Chambers: suspense que cresce na reta final

Chambers, o suspense do momento na Netflix, chegou sem tanta badalação. Nem mesmo a escalação de Uma Thurman no elenco foi suficiente para a produção virar um dos assuntos mais comentados entre os apaixonados por séries de TV. Mesmo assim, fui atrás. E não me arrependi. São dez episódios, entre 38 e 45 minutos, em média. Com um andamento um pouco lento, a produção prende a atenção em momentos desnecessários. Fica mais atraente na reta final, quando deixa um gancho ótimo para ser explorado numa futura temporada (caso se confirme).

Na trama, Sasha (Sivan Alyra Rose) é uma jovem sobrevivente de ataque cardíaco, obcecada pelo mistério que cerca o coração que salvou sua vida. E o pior: quanto mais perto ela chega da verdade sobre a morte súbita do doador, mais incorpora as características do morto — algumas delas muito sinistras.

Os pais de Becky (Lilliya Reid), a doadora do coração, querem a todo custo manter Sasha por perto. Então, logo após a cirurgia, Ben (Tony Goldwyn), o pai, resolve procurar por Sasha. Oferece um jantar para apresentar a família: esposa (Uma Thurman) e filho (Nicholas Galitzine). Tony Goldwyn e Uma Thurman são os responsáveis pelas melhores atuações. Nos papéis dos pais paranoicos, os dois convencem e deixam a série mais agradável.

Tensão cresce

Uma tempestade de areia chega à residência dos pais de Becky. Sasha se vê obrigada a aceitar o convite de dormir lá. Depois disso, a relação vai ficando ainda mais próxima. A jovem fica coma bolsa de estudos da falecida e vai estudar em uma das melhores escolas da região. Por lá, passa a incorporar várias características de Becky. Reage com estranheza em assuntos e atividades até então comuns. E também desenvolve técnicas para atividades físicas e aptidão em disciplinas que não eram seus pontos fortes.

Longe de ser uma das melhores séries do ano, Chambers pode ser uma pedida para o fim de semana. Encare os primeiros episódios com persistência. Posteriormente, a situação melhora.