Simple Minds confirma dois shows no Brasil; veja locais e preços

Joyce Manor inicia turnê inédita pelo Brasil nesta semana

Começa nesta semana a inédita turnê brasileira da Joyce Manor, banda norte-americana pop punk/indie rock que celebra dez anos do aclamado disco Never Hungover Again (2014), junto à conterrânea post-hardcore/noise rock Gouge Away, com os vocais expressivos da vocalista Christina Michelle. Os ingressos seguem à venda. Joyce Manor e Gouge Away se apresentarão em três capitais brasileiras. O giro começa na sexta-feira (15) no Rio de Janeiro (Experience Music) e segue sábado (16) para Curitiba (Basement Cultural). A última data é em São Paulo (Fabrique Club), no domingo (17). No primeiro show da turnê (15), na capital fluminense, as bandas nacionais no evento são Faia e Um Quarto. Sábado, em Curitiba, a abertura fica com o Mitocôndria e Freespirits (Reino Unido). Já na capital paulista (17), as escaladas nacionais são Gagged e Metade de Mim.
Polycat: a mistura perfeita dos anos 80 com a modernidade

A banda escolhida do Silly Bird Rocks On de hoje é a tailandesa Polycat. Conhecida por seu estilo nostálgico que combina influências dos anos 80 com sons modernos, o grupo dá vida a melodias cativantes e dançantes que podem ser classificadas como synth-pop. A Polycat começou como uma banda cover de ska em Chiang Mai, chamada Ska Rangers. Porém, seguida, o grupo migrou para um som mais voltado ao synth-pop após assinar com a gravadora Smallroom. A inspiração para o nome “Polycat” veio do sintetizador vintage “Poly” que a banda usava somada à afinidade dos integrantes do grupo com gatos. Eles ganharam popularidade após uma aparição no filme Se Beber Não Case 2 (The Hangover Part II), o que abriu portas para o lançamento de seu primeiro álbum autoral, 05:57, em 2012, onde ainda misturavam ska e reggae com sintetizadores. Mais tarde, o álbum 80 Kisses consolidou seu som nostálgico e trouxe hits como Pob Kan Mai? e Wayla Thur Yim, acompanhados por videoclipes que evocam filmes tailandeses clássicos, atraindo uma base de fãs ainda maior e acumulando milhões de visualizações O estilo distinto de Polycat atrai tanto os fãs de synth-pop quanto aqueles que apreciam uma estética retrô e letras românticas e reflexivas. Músicas como Mun Pen Krai e Puen Mai Jing exemplificam a capacidade da banda de mesclar influências musicais dos anos 80. A carreira da banda Polycat destaca-se não só por sua habilidade em recriar o som autêntico dos anos 80, mas também por sua conexão próxima com o público. Suas letras abordam temas universais, como amor, perda e saudade. Esses elementos aliados às suas melodias nostálgicas e sintetizadores, atraem ouvintes de diferentes gerações. Esse apelo emocional é visto em músicas como Mun Pen Krai (Alright), onde a banda cria uma narrativa sensível e identificável sobre superação e consolo. A letra da música faz alusão ao desejo de oferecer apoio ao ouvinte, mesmo que indiretamente, semelhante a clássicos como Man in the Mirror de Michael Jackson. A estética visual dos videoclipes do Polycat também é importante para sua identidade artística. Muitos vídeos, como os de 80 Kisses, foram inspirados pelo cinema tailandês dos anos 80, especialmente pelo filme Prik Khee Noo Kub Moo Ham. Essa abordagem ajuda a conectar a banda com a cultura local e fortalece a relação com os fãs tailandeses, ao mesmo tempo em que oferece um toque de exotismo para o público internacional que descobre a banda por meio das redes sociais e plataformas de streaming. Além de seu sucesso local, o Polycat tem se expandido para audiências fora da Tailândia, especialmente com a ajuda de plataformas como o YouTube. Com milhões de visualizações e uma base de fãs crescente, a banda continua a explorar novas sonoridades e expandir seu repertório. Para quem ficou interessado em explorar mais o som do Polycat, algumas recomendações são o álbum 80 Kisses (um dos meus álbuns favoritos) e o EP The Ordinary Love Story, onde a banda experimenta um pouco mais o synth-pop oitentista e se firma como um dos grupos musicais mais inovadores da cena tailandesa. Músicas que eu recomendo เวลาเธอยิ้ม | You Had Me At Hello พบกันใหม่ | So Long คอนเสิร์ต
Songs of a Lost World e a “dança cansada com a idade e a resignação”

