento musical dos anos 60. “É como se fôssemos transportados para o mundo dos Golden Boys, Renato e seus Blue Caps, além de Roberto Carlos”, comenta Blanch Van Gogh, o vocalista e compositor da banda. Esta música também apresenta influências orquestrais do maestro francês Frank Pourcel, que Blanch admira profundamente. “Sou completamente influenciado pela maneira de compor desse nobre maestro”, afirma Blanch. A terceira faixa, Sim, Eu Sou, destaca a parceria criativa entre a banda e o produtor musical Ivan Beretta. “Essa música junta tudo o que é excepcional e se destaca no panorama musical atual”, diz Blanch. Com harmonias envolventes e arranjos orquestrais densos, a faixa evoca um caldeirão pop que remete aos anos 80, com ecos de The Smiths e Saint Preux. Flores Mortas Sobre o Lago em Dor é uma balada típica dos anos 70 e uma regravação da banda Coquetel Diamante, um projeto anterior de Blanch Van Gogh. A canção propõe um cruzamento entre Roberto Carlos e a banda Bread, criando um folk-pop que captura a atenção dos mais românticos. O EP fecha com Crianças de Rua, uma canção que convida os ouvintes a explorar o melancólico mundo dos menores abandonados . Todas as composições e arranjos orquestrais foram elaborados por Blanch Van Gogh. Cogumelo Plutão alcançou o auge da popularidade em 2000 com o hit Esperando na Janela, que ficou entre as dez mais tocadas nas rádios do Brasil por seis meses consecutivos e fez parte da trilha sonora da novela Laços de Família, da TV Globo. O videoclipe da música conquistou marcas históricas na MTV Brasil e foi indicado na categoria “Videoclipe do Ano” no prêmio MTV Video Music Brasil. O single vendeu mais de 2,5 milhões de unidades, recebendo a certificação de 2x disco de diamante. Após um hiato iniciado em 2001, a banda retornou em 2007 com novas composições e, em 2012, assinou contrato com a Universal Music Publishing. A música Adormecendo foi trilha sonora da novela Amor Eterno Amor, da Rede Globo.
Voorish lança autointitulado álbum de estreia; ouça!
A Voorish, banda catarinense de black metal que vem se destacando desde a sua formação como um dos grandes nomes do gênero no país, lançou o aguardado autointitulado álbum de estreia, com uma sonoridade enraizada no black metal clássico e temáticas que abordam a misantropia, o satanismo, o desprezo pela raça humana, a morte e uma recusa categórica ao positivismo. A base fiel de seguidores que a banda vinha angariando a partir de suas grandiosas apresentações ao vivo agora tem acesso a um dos discos mais inquietantes, perturbadores e pesados lançados por uma banda brasileira de black metal nos últimos anos. Em suas próprias palavras, o vocalista Devil From Chaos define a essência do trabalho: “A experiência de entrega deste álbum é uma mensagem direta a toda e qualquer tentativa de positividade e superação, não há bons sentimentos aqui, apenas uma atmosfera de morte, satanismo e destruição”. Fundada em meio ao cenário pandêmico de 2021, e influenciada pelo cenário apocalíptico contemporâneo, a Voorish é uma banda de black metal que conta em sua formação com o vocalista Devil From Chaos, o guitarrista Servus Inferni, o baixista Scepticismi Defensoris e o baterista Umbra Entitatis. As gravações do álbum tiveram captações de guitarra, voz e bateria no Estúdio Núcleo, com mixagem e masterização da própria Voorish. A arte da capa e as fotografias promocionais são de Nefhar Borck. O baixista Scepticismi Defensoris ainda salienta um aspecto bastante importante a respeito da abordagem e posicionamento da Voorish. “Tratar sobre assuntos extremos, como no caso do black metal, é sempre bastante perigoso, pois esses temas por vezes estão associados a extremistas fascistas, nazistas, sionistas ou qualquer variação de ideais de extrema direita. Em nossas publicações, sempre temos o cuidado de evidenciar a expressão “FCK NZS”, buscando deixar claro o posicionamento de todos os integrantes da banda. Independente de nossas músicas não abordarem temáticas antifascistas ou progressistas – pois nossa proposta artística tende ao satanismo, o ocultismo e a misantropia – o posicionamento de todos os integrantes das banda em uníssono é repudiar tais políticas de conservadoras, reacionárias e fascistas”.
