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Entrevista | IZA – “Quem sabe esse ano não sai um feat com a Alcione?”

PABLO MELLO E LUCAS KREMPEL
Foto: Bianca Guireli

O crescimento profissional de Iza foi estrondoso. Surgiu no mainstream em outubro de 2017 com o single Pesadão, em parceria com Marcelo Falcão. Na sequência, no início de 2018, marcou presença no show de Rincon Sapiência, no Lollapalooza Brasil, onde lançou a faixa Ginga, em parceria com o rapper. De lá para cá, só cresceu. O disco de estreia, Dona de Mim, lançado em abril passado, colocou a carioca Isabela Cristina Corrêa de Lima, de 28 anos, como um dos nomes mais vendáveis do Brasil, fora do circuito sertanejo e funk.

Agora, um ano depois, ela terá a chance de mostrar que já domina sozinha um grande palco. Iza é uma das artistas escaladas no Palco Adidas, no domingo (7).

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“Ah eu tô toda… Não sei nem o que dizer! Tô muito animada. O Lolla é um festival que participei no ano passado, lancei Ginga lá, inclusive no show do Rincon. E esse ano vai ser o primeiro show meu mesmo no Lolla. Estamos correndo para encaixar os ensaios na agenda. Estamos preparando um show super especial para todo mundo. Acho que o pessoal vai curtir”, comentou Iza, que conversou com o Blog n’Roll durante o cruzeiro da Chilli Beans, na última sexta-feira (22).

Em dia com as novidades, Iza lançou, em janeiro, uma versão para o clássico Divino Maravilhoso, faixa que ficou famosa na voz de Gal Costa. A regravação contou com a parceria de Caetano Veloso, autor da canção.

“Eu e o Caetano participamos de um evento juntos, onde cantamos essa música. Aí surgiu a oportunidade da gente lançar isso. Pra mim foi uma honra porque o Caetano é o Caetano. Sou muito fã dele. Acho que qualquer pessoa na música, gostando ou não da Tropicália, tem alguma influência dele. Ele realmente mudou a história da música brasileira ao lado dos seus parceiros. Isso representa a confiança e a generosidade em alguém que é muito importante para mim. Isso também é a confirmação de um trabalho que está sendo muito bem executado”, comenta a carioca.

Sem dar muitos detalhes sobre o próximo single, a cantora afirma que lançará uma música em breve. “No início do ano operei meu joelho. Rompi o ligamento cruzado anterior e estou me recompondo. Foi legal ter ficado paradinha nesse tempo porque pude organizar todo meu ano e vem bastante coisa legal por aí”.

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Nos últimos meses, Iza gravou parcerias com Moraes Moreira, Thiaguinho, Sandy, Maria Gadú, Liniker e Milton Nascimento (em Malhação). E, se depender dela, vem muito mais por aí.

“Já tenho vários feats preparados e estou ansiosa para mostrar para todo mundo. Não posso falar muita coisa, mas vem bastante surpresa”.

Questionada com quem gostaria de fazer um feat, Iza não titubeou… “Quem sabe esse ano não sai um feat com a Alcione? Queria muito”.

E, por falar em parcerias, assunto que dominou a conversa com a carioca, Iza também falou sobre o encontro com a cantora norte-americana Ciara, que veio curtir o Carnaval do Rio de Janeiro.

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“Adoraria fazer um feat com ela. É isso que posso dizer. Ela é uma referência enorme pra mim, além de ser uma mulher incrível. Fiquei super feliz de trocar ideia com ela. Às vezes dá um pouco de medo de conhecer um ídolo porque a gente não sabe como ele vai ser. E ela foi super gente boa. Muito simples, humilde, trocou ideia comigo muito abertamente. Não só ela, como a equipe e o marido dela”.

Representatividade

Muito mais do que canções marcantes, o disco de estreia de Iza traz uma mensagem positiva de empoderamento feminino. Segundo ela, “calhou dela estar se sentindo empoderada num momento onde se discute muito esse tema.

“A gente ainda precisa muito falar sobre isso porque tem muita coisa para mudar. Acho que as pessoas têm se identificado muito com esse discurso e com as coisas que falo porque são reais. É uma coisa que realmente vivo. Não acho que a gente tenha que falar sobre isso se isso não for a nossa verdade”.

Sobre a faixa-título do debute, Dona de Mim, Iza contou que foi presente de Arthur Menezes, que estava em depressão há cinco anos. “Essa foi a primeira música que ele escreveu depois desse tempo todo sem criar. E foi incrível porque me emocionei muito com essa música. Parecia que eu tinha escrito a música. E sinto que quando canto essa música, as pessoas sentem isso também, que é um recado pra elas. Então, mais do que empoderado, é um recado verdadeiro”.

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A cantora acredita que mais pessoas também precisam se empoderar. “O movimento é nosso, o lugar de fala é nosso. Mas quanto mais gente falando sobre isso e apoiando o movimento, melhor. Acho que a gente não vai a lugar nenhum sozinha. E é muito bom reiterar, mas feminismo não tem nada a ver com competição. A gente realmente só quer igualdade. Não só de direitos, mas também de deveres também. Então acho que se os homens puderem ajudar a gente nisso, vai ser muito mais fácil”.

Televisão

Do ano passado pra cá, Iza também tem se destacado pelas aparições na TV. Apresentou o Música Boa Ao Vivo (Multishow), além de aparições em Popstar e Mulheres Fantásticas (Globo).

“A música tem me apresentado para novos caminhos. Eu não estava preparada, mas tô feliz porque descobri que é uma coisa que amo muito fazer. Em abril, se não me engano, a gente volta com o Música Boa. São vários episódios. O primeiro está de matar!! Eu não posso dizer quem vem ainda, mas são atrações que sou fã desde sempre – e acho que o Brasil também”.

No próximo sábado, dia 30, ela estreia como apresentadora na TV aberta. Ao lado de Tony Garrido, vai comandar a segunda temporada de Só Toca Top. “A gente já tinha trabalhado junto, mas cantando, não apresentando. Acho que ainda tenho muito a melhorar, mas realmente estou confiando na equipe da produção porque eles estão confiando em mim”.

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Referências da vida toda

Tal desenvoltura no palco e nos estúdios de TV estão relacionados ao passado cheio de trabalho da carioca. Ela já trabalhou como editora de vídeo, gestora de mídias sociais, recepcionista, entre outras funções. “Acho que tudo isso que fiz na minha vida agrega na minha profissão hoje”.

Uma dessas experiências, ainda na adolescência, foi quando cantava na igreja. “Foi uma puta escola. Foi legal poder cantar num lugar onde o holofote não era eu e poder começar a aprender a cantar com outras pessoas, tendo essa experiência de palco e microfone. Sem contar que realmente é uma coisa que faz parte da minha vida. Sou muito religiosa, católica. Então isso tocava o meu coração e me ajudou a unir a musica com a emoção, cantar com emoção”.

Serviço

A oitava edição do Lollapalooza Brasil contará com os headliners Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith e Tiësto, no dia 5 de abril; Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz e Steve Aoki, no dia 6 de abril; Kendrick Lamar, Twenty Øne Pilots e Dimitri Vegas & Like Mike no dia 7 de abril.

As entradas para o Lollapalooza Brasil 2019 podem ser adquiridas pelo site oficial do evento, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Credicard Hall, em São Paulo) e nos pontos de venda exclusivos: Km de Vantagens Hall Rio de Janeiro e Km de Vantagens Hall Belo Horizonte.

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