Guana Batz se redime da ausência de 27 anos com show de encerramento do Psycho Carnival 2016

Guana Batz se redime da ausência de 27 anos com show de encerramento do Psycho Carnival 2016

ALEXANDRE SALDANHA (Colaborador)

Eram quase duas da manhã da segunda de Carnaval quando as cortinas do Jokers Pub, em Curitiba, quase lotado se abriram para a atração mais aguardada do Psycho Carnival. Sem apresentações ou blá-blá-blá, o Guana Batz começou a introdução tribal de Bring My Cadillac Back, do disco Rough Edges, de 1988. No ano seguinte, o quarteto viria pela primeira, e até então, única vez ao Brasil. “Faz 27 anos. Tempo demais”, lamentou o vocalista Pip Hancox antes de chamar Love Generator, que veio logo na sequência.

Na primeira fila, dezenas de mulheres babavam pelo vocalista que exibia seu corpo musculoso coberto de tatuagens. O jovem baterista Jared Hren – que provavelmente não era nascido no primeiro show do Guana Batz no Brasil – conduziu o ritmo acelerado do set, sempre com um sorriso no rosto. Na verdade, a banda toda estava claramente feliz de estar ali.

Entre clássicos como I’m On Fire, You’re My Baby, Electra Glide in Blue e Loan Shark também teve espaço para a inesperada balada Wonderous Place, lançada no disco de 1990, Electra Glide in Blue. Para encerrar – “já é quase dia”, brincava o guitarrista Stuart Osborne, único remanescente da formação original, ao lado de Pip – a agressiva King Rat.

Ao longo de quatro dias, o Psycho Carnival levou a Curitiba bandas consagradas do psychobilly como os russos do Meantraitos, Cenobites (Holanda) e os locais Ovos Presley e Sick Sick Sinners, além de novidades como os paraguaios Luizons e britânicos Surf Rats.

Paralelamente, o Curitiba Rock Carnival trazia atrações mais variadas – e até um pouco confusas. O metal melódico do Semblant tocando no mesmo dia que o Death (EUA), considerados os pioneiros do punk, e as viagens à Pink Floyd do Ruído/mm. O festival diurno também teve boas surpresas como os argentinos Los Frenéticos, Frantic Flintstones (Reino Unido) e Spellbound, que fez sua estreia em terras paranaenses, depois de uma mini turnê brasileira que passou por Santos.