Relief lança Projeção Consciente, um mergulho profundo nas relações humanas
A banda paulista Relief lançou o single Projeção Consciente, que chegou a todas as plataformas digitais pela Marã Música. A música traz uma reflexão profunda sobre as complexidades das relações humanas, abordando o ditado “a grama do vizinho é mais verde”. “A ideia é mostrar a reflexão de um indivíduo que, ao sair de seu corpo, percebe que está vivendo para lutar a luta dos outros, enquanto suas próprias batalhas são ignoradas”, explica a banda. A letra narra como esse indivíduo, ao enxergar sua realidade de fora, se dá conta de que aqueles por quem ele luta não apenas não oferecem apoio, mas também dificultam suas lutas diárias. “No fim, a música não traz uma conclusão sobre se ele conseguiu se desprender desse vínculo, mas sim provoca uma reflexão sobre a busca incessante por aprovação e o impacto disso na vida das pessoas”, completam os integrantes. Musicalmente, Projeção Consciente mescla o peso característico do hardcore, que marcou o início da Relief, com tons melódicos mais presentes, criando uma evolução natural na sonoridade da banda. “A ideia por trás da sonoridade dessa canção é focar mais nas partes melódicas, sem perder o peso do nosso som”, comentam. A composição começou de forma espontânea no estúdio de ensaio, quando o guitarrista Leo trouxe o riff inicial que deu origem à música. “A partir daquele riff, o processo de composição fluiu naturalmente”, lembram. Após refinamentos durante a pré-produção, o single foi produzido de forma independente, com mixagem e masterização realizadas por Marcelo Guerreiro, que já colaborou com diversos artistas renomados, incluindo Matuê. “O Marcelo é como parte da família Relief, então sabíamos que estávamos em boas mãos”, dizem os membros. A Relief está empolgada com o lançamento, acreditando que, com um planejamento mais estruturado e o suporte de um time especializado, Projeção Consciente terá um impacto significativo. “A expectativa está muito alta. Agora com um lançamento mais planejado, esperamos alcançar um público ainda maior”, compartilham. Para complementar o single, a banda também preparou um videoclipe, dirigido por Leonardo Aiello Martins. “Queríamos que o clipe capturasse a essência da música, e acreditamos que conseguimos isso”, comentam sobre a produção visual inovadora, que mistura cenas de shows da banda com inteligência artificial. A Relief, formada por Simotty (voz), Leo (guitarra), Mamá (guitarra), Caio (baixo) e Allan (bateria), surgiu em São Paulo com o objetivo de resgatar o hardcore melódico dos anos 2000, mas com um toque mais pesado e moderno. Desde sua estreia no ano passado, a banda lançou cinco singles, dois deles acompanhados de videoclipes. Último Ato, um dos principais lançamentos, já ultrapassou 50 mil visualizações no YouTube. Com influências que vão desde o hardcore nacional, especialmente a banda Dead Fish, até elementos do metal moderno e brasilidades, a Relief continua a expandir sua musicalidade, atraindo fãs de diversos estilos. Projeção Consciente marca mais um passo importante na trajetória da banda, reafirmando seu compromisso com letras que exploram a complexidade das relações humanas e a busca por autoconhecimento.
Refletindo busca por dias melhores, Jokin faz rock alternativo em “Vai dar Pé”
Jokin – faceta do músico e produtor musical pelotense Joaquim Mota – refletirá o mundo ao seu redor no intenso álbum Cubomedusa, que estará disponível em todas as plataformas via yb music em outubro deste ano. Após as intensas O Fim do Fundo e This is War, ele faz um respiro e busca uma luz para o amanhã em Vai dar Pé. A faixa, composta originalmente em 2016, funciona como um mantra para um mundo pós-pandêmico e para o próprio Rio Grande do Sul, estado natal do artista, em seu processo de reconstrução. “Eu escrevi essa música em segunda pessoa sob a perspectiva da minha namorada falando comigo. Falando que tudo iria ficar bem, que vai dar pé no final. Essa expressão, Vai dar Pé, sempre me tocou muito por ter sido criado com os pés descalços no chão, tomando banho de arroio e açude, e, como qualquer criança no ambiente, sempre com fé de que literalmente, e figurativamente, iria dar pé. Talvez, por ser uma letra com uma mensagem direta e simples, escrita de uma forma crua e com muita verdade, ela tenha tocado mais as pessoas”, conta ele. A faixa, que tem participação de Oliva, Raphael Evangelista e Marcelo Vaz, já faz parte da vida do artista há tempos e foi originalmente feita para sua banda esquimós. Agora, Jokin a reinventa para seu projeto solo com um arranjo novo com pianos e violoncelos misturados com uma atmosfera lofi com guitarras e beats. Nomeado segundo o nome científico de uma água-viva, um animal com uma beleza misteriosa e que exige um cuidado ao lidar, Cubomedusa é uma obra composta por oito músicas que se dividem entre português e inglês para trazer questões existenciais sobre a vida e o sublime, se inspirado no indie, no jazz e até com referências de hip hop. O projeto recebeu apoio financeiro do Procultura da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Pelotas para a realização do primeiro álbum. Produzido pelo artista ao lado de Gustavo Cunha, Cubomedusa será lançado em outubro de 2024 e os singles estão disponíveis em todas as plataformas de música.