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Viagem garageira do The Kills não empolga público do Bon Jovi no São Paulo Trip

Fotos: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts

Se tem algo que gosto de observar com o tempo é a evolução dos shows de alguns artistas no Brasil. O The Kills é um bom exemplo disso. Veio para cá, pela primeira vez, em 2005, quando dividiu o palco do Campari Rock, na Fábrica da Lapa, em São Paulo, com Optimo e Cansei de Ser Sexy.

À época, esse duo indie foi muito festejado pelo público, ainda muito reduzido, algo em torno de 1,5 mil pessoas. Alison “VV” Mosshart e Jamie “Hotel” Hince divulgavam o segundo disco de estúdio, No Wow. Depois, ficaram seis anos sem tocar por aqui.

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Retornaram em 2011, com dois shows disputadíssimos no Beco 203 (São Paulo) e um no Circo Voador (Rio de Janeiro). Aqui, o repertório já era mais forte e eles lançavam o quarto trabalho de estúdio, Blood Pressures.

A terceira vez rolou nos últimos dias, com apresentações em dois grandes festivais (Rock in Rio e São Paulo Trip) e um show em Porto Alegre. Em Sampa, eles abriram o segundo dia do evento, que teve Bon Jovi como atração principal, no último sábado (24), no Allianz Parque.

Como o estádio estava bem cheio, a apresentação foi antecipada, começando 15 minutos antes do previsto. Com um repertório mais consistente ainda e totalmente à vontade no palco, a dupla mostrou logo de um cara um dos singles do seu último trabalho, Ash & Ice, lançado no ano passado. Tal como fez em Porto Alegre e Rio de Janeiro, VV e Hotel abriram o show com Heart of Dog.

Principal sucesso comercial do disco, Doing it to Death, que tem mais de 5 milhões de visualizações no YouTube, foi executada, mas nem alterou em nada a reação do público. A expectativa era pelo Bon Jovi e não tinha a menor chance de qualquer artista modificar esse cenário.

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É fato que o The Kills funciona melhor em clubes menores, não para um estádio lotado, com mais de 40 mil pessoas. A viagem garageira da dupla não causou nenhuma euforia na plateia, o que deixou uma impressão de show morno. Uma pena!

Mesmo que não tenha enfrentado vaias ou coisas do gênero, a impaciência do público ficou mais evidente ao término do show. Quando os integrantes foram agradecer o suporte da plateia, o estádio veio abaixo. Eles não disseram nada de lindo ou maravilhoso, apenas estavam saindo de cena. E isso é o que o público do Bon Jovi mais queria naquele momento.

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