Em um festival repleto de artistas de todas as partes do mundo, a banda escolhida para abrir o dia no palco Budweiser foi uma “prata da casa”. Formada no centro de São Paulo, Aláfia agitou o público que chegou cedo para o terceiro dia de Lollapalooza. Em uma apresentação animada e enérgica, com letras fortes sobre problemas sociais, o grupo, que é formado por mais de dez pessoas – o palco tinha 15 artistas – fez diversos protestos contra o governo.
Em determinado momento do show, o vocalista Jairo Pereira fez duras críticas ao atual governo e protestou diante da lei que pretende abrir terras indígenas para mineração. “Não apoiamos governo fascista, racista, machista e homofóbico”, disse o cantor à frente da bateria da banda, que contava com a mensagem “Lula Livre”.
Em seguida, já com mais público, Aláfia agitou ainda mais a galera com Baile Black, onde os presentes ainda se juntaram ao grupo e fizeram uma simples e simbólica coreografia em frente ao palco. Em Preto Cismado, última música, o grupo foi empurrado pelo público no refrão “não posso acreditar que existe um Deus que fecha com a segregação”. Tudo isso somado a uma banda alinhada, que fez um show redondinho, mesmo com tantos membros.
Fotos: Camila Cara (Equipe MRossi / Divulgação)