A banda americana From First To Last, formada em 1999, foi uma das principais influências na cena emo durante a metade dos anos 2000. Seu primeiro álbum, Dear Diary, My Teen Angst Has A Body Count, lançado em 2005, foi de grande agrado para a galera emo que tentava fugir um pouco do mainstream. Enquanto gigantes da música emo como My Chemical Romance estavam no ápice do seu sucesso comercial, From First To Last decidiu investir numa estratégia diferente ao adotar uma sonoridade um pouco mais pesada.
Antes de iniciar a análise do álbum, vale citar uma curiosidade. O cantor da banda, Sonny John Moore, é o famoso DJ e produtor musical Skrillex. Antes de perseguir carreira no mundo da música eletrônica, Skrillex cantava e tocava guitarra pela banda, porém, após quebrar o nariz durante um show, ele teve que operar e acabou saindo da banda e partindo para projetos pessoais, posteriormente adotando o pseudônimo de Skrillex. Agora voltando a análise…
Ao iniciarmos o álbum, nos deparamos com uma breve faixa de introdução, que dura pouco menos de 30 segundos, e logo em seguida já somos recebidos com a primeira música do álbum The One Armed Boxer vs. The Flying Guillotine. Logo de início podemos perceber algumas influencias do punk rock na música, além de uma alternância entre vocais limpos e berrados. Esse estilo de vocal seguirá ao longo dos álbuns, apesar de não ser o foco (como era de costume em boa parte das bandas emo do início dos anos 2000) e sim usado mais como um elemento complementar a música.
Ao longo do álbum, nós percebemos um som imaturo, porém, genuíno, a sensação que se tem ao ouvir este LP é de que os membros da banda tinham bem definido como seria o som final do seu trabalho, por mais que por vezes a execução seja meio estranha e seja possível de perceber algumas ideias meio jogadas. Esse é o caso das faixas I Liked You Better Before You Were Naked On the Internet e Minuet, duas faixas de transição totalmente desnecessárias.
No geral, o álbum é sólido e entrega um resultado satisfatório, a proposta de criar um álbum emo com influencias trabalhadas no punk rock contrapõe a enorme onda de bandas da época que simplesmente copiavam o mesmo estilo de emo pop punk formulaico.