Na última vez que escrevi por aqui, ressaltei a ansiedade que sentia pelo novo trabalho do trio O Terno. Pois bem, o álbum saiu. E sinceramente, é digno de encher os olhos d’água. O álbum
Isso acontece principalmente porque a banda enxerga-se como um motor que atravessa (e com muita facilidade, diga-se de passagem) todos os prováveis fechos que pressupõe-se quando um grupo obtém o formato de um trio de rock, vulgo bateria, guitarra e baixo, entre sua cama instrumental. Ou seja, é regado de orquestração, onde metais e cordas fazem com que soe mais como grupo de apoio. O disco é composto por 12 faixas, sendo que todas, sem exceção, seguem esta prerrogativa.
Particularmente, me senti especialmente tocado pela Pegando Leve. A música sintetiza a agonia entre as inevitáveis decisões que somos obrigados tomar quando estamos com “20 e poucos anos”. Numa única faixa, Tim exalta a confusão jovial no anseio por pontos que se opõem. Aliás, o cantor recita à si de modo sorrateiro, com Deixar Fugir, Recomeçar e Ai Ai Como Eu Me Iludo.
Velha conhecida
Eu Vou é outra faixa que se destaca no álbum. Já esperava por isso desde meados de 2017, quando a mesma música foi lançada na voz de Paulo Miklos, integrando o repertório do disco A Gente Mora No Agora. Tudo que eu queria naquele momento, ocorrera: uma versão da faixa na voz do seu próprio compositor. Tim é sútil e simultaneamente intenso. Seu timbre sempre foi bonito, mas agora o músico consegue florear melhor, passeando bem entre falsetes e afins. Isto é imprescindível para que esta música soe tão bem, inclusive.
Participações mais do que especiais e backing vocals
Admito que nunca imaginara O Terno com backing vocals. Se alguém me contasse que a banda utilizaria este artifício há alguns meses, dificilmente acreditaria na possibilidade disto tornar-se real de fato. No entanto, em
Outra faceta vocal d’O Terno ocorreu em relação às participações especiais de Devendra Banhart e Shintaro Sakamoto na faixa Volta E Meia. Devendra repete os versos de Tim, no entanto cantando em espanhol, de uma forma um tanto sussurrada, é verdade. Já Shintaro, realizo uma espécie de citação, em japonês. Assim, consegue prender a atenção com uma letra que diretamente nos faz pensar nas idas e vindas de um relacionamento.
Conceito visual
É impossível finalizar este texto sem abordar a tocante esfera visual de