Mesmo com o reconhecimento midiático e com uma forte inclinação a produzir, sob encomenda, hits radiofônicos e singles cantarolantes para serem tocados à exaustão em shows de porte mundial, nunca faltou para o The Cure, enquanto banda, e para Robert Smith, enquanto artista, o elemento principal para atingir o ápice de uma condição de melancolia: a angústia. Não é diferente em Songs of a Lost World, o novo álbum da banda (leia mais abaixo). Os rapazes britânicos, que começaram como um trio de amigos de acordes tímidos no final dos anos 70, nunca foram muito de se acomodar, tanto no som quanto na forma dos integrantes. Quase sempre maquiados, com cabelos desgrenhados, subiam nos palcos com uma variedade de estilos que sempre se sobressaiu, alternando entre o post-punk frio e calculista de álbuns como Seventeen Seconds, Faith e, principalmente, Pornography, com a sonoridade diametralmente oposta de quem queria abraçar todos os sentimentos do mundo, ao invés de se livrar deles, e escalar o topo mais alto da montanha, um sentimento que prevalece por parte de Kiss Me Kiss Me Kiss Me e Wish. A convivência direta desses dois estados de espírito destoantes não demoraria a ditar o ritmo e compor a energia dos sons da banda. Apesar de ter tido inúmeras variações de formação, a mais icônica e mais lembrada entre os fãs de longa data pode ser conferida no filme-concerto chamado The Cure in Orange, dirigido por um colaborador da banda, Tim Pope, em 1987, em um raro registro com Smith e seus cabelos curtos (ele entra com peruca no palco, não poderia ser diferente) e as presenças agregadoras de Lou Tolhurst no teclado e Pearl Thompson tocando uma série de instrumentos. Simon Gallup, baixista quase totalmente fiel, e Boris Williams, na bateria, completavam os sonhos mais perfeitos de fãs, antigos e novos. Aos poucos, mais precisamente em 1989, com o lançamento do álbum Disintegration, o vocal foi sendo suprimido pela longa duração e a atenção dada à manifestação instrumental, que compunha quase um registro de cinema, em que Smith mesclava poesia com falas sussurradas, em um mundo de fantasia e abstração povoado por emoções dolorosamente reais, de uma banda de música. A banda possuía, agora, Roger O’ Donnell, um membro que passou a integrar constantemente as formações bagunçadas e desorientadas do Cure, no teclado. Nesse álbum, Smith se expressava com tanto pesar que era possível deduzir que o vocalista não queria incomodar o ouvinte com suas lamentações. O som de cada instrumento passou, então, a oferecer um tipo de abrigo ao ouvinte que o líder da banda se sentia frágil demais para cultivar. A faixa de abertura desse álbum se chama Plainsong, e inaugurou uma “onda” (que está presente no mais último lançamento deles) de canções expansivas, densas e exigentes com nome genérico. Talvez seja difícil mesmo descrever de um jeito eloquente algo que mexe tanto conosco. Songs of a Lost World e a “dança cansada com a idade e a resignação” Dezesseis anos de espera podem fazer você desistir por completo de uma pessoa, um objeto ou uma lembrança que você quer manter por perto. O tempo não é muito gentil com as nossas expectativas, mas, às vezes, não importa os quão pessimistas nós sejamos, alguém está se movendo invisivelmente e tornando um sonho possível, mesmo que publicamente essa pessoa faça joguinho e negue veementemente tudo o que é perguntado, ou, quando se cansa de negar, mente, fala coisas sem a menor noção de se comprometer, ou então sem sentido algum. Desde que lançou seu esquecível 4:13 Dream, em 2008, Smith vinha brincando e, claramente, se divertido (ainda que tenha sentido culpa em ter sido relativamente desonesto, segundo ele mesmo) em aproveitar aparições públicas para criar um grande mistério em torno da concepção de um álbum que, independentemente de suas falas, já estava sendo formado ao vivo, sob os olhos do público, em shows, com seis canções novas que foram sendo concebidas para todos verem e ouvirem, por diversas vezes, entre 2018 e 2022. Era uma situação curiosa, porque todos queriam se apegar ao momento, mas o momento era negado ou constantemente adiado. O que era o momento, nesse caso? Se o tempo foi uma constante na concepção de Songs of a Lost World, que inicialmente parecia ser uma continuação do disco de 2008, parecia um pouco óbvio que, tematicamente, o disco poderia falar sobre a passagem das estações, da resiliência e sabedoria que vem com a espera. Sua gestação foi fruto da contemplação do trabalho de Smith e companhia, que demorou a ser feito e teve tempo o suficiente para ser modelado exatamente como seus integrantes queriam, o que talvez seja um grande privilégio, um alento aos fãs que viram os shows e se mobilizaram para a conclusão do disco e o consequente trabalho de divulgação como nos velhos tempos pré-Spotify, e também foi um reflexo de tempos pandêmicos, conforme Smith disse em entrevista às mídias oficiais da banda. O vocalista perdeu o pai, a mãe e o irmão em um curto espaço de tempo. O luto e o pesar, apesar de existirem em Disintegration, Pornography e até no relativamente subestimado Bloodflowers, de 2000, nunca foram a razão de ser de um disco. O sofrimento não era palpável apenas no jeito de cantar ou no sentido de vestir a roupa do que você está sentindo. Na verdade, aqui, o sofrimento é um componente de algo muito maior. Para a faixa de abertura, a já ensaiada, tocada e premeditada Alone, Smith disse que, assim que eles tocaram ao vivo e gravaram em estúdio, soube que seria a primeira música e o single principal do disco. Segundo ele, se você sabe como começa e termina um álbum, o restante do trabalho está basicamente encaminhado, porque achar o que preencher dali em diante é meramente instintivo. Os primeiros versos da letra (“This is the end of every song we sing”) foram diretamente tirados de um poema do poeta inglês Ernest Dowson, Dregs. Apesar das referências e individualidades do
Samwise lança a melódica Do Inferno ao Recomeço e encerra EP

