Um dos maiores nomes do skate punk australiano, o The Decline será um dos nomes de destaque na We Are One Tour, que passará por São Paulo no próximo dia 7. Em atividade desde 2006, a banda tenta manter vivo o espírito do skate punk dos anos 1990, com riffs e tempos rápidos, mas com um toque pessoal nas melodias e refrões que dificilmente saem da memória. Pat Decline, vocalista e guitarrista da banda, conversou com Blog N’ Roll sobre a expectativa dos shows no Brasil, suas principais influências musicais e também sobre o próximo disco da banda.
Além de Pat, Ben Elliott (vocal e guitarra), Ray Ray (baixo) e Harry (baterista) completam a banda. Esta será a primeira vez da The Decline no Brasil e embora o vocalista afirme ter o costume de não criar expectativas sobre os shows da banda em outros países, o nosso está sendo uma rara exceção. “Nós ouvimos dizer que as plateias brasileiras são loucas e cheias de energia, então ficamos muito animados com isso!”.
Durante os 11 anos de estrada, a banda gravou três álbuns de estúdio: I’m Not Gonna Lie To You (2010), Are You Gonna Eat That? (2011) e, em 2015, o Resister. Este último, com músicas como Giving Up Is A Getaway Drug, Start Again e Almost Never Met You, é o mais sentimental de toda a carreira da The Decline, segundo Pat. Além disso, os músicos lançaram alguns EPs e singles, como Can I Borrow a Feeling? (2014) e The Same Kind (2008).
Todos os trabalhos da banda mantém características fiéis ao skate punk e revelam algumas de suas principais influências, como NOFX, Lagwagon, Goldfinger, Propagandhi, Bad Religion, Descendents e Strung Out. Para o vocalista, as influências são absorvidas com bastante sabedoria. “Nós só tentamos tornar nossas canções realmente melódicas e cativantes, e também cantar sobre coisas que são importantes para nós, mantendo um grau de autenticidade e originalidade”.
Mesmo apaixonados pelo punk rock típico dos anos 1990, Pat explica que a banda gosta de ficar na linha tênue que separa skate e pop punk, e se permite brincar sobre ela. “Eu tento não me preocupar com o estilo que temos. Eu amo o skate punk, mas eu também quero fazer músicas únicas e que sejam interessantes tocar. Não quero ficar entediado de tanto fazer as mesmas músicas, mas eu também não quero mudar drasticamente nosso som de uma maneira que seja desonesta com os objetivos que temos”, diz. “Isso pode ser algo bem difícil de balancear”.
Para dar sequência ao último trabalho, Resister, lançado há dois anos, a banda pretende lançar um novo disco no ano que vem. O vocalista explicou que enquanto o novo álbum não sai, eles têm alguns splits que serão lançados nos próximos meses. Um deles já está disponível nas plataformas de streaming: Local Resident Failure vs The Decline, onde tocam algumas canções da banda de punk rock inglesa que, por sua vez, toca duas canções dos australianos.
A inspiração para as letras, segundo o frontman, vem de todos os lugares possíveis. Mas ele deu o exemplo de uma de suas músicas favoritas da banda, You Call This a Holiday?: “Ela fala sobre as pessoas perdendo a paixão pelas coisas e eu sentindo luto pela perda de algumas amizades antigas. Também é sobre ter um forte desejo de sair por aí tocando música e se perguntando quanto tempo vai durar até a paixão secar, assim dizendo”.
Pat disse que ama pesquisar as setlists das bandas que vão à Austrália e, por isso, deu algumas dicas sobre o show em São Paulo. “Nós sempre tocamos uma grande quantidade de músicas do Are You Gonna Eat That? e Resister. Então também podemos tocar uma ou duas músicas novas e talvez uma música do Can I Borrow A Feeling? e I’m Not Gonna Lie To You“.
We Are One Tour (São Paulo)
Data: 7 de outubro (sábado).
Horário: das 16 às 21 horas.
Local: Carioca Club (Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros, São Paulo. Próximo à estação Faria Lima do metrô – linha amarela).
Evento oficial no Facebook: https://www.facebook.com/events/270681956710028/
Ingressos: a partir de R$ 100,00. Compre aqui.
Realização: Solid Music Entertainment.
