Ricochet: Novo álbum do Rise Against decepciona fãs

Ricochet: Novo álbum do Rise Against decepciona fãs

Ricochet, o décimo álbum de estúdio do Rise Against, prometia uma nova fase da banda de Chicago sob a batuta da produtora Catherine Marks e do mixer Alan Moulder. Mas, em vez de revitalizar a sonoridade característica do grupo, o disco acabou destoando: vozes envoltas em reverb excessivo, produção polida além da conta, arranjos que preferem o pop radiofônico em vez do punk rápido e agressivo que a banda construiu ao longo da carreira.

Enquanto há momentos de força, como o groove urgente da dobradinha “Sink Like a Stone” e “Forty Days” e a potência refinada de “Nod”, executada em show último show no Brasil, a maioria das faixas mergulha em territórios excessivamente lisos, como “Soldier” e “Gold Long Gone”. Soa muito mais como pastiche do que como evolução. Parece tudo, menos Rise Against.

A recepção dos fãs nas redes sociais tem sido dura. Relatos no Instagram e no Reddit são claros:

“Este é, de longe, o álbum que menos gostei da banda.”
“A mixagem é um overload sensorial, meus ouvidos fatigaram.”
“Isso não é punk. A produção não é punk.”

Ou seja, ao tentar “ser diferente”, como disse Tim McIlrath em entrevista recente, o resultado parece ter afastado fãs históricos, muitos reclamando que Ricochet soa distante da energia visceral e urgência que define o Rise Against desde os primeiros álbuns.

Óbvio que os shows vão continuar sendo ótimos, graças a boa discografia da banda. Porém este será um álbum que daqui há alguns anos ninguém irá se lembrar.

Nota 2.5 de 5