Foto: Cesar Ovalle
Sons novos, shows elétricos, mudança de integrantes, desconfiança dos fãs e da crítica. Desde a saída do ex-vocalista, Rodolfo Abrantes, em 2001, o Raimundos passou por uma série de provações. Ao mesmo tempo em que buscava se firmar como uma banda atuante, Digão e Canisso, membros remanescentes da formação clássica viram o mercado fonográfico mudar completamente. O rock perdeu muita força nas rádios, mas nada disso desanimou os caras.
O CD e DVD Acústico (Som Livre), gravado no Teatro Positivo, em Curitiba (PR), em novembro do ano passado, marca mais um desafio imposto por eles próprios. E o resultado não poderia ser melhor. Com um repertório bastante equilibrado, que revisita boa parte da discografia, o Raimundos consegue mostrar que ainda é muito relevante.
Para quem ainda reclama ou insiste em perguntar pelo ex-vocalista, pode procurá-lo em algum culto na Bola de Neve. O Raimundos seguiu e não dá motivos para os admiradores sentirem falta de Rodolfo. Já são 16 anos sem o cara no posto de front man.
Prova disso está no apoio recebido de grandes nomes, que participam do acústico. Casos de Ivete Sangalo, em Baculejo e A Mais Pedida, Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), em Mulher de Fases, além do rapper Oriente, em Dubmundos, Alexandre Carlo (Natiruts) em Deixa Eu Falar e o santista Marcão Britto (Bula) na releitura de Lugar ao Sol, do Charlie Brown Jr.
