Na última sexta-feira (18), o Clipping divulgou seu terceiro álbum de estúdio. Enquanto, There Existed an Addiction to Blood não era lançado, os fãs do grupo estavam ansiosos para ver o que sairia.
Clipping
Aliás, o trio é formado pelo rapper Daveed Diggs e pelos produtores William Hutson e Jonathan Snipes. Juntos, eles trazem o som sujo e incômodo do industrial para o hip-hop. Em síntese, é possível ver semelhanças entre o Clipping e o Death Grips, por exemplo.
Os três artistas ganharam notoriedade ao lançarem a mixtape Midcity, em 2014. De fato, o trabalho ainda é considerado a obra-prima deles, porém, os discos lançados após também tem sua qualidade. E é ai que entramos na nova coletânea deles.
There Existed an Addiction to Blood
Certamente é bem complicado descrever o Addiction to Blood. O projeto possui fortes influências de gêneros pouco abordados no mainstream. Assim como o industrial, temos muito do experimental e do avant-garde nas 15 canções presentes.
Contudo, o maior acerto do álbum é sua composição. Pessoas não habituadas com essa vertente podem começar por aqui. Já que Nothing is Safe e He Dead (primeiras faixas) são bem mais leves. No entanto, de La Mala Ordina em diante a coisa pesa. Atingindo seu ápice nas estridentes Story 7 e Attunement.
Em conclusão, é muito interessante ver pessoas trabalhando com esta versão barulhenta no até então melódico hip-hop. Visto que as próprias letras das canções exalam este peso e se conectam de forma surreal com os beats.