Strike faz show em clima de despedida em Santos

Strike faz show em clima de despedida em Santos

Desde janeiro, os fãs da banda mineira Strike tentam conviver com uma realidade não muito agradável: o hiato por tempo indeterminado dos músicos. Depois do anúncio, uma série de shows de despedida foi agendada e, finalmente, chegou a vez dos santistas assistirem, pela última vez, Marcelo Mancini e companhia no palco. A apresentação será hoje, a partir das 22 horas, no Estação Santos. Ainda há ingressos à venda.

Na estrada desde 2003, a Strike foi uma das expoentes do hardcore melódico cantado em português, que ganhou espaço na grande mídia, junto ao CPM 22, Nx Zero, Fresno, entre outros nomes espalhados pelo Brasil.

O primeiro sucesso comercial veio com o álbum Desvio de Conduta, de 2007, que trouxe hits como Aquela História, Paraíso Proibido e O Jogo Virou.

Muitas coisas, no entanto, mudaram em dez anos. E Mancini tem noção disso. “O próprio consumo de música mudou. Surgiram muitos estilos, outros segmentos. O público está mais voltado para consumir algo eletrônico. O som orgânico tem perdido cada vez mais espaço. O rock nunca morre, é cíclico. Pode ser que venha uma nova onda ai”, diz. “A minha geração ainda consome muito rock. Mas o pessoal mais novo está ligado em Justin Bieber, muita coisa de eletrônico, talvez um pouco mais de rap também”, completa.

Apesar do clima de despedida, o vocalista do Strike ressalta que não é o término das atividades da banda. “É um hiato mesmo. Sei que as pessoas estão falando que é o fim, mas encaro como o fim desse período antes do hiato. Não temos previsão de volta. Quando voltar, será algo diferente. Talvez um acústico, mas vamos ver”.

Mas quem acompanha os integrantes do Strike não precisa ficar chateado com a decisão dos músicos. Segundo Mancini, em breve vão surgir projetos deles, inclusive algo solo do próprio vocalista.

“É similar com o que aconteceu com o Mano Brown no Racionais MCs. Coisas que não cabem no Strike. Serão singles. Devo lançar o primeiro entre julho e agosto, mas quando compilar algo legal, lanço um disco”.

Para a despedida do público santista, Mancini promete um repertório bem longo. “Será um show grande. Vamos tocar músicas de todos os discos, algumas coisas de bandas que influenciaram a identidade musical do Strike. Vai ser um show da hora”.

Ligação com Santos
O set list mais elaborado tem um motivo especial. Para o frontman do Strike, Santos tem tudo a ver com o som da banda. “É uma cidade descolada. Falamos a mesma linguagem. Tem essa coisa da cultura do esporte, skate, surfe. Antes de lançarmos os álbuns, as pessoas já cantavam as nossas músicas aí”.

Outro elo de ligação da Strike com a região é o baterista Bruno Graveto. Ex-integrante do Charlie Brown Jr, A Banca e The Bombers, o músico entrou na formação dos mineiros na época do álbum Collab, de 2015, o último lançamento de estúdio.

“No ano passado, passamos uma temporada em Santos. Fizemos vários shows no mesmo ano com um projeto do Bruno Graveto”, comenta.

Tanto tempo na região fez com que Mancini também se aproximasse de outras bandas santistas. “É um celeiro de grandes músicos, virtuosos. Acompanho várias bandas daí. Gosto do Conexão Baixada, Aliados, Raja. Santos é uma cidade muito inspiradora. Dá prazer tocar aí”, arremata.

Ingressos
Quem quiser curtir a última apresentação da Strike em Santos ainda pode adquirir ingressos. A entrada custa R$ 80,00. Além da bilheteria do Estação Santos, os fãs podem comprar entradas em vários pontos da Cidade: Stand Zero 13, no Shopping Praiamar; Santos City Tattoo, no Shopping Miramar; Território Alternativo, no Shopping Parque Balneário, além da Lugano Santos, na Rua Frei Gaspar, 98. O Estação Santos fica na Rua José Ricardo, 27, no Centro Histórico. Mais informações pelos telefones 98151-1051 ou 99664-2591.