Best of Blues and Rock anuncia novas atrações e confirma mais duas datas em SP

O Best of Blues and Rock 2025 anunciou três novas atrações para os dias 7 e 8 de junho: Vitor Kley, Cachorro Grande e Paula Lima. Além disso, o evento ganhou mais um fim de semana: 14 e 15 de junho, também no Parque Ibirapuera, em São Paulo, com lineup diferente das datas anteriores. Vitor Kley e Cachorro Grande se apresentam no dia 7 de junho (sábado), enquanto Paula Lima faz show especial em homenagem a Rita Lee, no dia 8 de junho (domingo). Eles se juntam à atração principal Dave Matthews Band (que toca nos dois dias), ao convidado especial Richard Ashcroft (também nas duas datas) e Barão Vermelho (escalado para 8 de junho). As atrações dos dias 14 e 15 de junho serão reveladas em breve pela organização do festival. 7 de junho 8 de junho Serviço – Best of Blues and Rock 2025

Bring Me The Horizon lança versão pesada de clássico do Oasis; ouça!

Responsável por um dos melhores shows internacionais no Brasil em 2024, a banda inglesa Bring Me The Horizon revelou um cover inusitado do mega hit Wonderwall, do Oasis. A faixa foi lançada nesta quarta-feira (29) no Spotify Singles e mostra uma roupagem mais pesada do sucesso dos irmãos Gallagher. Aliás, Liam Gallagher disse, no X, que amou a versão. Além de Wonderwall, o Spotify Singles do Bring Me The Horizon também trouxe uma versão de EarthcOre Remix de YOUtopia, canção do álbum Post Human: Nex Gen (2024).

Buzzcocks retorna ao Brasil para dois shows em maio

A clássica banda britânica Buzzcocks enfim retorna à América Latina em maio deste ano para shows repletos de clássicos dos seus 49 anos de carreira. Serão dois shows no Brasil: dia 24/05 em São Paulo (Carioca Club) e dia 25/05 em Curitiba (Basement Cultural). A realização da nova turnê do Buzzcocks, que encerra um período de 15 anos de espera, é conjunta entre New Direction Productions e Agência Sobcontrole. A turnê também passa por México, Colômbia, Chile e Argentina. A turnê latino-americana, que recebe o nome de Buzzcocks are coming, acontece imediatamente após a participação dos britânicos no Cruel World Festival, um dos mais importantes eventos musicais da Califórnia (EUA), que terá outros nomes expressivos e históricos como New Order, Nick Cave & The Bad Seeds, Garbage, Devo, entre muitos outros. Em um cenário musical mundial constantemente invadido modismos virais e falsificações geradas por IA, o Buzzcocks se mantém do lado do rock visceral e pujante, com músicas de melodias cativantes, apoiadas por uma cadência rítmica forte e habilidosa. Com o passar das décadas, a banda é presença constante e em constante evolução na cultura pop e carrega com méritos o status de banda definitiva do punk rock. Em 2023, a banda foi eternizada na Calçada da Fama da Música do Reino Unido, situada em Camden (Londres), ao lado de mais lendas como The Who, Madness, Amy Winehouse, David Bowie, entre outros. Ao vivo, o Buzzcocks é eletrizante com seu rock que diverte, mas também educa e informa, tudo entregue ao público com muita devoção dos membros fundadores Pete Shelly (guitarra e voz), Steve Diggle (guitarra e voz) e companhia. “É a minha alma”, diz Diggle sobre uma agenda repleta de shows pela Europa, que agora se descola para o lado de dá cá do mundo. “Ainda tenho fogo para tocar! Desde que vi Bob Dylan no banco de trás de um táxi preto no documentário de D.A. Pennebaker de 1967, Don’t Look Back, sempre quis viver esse tipo de vida — ser entrevistado no banco de trás de um táxi preto a caminho do cinema, do estúdio”. O Buzzcocks alcançou um incrível sucesso comercial logo no começo da carreira, quando abriu shows para o Sex Pistols e lançou a trinca Another Music in a Different Kitchen (1978), Love Bites (1978) e A Different Kind of Tension (1979). SERVIÇO Buzzcocks em São PauloData: 24 de maio de 2025 Horário: 18h (abertura da casa) Local: Carioca Club (Rua Cardeal Arcoverde, 2899 – Pinheiros, São Paulo – SP) Ingresso Valores 1° Lote Pista: R$ 150 (meia-entrada e estudante); R$ 150 (meia solidária para não estudantes mediante doação de um quilo de alimento na entrada da casa no dia do evento); R$ 300 (inteira) 1° Lote Camarote: R$ 200 (meia-entrada e estudante); R$ 200 (meia solidária para não estudantes mediante doação de um quilo de alimento na entrada da casa no dia do evento); R$ 400 (inteira) Venda antecipada sem taxa de conveniência em São Paulo: 
Loja 255 (Galeria do Rock) Classificação etária: 18 anos * Buzzcocks em CuritibaData: 25 de maio de 2025 Local: Basement Cultural (Rua Des. Benvindo Valente, 260 – São Francisco, Curitiba – PR) Ingresso

