Crítica | Spectros – a nova série nacional na Netflix

Spectros é a nova produção nacional na grade da Netflix. Por uma questão de estratégia da gigante do streaming, a série foi praticamente escondida. Sem campanha de divulgação por parte da empresa ou mesmo da produtora responsável, a Moonshot Pictures, Spectros dificilmente terá a popularidade de Samantha, 3%, Irmandade, Mecanismo e Sintonia.

No entanto, essa falta de atenção não significa que seja uma série ruim. Alguns pontos são meio confusos, enquanto outros efeitos chegam a parecer infantis. Falta de recursos, talvez.

Situado no bairro da Liberdade, em São Paulo, Spectros conta a história de um grupo de cinco adolescentes que são acidentalmente atraídos por uma realidade sobrenatural que eles não conseguem compreender e que se conecta ao mesmo local da cidade em 1858. 

Quando confrontados eventos cada vez mais bizarros e sombrios, o grupo chega a uma conclusão inevitável: alguém está trazendo a morte de volta e os espíritos querem vingança pelos erros cometidos no passado.

Em meio aos mistérios do bairro da Liberdade, máfia, religião, conflitos de adolescentes, crimes, vários temas são adicionados ao enredo. 

https://youtu.be/06c0n_SCRbY

Interessante que ao fim de cada episódio, um gancho interliga a trama para a sequência. Isso garante que a maratona funcione bem. São apenas sete episódios, com duração média de 40 minutos cada.

Alguns personagens trabalham bem, casos do policial (Daniel Rocha) e Pardal (Danilo Mesquita). Outros ajustes podem garantir uma segunda temporada mais interessante.

Ainda não há uma sinalização para uma provável continuação. A Netflix, normalmente, espera o retorno de audiência das produções para definir o futuro delas. Assuntos a serem explorados não faltam. Só resta o público corresponder a expectativa, que aparentemente é baixa, vide a campanha de divulgação.