Válvula de Escape #12 – Dance e balance ao som do indie brasileiro

Válvula de Escape #12 – Dance e balance ao som do indie brasileiro

Já reparou que todas (ou grande parte) das playlists do famigerado “rolê” giram em torno dos mesmos hits de sempre? Ok, é importante que canções conhecidas integrem o set de qualquer dj/”discotequeiro”. Contudo,  ouvir exatamente as mesmas canções em todos os cantos pode tornar-se massante para o público em dado momento.

Partindo deste princípio, o Válvula de Escape desta semana traz uma breve seleção de canções – de artistas/bandas que você  realmente precisa  conhecer – que irão animar suas festas, eventos e afins.

Antes de tudo, é importante que previamente obtenha conhecimento que está lista não conta com nenhum julgamento para cronologia ou algo do  tipo.

Confira:

1- Nosso amor foi um GIF – Biltre 
A faixa mais recente do Biltre traz um ritmo dançante e pop envolvido numa letra que aborda o comum romance “flash”. Sim, aquele que dura tanto quanto um típico GIF.  Resumindo, chore! Mas chore dançando, preferencialmente.

https://www.youtube.com/watch?v=5Ecf8HYWuxU

2 – Ciúme – Rafael Castro 
Com  o single Ciúme e o disco Um Chopp e Um Sundae,  ambos lançados em 2015, Rafael Castro quebrou os vidros de todos que o viam unicamente como um clássico roqueiro. A canção é repleta de synths e ainda conta com uma percussão eletrônica e um refrão grudentissímo.  Conhecendo-o a partir desse trabalho, poucos diriam que o músico anteriormente fazia sons puramente recheados de distorções e influências setentistas.

3 – Prejudicada – Nana Rizinni
Prejudicada de Nana Rizzini foi uma música que basicamente “caiu dos céus” aos meus ouvidos num momento oportuno. Ok, a primeira vista mais que parece um tecno-brega. Mas quem disse que isto seria um ponto negativo? A canção é frenética, envolvente e ótima para seguir o famigerado baile.

4 – Daqui Pro Futuro – Vespas Mandarinas 
Faixa título do último álbum dos Vespas Mandarinas, Daqui Pro Futuro conta com  a participação de ninguém menos que Samuel Rosa (Skank) e traz a nova fase da banda que recentemente se tornara um duo. Composta em parceria com Leoni (ex- Kid Abelha) e Adalberto Rabelo Filho, a canção obteve um ponto curioso em seu webclipe: o mesmo foi produzido por KondZilla, videomaker famoso por trabalhar ao lado de estrelas do funk.

5 – Olhos Amarelos – Silvino 
Olhos Amarelos é o primeiro single do vicentino Silvino, cantor homossexual que convive com vírus HIV. A faixa aborda justamente este fator, levando em consideração que o músico busca ainda o apelo de expressar a defesa pela “liberdade dos corpos” no audiovisual.

6 – Caetano Veloso – Johnny Hooker
No álbum Coração como um todo, Hooker buscou uma nova abordagem em suas canções. Usando e abusando de uma grande salada de influências, Johnny resolveu transformar o cantor Caetano Veloso numa espécie de sentimento na sétima faixa de seu disco.  Como as demais canções dessa lista, Caetano Veloso é dançante. Contudo, só você poderá definir o quão positivo ou negativo isso tudo é.

7 – Louise Du Brésil – Liniker e os Caramelows
É jazz, é soul, é pop, é rock. Isso tudo e um pouco mais resumiria o que a sonoridade de Liniker e os Caramelows caso o grupo não conseguisse se sobrepor a estes gêneros. Recentemente pude desfrutar da experiência de assisti-los ao vivo – quando obviamente me apaixonei mais do que nunca pelas canções. Louise Du Brésil é feita pra sair do chão do início até os 2 minutos 34 segundos do vídeo abaixo. Vale pontuar que a partir daí a faixa têm uma cadência que o fará gradualmente descer à uma outra climática.

8 – Hit – Mahmundi
Hit é realmente um baita hit! Na ocasião, Mahmundi faz com que quaisquer ouvintes sintam-se nos anos 80 (?).  Talvez, mas a composição ainda assim mantém sua contemporaneidade na canção e no disco homônimo como um todo.  Delay bem colocado ao fundo, voz doce e versos sobre romances de verão e outros quês.  PS: o clipe é uma beleza à parte.

9 – Veronika Robótika – Der Baum
Imagine-se em Berlin, especialmente nos tempos em que Bowie esteve por lá, e “pule de trampolim de perna aberta” na melodia “eletro-rocker” dos ABC-paulistanos da Der Baum. A canção contou com produção de Chuck Hipolitho (Vespas Mandarinas, Forgotten Boys) e ainda com uma animação curiosa em seu videoclipe.

10 – Cetim – Geo
Em contraponto às outras canções citadas nesta playlist, Cetim é “lenta” e triste mas não tire conclusões precipitadas. A voz de Geo é forte e simultaneamente sútil – o que consequentemente piora/melhora tudo, à ponto da música realmente “tocar a ferida” de quem já viveu ou vive algo similar à um relacionamento mal-sucedido.

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