O tempo de banda engana, mas o Violet Soda tem experiência de sobra, apesar de ter somente um ano e meio de estrada. Atração do Fuzz Fest, que acontece nesta sexta-feira (13), a partir das 23h, no Mr Dantas (Av. Senador Dantas, 401, em Santos), o grupo acaba de lançar o álbum de estreia, homônimo, via Deck (gravadora de nomes como Alceu Valença, Dead Fish, Elza Soares, Pitty, entre outros).
Produzido por João Lemos (Molho Negro) e Alexandre Capilé (Water Rats) no Estúdio Costella, em São Paulo, o álbum coroa um ano bem especial dos músicos.
“Pra mim é resultado de todo trabalho que a gente fez, não só na Violet, mas também na carreira musical de cada um. Todos esses anos de experiência no mercado da música fizeram com que a gente pegasse alguns atalhos. Todos nós amamos o que fazemos, é muito genuíno e as pessoas sentem e se identificam. Recebemos vídeos de crianças cantando nossas músicas, galera tocando nossas músicas. É muito gratificante”, comenta a vocalista Karen Dió.
Violet Soda noventista
Quem escuta o disco de estreia do Violet Soda, composto por nove faixas autorais, logo identifica várias influências dos anos 1990. Uma guitarra mais Pixies, uma batida que faz lembrar o Nirvana ou mesmo alguns repentes de Weezer, Hole e Smashing Pumpkins.
“Somos muito influenciados tanto por bandas dessa década como por outras mais novas que também bebem dessa fonte”, comenta Karen.
A pegada não difere dos dois primeiros EPs do Violet Soda, que ajudaram a impulsionar ainda mais esse início promissor.
“Nesse disco nosso foco foi afirmar a nossa identidade enquanto banda, então vejo ele como uma evolução natural dos nossos EPs. São músicas rápidas e energéticas. Quando você percebe, o álbum acabou”, diz a vocalista, aos risos.
Vocalista santista
Santista de nascimento, Karen, de 29 anos, iniciou a carreira na música aos 13 anos, quando montou a primeira banda com o pessoal do Colégio Marista, onde estudou.
Desde então não parou mais. A primeira banda relevante foi a Ghamy, quando tinha 16 anos.
“Era uma banda só de meninas que tocou em vários eventos da U.V.U., movimento underground que existiu na época. Chegamos a tocar na Capital até, só não lembro com quem”, recorda Karen.
Na sequência, Karen formou a Rocka, quando tinha entre 19 e 20 anos. “Com essa banda ampliei não só os meus contatos, como público. Comecei a vir para São Paulo fazer show, abrimos duas vezes para o Dead Fish no Litoral. Participei do Ídolos (reality do SBT), fui indicada pela revista Guitar Player e ganhei prêmio de Banda de Rock no Rock Show 2011”.
Se manteve premiada com a banda que montou depois, a Awaking The Crowd, mais voltada para o metalcore. Faturou o prêmio no Rock Show 2014, na categoria Aumenta o Som. Ademais, teve um videoclipe selecionado na mostra Videoclipe Caiçara, do Curta Santos, do mesmo ano.
“Não durei muito no grupo, porque não era um som que estava 100% feliz. Aí que lancei minha carreira solo e logo após me mudei para Sampa”.
Parceria com Garage Fuzz
Mas o retorno a Santos será especial. No Fuzz Fest, Karen abrirá para uma de suas bandas favoritas. Ademais, o set contará com faixas novas e outras mais conhecidas dos dois primeiros EPs.
“É uma honra tocar com o Garage. Sou bem fanzona. Lembro de ir em um show deles, antes de me mudar, lá no falecido Torto. Estou bem ansiosa para tocar em casa, ver os amigos e abrir para uma das minhas bandas favoritas”.
Serviço: Os ingressos para o Fuzz Fest custam R$ 25,00. Todavia, eles podem ser adquiridos no site Pixel Ticket ou na porta da casa.