Entrevista | Rô Araújo – “Acho muito importante que a gente se una”

Unindo influências da MPB, do jongo, do funk, da bossa nova e da cumbia, o álbum de estreia da cantora carioca Rô Araujo, Afruturo, é um destaque no cenário musical. O disco aborda temas importantes como liberdade de expressão, ancestralidade e empoderamento feminino. Com 12 faixas que narram histórias marcantes, o álbum conta com as participações especiais das artistas Ananda Jacques, Aiane e Ju Santana, agregando vivências e perspectivas de uma mulher preta suburbana, nascida em Nova Iguaçu. A faixa de abertura, Nesse Som, ganha destaque com um clipe gravado na cidade natal da cantora. O vídeo inclui uma transcrição inédita em Libras e a participação de artistas independentes da Baixada Fluminense, reforçando o compromisso de Rô com a inclusão e a valorização de talentos locais. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Rô Araujo falou sobre o processo de criação do álbum, suas inspirações pessoais, os desafios de ser mulher em uma sociedade desigual e a mensagem por trás do trabalho. Primeiro, queria que você falasse sobre o seu álbum como conceito, o nome Afruturo é bastante simbólico. Qual é o significado por trás dele e como ele reflete as mensagens que você quer transmitir? Esse álbum, na verdade, foi surgindo muito aos poucos. Cheguei a esse conceito quando comecei a juntar as peças do que queria transmitir através das músicas. Acho que é uma visão afrofuturista, tenho trazido esses conceitos, mas no sentido de que a gente poder se permitir projetar um futuro. Claro, que sem rejeitar o nosso passado, entendendo a nossa história. Acho que quando a gente está bem enraizado conseguimos nos posicionar e enxergar novas possibilidades. Então… por isso Afruturo. Que acho que se comunica bem com as músicas que já estava compondo. E aí depois fiz outras que acredito que complementam bem o álbum. Você já tinha mencionado que a ideia de fazer o álbum surgiu de um momento muito difícil da sua vida. Queria saber o que aconteceu, mas, acima de tudo, saber como isso impactou na sua vida pessoal e profissional.  Há quatro meses, mais ou menos, tive uma gravidez ectópica, uma gravidez fora do útero. Então, foi um momento de muitas reflexões. Claro que foi um momento também pesado emocionalmente, mas acho que foi uma virada de chave para perceber outras coisas. Porque corri risco de vida também, por causa da gravidez. Acho que quando a gente está de frente para um momento tão difícil, começamos a nos questionar, né? Se eu morresse hoje, eu já fiz tudo o que queria? Me deu um estalo, assim, também, de pensar o que quero criar, o que quero trazer ao mundo, para além de uma gravidez e um bebê.  