Santos é uma cidade curiosa. Conhecida pelo mundo inteiro como celeiro de excelentes bandas, como Vulcano, Garage Fuzz, Shadowside, só para citar algumas, a cidade está deixando de ser atraente para grandes nomes do rock mundial. Cidade que já recebeu Deep Purple, Mr Big, Dick Dale, Men At Work, Nofx, Helloween, Bad Religion, Santos não está mais correspondendo na hora de receber artistas renomados.

Na última sexta-feira, dia 15, deu mais uma prova. Com um Cavalera Conspiracy inspirado, tocando vários clássicos do Sepultura, a Diamond Club recebeu um público muito pequeno, não mais que 400 pessoas (233 pagantes). Sim, Max e Iggor Cavalera estavam lá.

Culpa da produção? Não! Divulgação? Não! Preço? Talvez, mas grandes shows envolvem grandes cifras. R$ 100 para ver um show quase exclusivo do Cavalera Conspiracy pode ser caro, mas não será muito diferente em outras cidades. São Paulo (R$ 240), Vitória (R$ 80), Sorocaba (R$ 100).

É mais legal assistir a um show desse tamanho em São Paulo? Então, não podemos reclamar da ausência de grandes shows na Cidade. Fabio Hutterer e o pessoal da Diamond Club fizeram a parte deles. Trouxeram um grande show para a Cidade, ofereceram pelo preço médio de outras localidades e não deixaram nada a desejar.

Falando sobre o show, Max mostrou muito profissionalismo e desenvoltura com os fãs. Pediu o tempo todo para eles pogarem, gritou e empolgou em pouco mais de 1h20 de apresentação. No repertório, escalou grandes hits do Sepultura, como Territory, Refuse/Resist, Roots Bloody Roots, além de Orgasmatron (Motörhead).

Sem esquecer que as bandas Capadocia e Rygel também honraram a programação com muito gás no palco, garantindo uma grande abertura para o evento.

Vamos torcer para o público reagir nas próximas oportunidades. Caso contrário, o jeito será subir a Serra e curtir os grandes shows na Capital.