Já reparou que todas (ou grande parte) das playlists do famigerado “rolê” giram em torno dos mesmos hits de sempre? Ok, é importante que canções conhecidas integrem o set de qualquer dj/”discotequeiro”. Contudo, ouvir exatamente as mesmas canções em todos os cantos pode tornar-se massante para o público em dado momento.
Partindo deste princípio, o Válvula de Escape desta semana traz uma breve seleção de canções – de artistas/bandas que você realmente precisa conhecer – que irão animar suas festas, eventos e afins.
Antes de tudo, é importante que previamente obtenha conhecimento que está lista não conta com nenhum julgamento para cronologia ou algo do tipo.
Confira:
1- Nosso amor foi um GIF – Biltre
A faixa mais recente do Biltre traz um ritmo dançante e pop envolvido numa letra que aborda o comum romance “flash”. Sim, aquele que dura tanto quanto um típico GIF. Resumindo, chore! Mas chore dançando, preferencialmente.
https://www.youtube.com/watch?v=5Ecf8HYWuxU
2 – Ciúme – Rafael Castro
Com o single Ciúme e o disco Um Chopp e Um Sundae, ambos lançados em 2015, Rafael Castro quebrou os vidros de todos que o viam unicamente como um clássico roqueiro. A canção é repleta de synths e ainda conta com uma percussão eletrônica e um refrão grudentissímo. Conhecendo-o a partir desse trabalho, poucos diriam que o músico anteriormente fazia sons puramente recheados de distorções e influências setentistas.
3 – Prejudicada – Nana Rizinni
Prejudicada de Nana Rizzini foi uma música que basicamente “caiu dos céus” aos meus ouvidos num momento oportuno. Ok, a primeira vista mais que parece um tecno-brega. Mas quem disse que isto seria um ponto negativo? A canção é frenética, envolvente e ótima para seguir o famigerado baile.
4 – Daqui Pro Futuro – Vespas Mandarinas
Faixa título do último álbum dos Vespas Mandarinas, Daqui Pro Futuro conta com a participação de ninguém menos que Samuel Rosa (Skank) e traz a nova fase da banda que recentemente se tornara um duo. Composta em parceria com Leoni (ex- Kid Abelha) e Adalberto Rabelo Filho, a canção obteve um ponto curioso em seu webclipe: o mesmo foi produzido por KondZilla, videomaker famoso por trabalhar ao lado de estrelas do funk.
5 – Olhos Amarelos – Silvino
Olhos Amarelos é o primeiro single do vicentino Silvino, cantor homossexual que convive com vírus HIV. A faixa aborda justamente este fator, levando em consideração que o músico busca ainda o apelo de expressar a defesa pela “liberdade dos corpos” no audiovisual.
6 – Caetano Veloso – Johnny Hooker
No álbum Coração como um todo, Hooker buscou uma nova abordagem em suas canções. Usando e abusando de uma grande salada de influências, Johnny resolveu transformar o cantor Caetano Veloso numa espécie de sentimento na sétima faixa de seu disco. Como as demais canções dessa lista, Caetano Veloso é dançante. Contudo, só você poderá definir o quão positivo ou negativo isso tudo é.
7 – Louise Du Brésil – Liniker e os Caramelows
É jazz, é soul, é pop, é rock. Isso tudo e um pouco mais resumiria o que a sonoridade de Liniker e os Caramelows caso o grupo não conseguisse se sobrepor a estes gêneros. Recentemente pude desfrutar da experiência de assisti-los ao vivo – quando obviamente me apaixonei mais do que nunca pelas canções. Louise Du Brésil é feita pra sair do chão do início até os 2 minutos 34 segundos do vídeo abaixo. Vale pontuar que a partir daí a faixa têm uma cadência que o fará gradualmente descer à uma outra climática.
8 – Hit – Mahmundi
Hit é realmente um baita hit! Na ocasião, Mahmundi faz com que quaisquer ouvintes sintam-se nos anos 80 (?). Talvez, mas a composição ainda assim mantém sua contemporaneidade na canção e no disco homônimo como um todo. Delay bem colocado ao fundo, voz doce e versos sobre romances de verão e outros quês. PS: o clipe é uma beleza à parte.
9 – Veronika Robótika – Der Baum
Imagine-se em Berlin, especialmente nos tempos em que Bowie esteve por lá, e “pule de trampolim de perna aberta” na melodia “eletro-rocker” dos ABC-paulistanos da Der Baum. A canção contou com produção de Chuck Hipolitho (Vespas Mandarinas, Forgotten Boys) e ainda com uma animação curiosa em seu videoclipe.
10 – Cetim – Geo
Em contraponto às outras canções citadas nesta playlist, Cetim é “lenta” e triste mas não tire conclusões precipitadas. A voz de Geo é forte e simultaneamente sútil – o que consequentemente piora/melhora tudo, à ponto da música realmente “tocar a ferida” de quem já viveu ou vive algo similar à um relacionamento mal-sucedido.
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