Então, pensei, ‘nossa, quero criar músicas, quero colocar no mundo, dar luz às minhas ideias também’. E acho que foi o momento-chave, assim, de pensar em sair desse lugar de ficar o tempo inteiro pensando que sou uma artista independente e que não tenho dinheiro. Vou fazer do jeito que dá para fazer. E coloquei as ideias para frente, então, foi isso que aconteceu, que me deu uma virada de chave. Na verdade, a gente só tem uma chance na vida. Quando a gente leva um susto, acho que as coisas ficam mais claras. É realmente importante, vou levar à frente apesar dos medos, das inseguranças. Já tocando nesse assunto, duas músicas que me chamaram mais atenção foram Todo Mundo Vai Julgar e Egocêntrica, principalmente por abordarem temas como autocuidado e amor próprio. Como você define esses conceitos na sua vida? Na minha vida? É interessante você falar dessas músicas porque estava conversando com a minha mãe sobre elas. Ela disse: “Egocêntrica? Eu poderia ter feito essa música”. Acho que comecei a observar muito. Foi uma música que pensei bastante antes, no conceito, na ideia, no tema. E pensei: “poxa, eu queria tanto uma música que fosse como um mantra para me lembrar de me cuidar, sabe?”. Observo muito isso nas mulheres da minha família e nas minhas amigas, essa queixa e essa sobrecarga, sabe? De estarem sempre de olho nas necessidades dos outros, cuidando dos outros, mas pouco de si mesmas. Então acho que essa música me lembra de me cuidar, de me centrar em mim mesma, sem me sentir culpada por isso. Todo Mundo Vai Julgar reflete um incômodo que tenho. Não é porque escrevi essa música que estou isenta de preocupações estéticas. Acho que ser mulher e viver nesse momento é muito sobre isso: lidar com essas questões. Mas também é sobre o incômodo com as redes sociais, sabe? O fato de todo mundo estar o tempo inteiro usando filtro e o medo de se expor naturalmente. A comparação excessiva, os retoques, as cirurgias… E o quanto tudo isso demanda tempo, energia e dinheiro. Às vezes, vejo amigas jovens, de vinte e poucos anos, preocupadas em gastar dinheiro com essas coisas. Então penso: por quê? Como isso suga a nossa energia, assim como a demanda de cuidar das pessoas. Tudo isso me faz refletir muito. Queria expressar de alguma maneira essas minhas preocupações, questionamentos e incômodos. É isso. Bom, você fez algo totalmente voltado tanto para as mulheres negras quanto para as mulheres em geral. A parceria com outras mulheres no disco é algo muito marcante. Como foi construir esse “porto seguro” com elas? Com essas parceiras, especialmente, foi muito fácil e fluido, apesar de elas estarem envolvidas em outros projetos e, às vezes, não termos tempo para nos encontrar. A maior dificuldade foi mesmo parar e fazer acontecer, sabe? Acho que estamos em um ritmo de muitas demandas e pouco tempo para criar. Mas, quando decidimos tentar e criar, foi muito interessante. Com a Ju Santana, foi super natural. Ela é minha amiga há muitos anos, e há muito tempo queríamos compor juntas. A Yane conheci através do programa Mares, que foi uma residência artística só para mulheres, promovida pelo Movimento das Mulheres Sambistas, e desde então temos composto juntas. A Nanda Jacques conheci em um sarau só de mulheres,

