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Entrevista | Marcelo D2 – “Inacreditável que a gente ainda esteja falando sobre porte de armas”

BRUNA FARO
Foto: Alex Batista

Marcelo D2 estreia a turnê nacional de Amar É Para os Fortes, hoje, a partir das 22h, na Audio (Av. Francisco Matarazzo, 694, na Barra Funda, em São Paulo). O momento é bem oportuno para o artista, que sempre teve uma postura crítica aos problemas sociais do Brasil.

A voz do Planet Hemp criou um legado com suas canções, ajudando a desenvolver e evoluir o rap nacional. Suas falas transmitem discursos críticos, para um momento de desigualdade. Armado com palavras, ele dispara versos sinceros.

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“É inacreditável que em 2019 a gente ainda esteja falando sobre porte de armas e redução da maioridade penal. São coisas tão distantes, estamos com um governo despreparado e cheio de ideologias, radicalismo. Muito triste estarmos vivendo essa loucura”.

A violência entre os jovens das favelas do Rio de Janeiro é um dos temas presentes em seu novo trabalho Amar É Para os Fortes.

Nesse projeto, D2 quis inovar trazendo ao público um disco audiovisual, uma das grandes tendências na indústria musical.

Quase como uma ópera rock, esse estilo de álbum conta uma história que pode ser acompanhada junto com músicas e vídeos. Em Amar É Para os Fortes, todas as faixas ganharam um clipe com o filho de D2, o rapper Sain, como o ator principal.

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“A gente já trabalha há muito tempo juntos. Desde que ele tem seis anos, subia no palco do Planet Hemp. Mas esse foi um momento muito especial por tudo que foi envolvido. Meu trabalho, o dele, o respeito que um tem pelo outro. Foi incrível dirigi-lo e ele mandou muito bem! Do jeitinho dele, tímido, conseguiu contar a história que eu queria”.

Esse projeto sempre fez parte dos planos de D2. Desde o terceiro álbum de Planet Hemp, ele já tinha vontade de gravar um filme.

“Sempre fui amante do cinema e queria fazer um disco que tivesse uma trama. A vontade de fazer algo diferente era muito grande. É também uma ambição artística, querer escrever algo e usar outra plataforma”.

O filme todo foi produzido, dirigido e roteirizado por ele. “Comecei sozinho escrevendo roteiro e músicas, depois fui para o estúdio fazer a demo do álbum. Em seguida me juntei com uma agência de publicidade. Participei como produtor e idealizador da obra, além de ir para o set de filmagens. Foi uma experiência nova, estava precisando como artista”.

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No disco, Marcelo contou com a ajuda de diversos artistas, como Gilberto Gil, Rodrigo Amarante e Seu Jorge. “Todos são meus amigos e é um disco bem colaborativo. Ter a participação deles foi importante pra me ajudar a contar essa história. Engraçado que não tinha em mente chama-los, mas as coisas foram aparecendo na minha frente sem eu procurar”.

Antes de Amar É Para os Fortes, o mais próximo que chegou dos cinemas, foi com o longa Legalize Já que mostra sua amizade com Skunk.

Mesmo arriscando como diretor e sendo homenageado em salas ao redor do Brasil, o foco principal de Marcelo sempre foi sua música.

Para ele, o rap nacional está ganhando força novamente. “O ritmo estava tão estagnado, mas eu acho que a situação política deu uma força de novo, tá ligado? A gente está passando por um momento de crise política e acho que o rap ajuda”.

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Os ingressos custam de R$ 40,00 (pista) a R$ 120,00 (camarote). Site.

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