Mar Aberto: sucesso nas redes, duo prepara primeiro álbum

Mar Aberto: sucesso nas redes, duo prepara primeiro álbum

Iniciar a carreira fazendo covers ou reconstruindo sucessos com uma nova roupagem quase sempre funciona para colocar uma banda ou artista em evidência. A transição para o trabalho autoral, no entanto, se transforma em um desafio e tanto para eles. E é essa a luta do Mar Aberto, duo formado por Gabriela Luz e Thiago Mart, que assinou contrato com a Warner Music.

Atualmente, eles estão em estúdio, preparando novas canções autorais, produzidas pelo renomado Dudu Borges, responsável por hits de Jorge & Mateus, Fábio Júnior, Michel Teló e Jorge Ben Jor.

“Na verdade, ambas as vertentes foram concomitantes. No dia 27 de dezembro de 2016 lançamos o primeiro vídeo que foi uma versão de Eu me Lembro, da Clarice Falcão com Silva, mas, no dia 28 já lançamos a nossa primeira autoral que foi, inclusive, gravada antes do primeiro vídeo, Diversões. Sempre tivemos essa questão autoral, porque nós dois tínhamos as nossas carreiras solo”, explica Thiago Mart, que respondeu todas as questões, por telefone, com Gabriela Luz.

Os números impressionantes nas redes sociais e plataformas de música (11,8 milhões de streamings acumulados) tiveram início com as versões, mas o feedback positivo com o primeiro EP autoral, lançado em abril do ano passado, com cinco faixas, consolidou a aposta da Warner, que firmou o contrato em junho. O videoclipe da primeira faixa da dupla na nova fase, que é descrita como indie pop pela gravadora, Logo Agora, acumula mais de 450 mil visualizações no YouTube em dez dias. Ela estará no primeiro álbum de estúdio do duo, que tem previsão para novembro.

Questionados se o trabalho autoral teve uma boa receptividade do público, Mart afirma que os fãs apoiam o trabalho próprio nos shows. “Eles cantam todas no show. Sentimos isso quando tocamos no Rio de Janeiro. Em uma das músicas, a Origami, a gente canta: sempre disse que daria certo desde que eu estivesse perto. E do nada a galera gritou é Mar Aberto no meio da música, ensaiado, coreografado. A gente ficou maluco. É um trabalho que está crescendo, mas com pessoas incríveis cercando o Mar Aberto”.

Segundo os músicos, o fluxo dos fãs no canal deles no YouTube já é maior com as faixas autorais. “O Mar Aberto é um artista autoral que faz versões, não um artista versionista que acabou fazendo um trabalho autoral”.

Carioca, Gabriela gosta muito de The Strokes. O paulistano Thiago Mart cita AC/DC e Michael Jackson como algumas de suas influências, mas as inspirações vão além.

“Nós somos muito ecléticos. Eu vim de uma escola MPB, pop rock e folk pop desde novinho ouvindo muitas coisas, desde Colbie Caillat, Jason Mraz, Djavan, Jorge Vercilo e Lenine. A Gabriela ouvindo muito Marisa Monte, Kid Abelha, Colbie Caillat também, as divas da música pop internacional. Enfim, somos uma grande mistura, mas com uma tendência ao violão de aço, acústico”.

A dupla destaca ainda que o produtor Dudu Borges foi o cara certo para dar a sonoridade que eles almejavam. “Pegar essa sonoridade acústica e trazer para algo com mais elementos, sabe? Fizemos uma reunião com o presidente da gravadora e ele disse que tinha um rapaz que ajudaria a evoluir o nosso som. Parecia mentira, pois também pensávamos nele. Fomos apresentados, rolou uma sinergia na hora. Ele é sensível como o Mar Aberto”.