Ator de Stranger Things, Joe Kerry lança single do seu projeto Djo

Djo – o projeto musical do ator, produtor e compositor Joe Keery, conhecido por seu trabalho em projetos de grande sucesso como Stranger Things e Fargo – anunciou seu aguardado álbum The Crux. A continuação do álbum Decide, de 2022, que apresentou o sucesso End of Beginning, The Crux será lançado em 4 de abril pela AWAL Recordings. Primeiro single do Djo, Basic Being Basic foi revelado nas plataformas de streaming. Com seus sintetizadores Oberheim OB-X8 e o refrão em falsete, seus versos finais distorcem de forma perspicaz os padrões (muitas vezes online) da atitude moderna. “É como se fosse um tiro disparado contra qualquer pessoa que esteja tentando se manter no momento”, diz Keery, em comunicado enviado à imprensa. The Crux foi coproduzido por Keery e seu colaborador de longa data Adam Thein. Trata-se de um álbum de qualidade artesanal impecável. Ao contrário dos álbuns anteriores de Keery – gravações de quarto centradas em sintetizadores – The Crux destaca guitarras exuberantes e instrumentação que lembra o pop do final dos anos 60 e 70. É um álbum cheio de perdas e anseios, mas também cheio de inteligência e gratidão. O álbum foi escrito em todo o mundo em um período particularmente fértil para Keery, em que ele estava lutando contra a transitoriedade de seu outro emprego, estando solto e longe de seus amigos e familiares. Mas, para fazer o álbum, ele se instalou no lendário Electric Lady Studios, em Nova York, seu lar adotivo. The Crux não apenas mostra seu escopo ambicioso, mas também suas habilidades como multi-instrumentista e compositor habilidoso (todas as músicas foram escritas por Keery ou em colaboração com Adam Thein).

Documentário “Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil” chega ao YouTube

“A história do Brasil é também uma história da censura”, afirma Fernando Calderan, um dos diretores do documentário Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil, lançado nesta terça-feira (28). Em pouco menos de 35 minutos, o filme dirigido também por Fernando Luiz Bovo, Matheus de Moraes e Renan Negri, traz as reflexões de integrantes das bandas Cólera, Inocentes, Garotos Podres, Ratos de Porão, Olho Seco e Ulster sobre o universo rebelde e contestador do Punk Rock das décadas de 1970 e 1980. O documentário, já disponível no Youtube, revela os impactos da repressão na cena punk ao abordar parte dos vetos da Censura Federal às músicas do estilo, numa tentativa de calar as vozes que desafiavam o sistema. Não é Permitido surgiu de uma pesquisa, realizada desde 2021 por Fernando Calderan e Renan Negri, sobre a censura ao Punk Rock, que em breve será transformada em livro. O trabalho identificou mais de 80 músicas encontradas com o carimbo da censura, e documentos que demonstram a perseguição ao movimento, observado de perto pela polícia. “Os documentos foram resgatados da antiga Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP) e trazem à tona estratégias usadas para sufocar o movimento. No registro em audiovisual fizemos um recorte dos casos de censura ao Punk Rock, não contemplando bandas como Os Replicantes, Camisa de Vênus e Atack Epiléptico”, revela Negri. Matheus de Moraes lembra que a ausência de algumas bandas, indica o desejo de continuar. “Este trabalho é uma oportunidade de valorizar toda uma história de resistência e arte”, diz. Já para Fernando Bovo, este trabalho é muito importante por trabalhar memória, oralidade e documentos históricos. “Temos aqui uma obra que resgata e ao mesmo tempo constrói”, afirma. Clemente Nascimento (Inocentes), Jão (Ratos de Porão), Mao (Garotos Podres), Val (Cólera / Olho Seco), Ariel Invasor (Inocentes – à época), Pierre (Cólera) e Vlad (Ulster) são os personagens que contam suas histórias durante aquele período sombrio, e a forma que encontraram de não permitir que a censura apagasse a arte de cada uma das bandas, reafirmando o poder da música como ferramenta de resistência e expressão cultural. De acordo com Calderan, a proibição às ideias divergentes sempre esteve presente na rotina nacional, e nos últimos anos cresceram as denúncias e casos explícitos de censura. “Os europeus trouxeram a censura na bagagem. Mesmo em tempos ditos democráticos, o veto foi usado como órgão repressor. O Brasil não se desvencilhou da censura como forma de calar o pensamento divergente. Mesmo com o fim da seção como órgão de Estado há mais de trinta anos, a postura do corte continua presente”, finaliza. Não é Permitido: um recorte da censura ao Punk Rock no Brasil é um projeto viabilizado por meio da lei de incentivo à cultura Paulo Gustavo.