A banda norte-americana Maroon 5 faz hoje seu último show na Capital com a turnê do álbum V, lançado em 2014. A passagem do grupo de Adam Levine, a quinta por aqui, incluiu apresentações em Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte e outro show em São Paulo, na última quinta-feira, que A Tribuna / Blog n’ Roll acompanhou de perto, no Allianz Parque.
Se você for ao show do Maroon 5 em São Paulo, neste sábado, saiba que o cronograma está sendo cumprido pontualmente. A banda de abertura Dashboard Confessional sobe às 20h30 e toca 40 minutos. Um intervalo de 50 minutos e o Maroon 5 inicia seu show às 22h.
Para os fãs de Adam Levine, uma coisa é certa: o repertório está impecável. É hit do início ao fim. Animals e Sugar, dois dos principais singles do álbum V, o quinto de estúdio dos caras, abrem e fecham a apresentação, respectivamente. Maps, do mesmo trabalho, também está presente.
No meio do set, Adam Levine inclui, praticamente, todos os sons famosos. Harder to Breathe, This Love, She Will Be Loved e Sunday Morning, todas do primeiro álbum, Songs About Jane, de 2002, foram bem festejadas pelo público.
Outro álbum com muito destaque no repertório é Overexposed, de 2012, com cinco faixas presentes: One More Night, Payphone, Daylight, Lucky Strike e Love Somebody.
O álbum Hands All Over foi completamente ignorado. Moves Like Jagger, que apareceu em seu relançamento, entrou no repertório. Já o disco It Won’t Be Soon Before Long, de 2006, contou com apenas Wake Up Call.
Fotos: Camila Cara / Divulgação T4F
Apesar de toda carisma e sensualidade, o jurado do The Voice norte-americano deixa a desejar na interação com os fãs. Como uma espécie de boy band de um homem só, o Maroon 5 tem em Levine o trunfo para arrancar gritos das mulheres durante os 90 minutos. Até o final da primeira parte da apresentação, o cantor faz cara de apaixonado, galã e exagera nas caretas para conquistar as meninas. Mesmo com o grande palco, Levine concentra-se boa parte do espetáculo na área central. Obrigado e Brasil são algumas das poucas palavras proferidas por ele para os fãs.
Nada que incomodasse o público de 45 mil pessoas. Se Levine tem dificuldade em se comunicar, retribui com uma sequência sem pausa, emendando uma canção na outra.
No bis, Levine apelou para o seu super trunfo e fez o que as fãs esperaram durante os 90 minutos: tirou a camisa. Sim, esse foi o momento que mais mexeu com o público. O estádio do Palmeiras foi tomado por histeria e nada mais importava, nem o fato que Levine não tem o gingado de Mick Jagger, como canta em seu hit Moves Like Jagger.
Brincadeiras a parte, o show do Maroon 5 não vai decepcionar fã algum. O repertório é perfeito, a execução segue quase na mesma linha e Adam Levine é a grande estrela da noite.