A Samwise, quinteto pop punk do cast da Repetente Records, lançou Do Inferno ao Recomeço no streaming. Com melodia alegre, mas com mensagem sobre dias difíceis e a força de seguir em frente, a música encerra as faixas do EP. Do inferno ao recomeço é um típico e empolgante pop punk que fala sobre sentimento de depressão e melancolia, sobre a pessoa se ver em um momento difícil, até se dar conta que precisa superar a qualquer custo e recomeçar. As linhas de guitarras bem melódicas e com uma pegada bastante harmônica. Tem todo o jeitão de música para fechar o disco. Como os demais singles, foi gravada e mixada por Gabriel do Vale, em Araraquara. “A música tem todas as características que mais gostamos do pop punk, ela tem uma pegada alegre, mas com mensagem forte, e com refrões bem cativantes. Ela representa muito este nosso primeiro EP em parceria com a Repetente Records”, comenta a banda. Os demais singles do EP são Mais de Um Milhão, Contratempo, Um Lugar Para Chamar de Seu e Pra te Dizer. “Este EP está incrível, com melodias mais modernas e marcantes. Ele traz uma mudança de chave em nosso modo de composição, trabalhamos muito as músicas ao longo de 2023. Fizemos pré-produções, o que nos deu bastante margem para trabalhar em todas elas”, conta o guitarrista Thiago Quina. O EP do Samwise foi construído ao longo de 2024, com lançamento a cada 45/60 dias, todos com clipes lançados e foram muito bem produzidos pelo Henrique Bap, da BAP Films. O registro teve também a participação do Gabriel Barros, do Melton Selo, que ajudou nas prés.