VINÍCIUS SOUZA
Formada em 1997, a banda American Football obteve sucesso imediato com o lançamento de seu primeiro álbum autointitulado, que é até hoje é um dos principais álbuns do gênero, devido a sua instrumentalização impecável e as letras tocantes.
Depois de uma volta repentina no ano de 2014, seguida por seu segundo álbum de estúdio lançado em 2016, a banda American Football traz seu terceiro álbum de estúdio, lançado recentemente (22 de março 2019).
O álbum conta com a aparição de três grandes nomes da música: Elizabeth Powell (Land of Talk), Hayley Williams (Paramore) e Rachel Goswell (Slowdive).
Ao começarmos o álbum, nos deparamos com uma introdução de um minuto e meio antes dos instrumentos entrarem, Silhouettes, que é como se chama a primeira faixa, nos da uma boa base do que está por vir, um rock bem melódico e harmonioso, com um pezinho no post rock. Vale dizer que a bateria é um dos instrumentos mais importantes para obter esse resultado, e é um dos principais destaques do álbum em questão de instrumentalização.
Apesar de um bom começo, o álbum não possui muitos destaques, ele mantém uma singularidade no som muito forte e uma consistência irritante. Com exceção das faixas Silhouette e Uncomfortably Numb, podemos afirmar que a banda produziu um som de certa forma monótono.
O álbum encerra com a faixa Life Support, que de certa forma não parece uma conclusão, mas sim mais uma faixa “igual” a todas as outras.
Apesar de uma instrumentalização que é individualmente excepcional, a junção de todos os elementos traz um resultado bem morno e sem sal, que decepciona o ouvinte por entregar algo totalmente sem graça.