Adaptações nem sempre são bem vindas. E os que mais reclamam, normalmente, são os fãs mais apaixonados. Condensar o arco da Guerra Galática em apenas seis episódios não deve ter sido fácil para os realizadores de Saint Seiya, a adaptação do Cavaleiros do Zodíaco que estreou na Netflix, na sexta-feira (19).
Com episódios curtos, cerca de 20 minutos cada, a animação em CGI (imagens geradas por computador, na tradução literal) resume de forma muito rápida a ascensão de Seya até a primeira armadura. Não derrama quase nada de sangue para conseguir.
No primeiro episódio, Seiya vê sua irmã ser quase sequestrada pelo exército do mal de Vander Guraad, vilão novo da trama, que unificou forças para conquistar o poder das estrelas. A irmã do protagonista, no entanto, é salva por um cavaleiro de ouro.
Na sequência, Seiya é provocado por uma gangue na rua, leva uma surra, mas descobre seus super poderes cósmicos. Com isso, coloca todos os membros da gangue para correr.
Um vídeo feito por um deles viraliza nas redes sociais, o que desperta atenção de Vander Guraad e de seu antigo parceiro, Mitsumada Akido (Alman). O primeiro tem más intenções, o segundo, acompanhado da pequena reencarnação de Atena, visa proteger. Não demora para Seiya ser removido por Alman do orfanato.
Lembranças em Saint Seiya
Posteriormente, o público passa a reviver momentos históricos, mas com uma linguagem mais moderninha se comparada com o anime que era exibido na extinta Manchete.
Uma dessas emblemáticas é o combate entre Seiya e Shiryu. Não tem mais aquela plateia sedenta por sangue, as lutas acontecem em um lugar afastado de tudo. Mas os desdobramentos estão todos lá.
Em cada episódio, a série se propõe a apresentar um dos amigos do quarteto central (Seiya, Shiryu, Shun e Hyoga). Ao término dessa primeira temporada fica a expectativa por uma sequência duradoura. São vários arcos e sagas que podem ser explorados posteriormente. Tudo vai depender da resposta do público.
Um detalhe: comecei assistindo com o áudio em inglês, mas o dublado em português é mais legal. A trilha sonora de Saint Seiya com The Struts é a cereja do bolo.