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Fistt lança ‘A Arte de Perder’ em abril. Saiba mais sobre o álbum e ouça primeiro single

Depois de sete anos sem lançar um álbum completo, a veterana banda de Jundiaí Fistt está prestes a lançar A Arte de Perder, trabalho com 13 faixas, que já conta com um single disponível para audição: Lápis de Cor (ouça abaixo). A previsão é que o álbum chegue às lojas em abril, via Oba! Records, selo do vocalista, Fabiano Nick.

A Arte de Perder tem produção do Alexandre Chapola e masterização de Paulo Anhaia, que produziu Como Fazer Inimigos (2008). “Deve ser um disco rápido e alto com letras curtas. Não chega a ser conceitual mas ele vai focar em temas como amizade, superação, apesar do nome parecer que o disco é algo mais pesado no sentido de negativo. O caminho é bem oposto, vamos falar sobre coisas legais com certeza”, adianta Nick.

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Das 13 faixas, apenas uma já é conhecida do público que acompanha o Fistt: Agora Eu Vou Embora, lançada por Nick em seu EP solo acústico, mas que agora ganha uma roupagem plugada. O álbum ainda tem a participação especial de Camilo Bóia (Cueio Limão) na faixa Noite Perdida. “Deve pintar mais algum amigo conforme estivermos finalizando o álbum”.

E a banda não ficará apenas na gravação do álbum. O vocalista conta que já tem planos para videoclipes. “Lápis de Cor deve virar vídeo clipe a qualquer momento. Está em fase de roteiro e logo menos vamos divulgar. Vem mais singles desse disco com previsão de clipe. O Roberto Mamfrim (diretor) tem ficado na nossa cola para isso acontecer, senão esses tiozinhos chatos aqui enrolam e não sai nada”, brinca.

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Há 21 anos na estrada, Nick e companhia não pensam em parar tão cedo. “Gosto muito do que faço. Acredito que se não fosse isso a minha intenção teria acabado. Como muitas bandas, formações também alteram vira e mexe, pois cada um tem sua prioridade de vida. Mas o canal é esse: amar o que faz e fazer bem feito”.

Nick conta que o Fistt chegou a conversar com grandes gravadoras na década passada, quando CPM 22 e Nx Zero atingiram o mainstream, mas alguns empecilhos impediram contratos com a banda. “Em uma chegamos até a fechar, lá por 2002, mas acabou não fluindo pois a mesma fechou. O legal é que não teríamos que mexer em nada e o nosso disco Finais Iguais seria relançado por eles.

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O vocalista, no entanto, vê diferença entre o Fistt e outras bandas que procuraram estourar entre 2007 e 2009. “Todo mundo simplesmente queria um contrato e ficar famoso. A nossa vibe nunca foi essa, mas também não descarto de ter sido uma experiência pra se aprender”, diz. “Em 2008 gravamos o disco Como Fazer Inimigos novamente de forma independente no Midas. O Paulo Anhaia (que já trabalhou com meio mundo) produziu no época. Foi um baita aprendizado para gente e ele estará novamente conosco neste disco novo”, completa.

Jundiaí e Oba! Records
Dono da Oba! Records, um dos principais selos de música independente do Brasil, Nick sempre esteve muito atento ao cenário hardcore nacional. Jundiaí e região sempre são bem observados pelo músico.

“Jundiaí tem uns picos de bandas que aparecem, acabam e aparecem de novo. Hoje temos o Sallys Home, do Ricardo DRVZ (guitarrista do Fistt), com disco novo saindo. Tem o Burt Reynolds, que é uma banda bem antiga, mas com um cara bem ativo (Gus) para agitar shows e dar espaço para novos artistas. No metal, temos o Machinage e o Ecliptyka, que fazem tours internacionais e outros nomes legais também. Temos bons defensores da nossa região em atividade”.

O cenário atual de Jundiaí não difere muito do encontrado pelo Fistt em 1994, ano de ínicio das atividades. “Quando a gente surgiu haviam poucas bandas autorais e uma quantidade de bandas covers. Mas acho que existe espaço pra todo mundo”, diz. “A Oba! e o Fistt fizeram um trabalho legal de espalhar o nome da cidade e fazemos isso até hoje. Fico feliz também em voltar a lançar discos pela Oba! neste ano, que é um bom momento tanto do cenário como do mercado para gente voltar a realizar coisas”, completa.

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De 2009 para cá, a Oba! ficou mais focada nos outros braços dela, como a Oba! Shop, considerada referência de comércio eletrônico. O selo já teve em seu plantel nomes como Os Replicantes, Cueio Limão, Vinte e Seven Elevenz.

Hoje, a aposta está no Sallys Home, que lançará seu álbum de estreia ainda neste semestre. “O Illbred, uma banda bem tradicional do Paraná, está chegando também com um disco novo e aos poucos vamos trazendo mais gente. Acho que hoje em dia é bem mais pé no chão a coisa”, revela Nick.

Ligação com Santos
No início dos anos 2000, o Fistt era presença constante na região. Fez vários shows com bandas como Turn Away, Drop Your Guns entre outras. E Nick revela um carinho especial por Santos. “Desde moleque, Santos pra mim sempre foi uma referência de ótimas bandas. Foi por muito tempo a nossa capital nacional do hardcore e com muito mérito”.

Entre as bandas da região, Nick demonstra conhecer nomes antigos e novos do cenário local. “Sou um grande fã do The Bombers e gostava muito do Drop your Guns, que foi nosso parceiro no VHS SP HC Scene, além do Garage Fuzz, que está  na batalha até hoje”, diz. “Tem o Jerseys, do meu amigo Phernandu, que é uma banda bem bacana e o Same Flainn Choice, ambos mais novos. Gostei do Mar Morto e o Cannon of Hate, que vem fazendo um bom trabalho não só musical, mas também de agitar shows”, completa.

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Ouça Lápis de Cor abaixo e conheça um pouco da discografia dos caras também…

Pamim, panois, poceis – 1999

Finais iguais, histórias diferentes… – 2001

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Vendo as coisas como você… – 2004

Viva! Ao vivo no Black Jack – 2006

Como Fazer Inimigos – 2008

Hasta La Vista, Junior! – 2012

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1 Comment

1 Comment

  1. sergio

    25 de fevereiro de 2015 at 20:42

    Uma das bandas com mais “correria” no meio underground, que continuem por ai por muito tempo.

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