No palco dedicado à eletrônica, três DJs e produtoras vão dar mais um passo na direção da igualdade de gêneros nos lineups. O Lollapalooza escalou a brasileira Barja, a canadense Rezz e a egípcia/dinamarquesa Ashibah. Em comum, elas têm o amor pela música.
“Quando mais nova, já sabia que a música era a única coisa que me fazia feliz. Eu era a mais feliz quando cantando alto e escrevendo músicas. Sade tem sido minha maior inspiração vocal. Mas a música house era onde minha alma estava”, comenta Ashibah, que está escalada para se apresentar em 4 de abril, segundo dia do Lollapalooza.
A artista iniciou a carreira de DJ no ensino médio, quando tocava em bailes com os amigos. Era só diversão, mas logo passou a investir o tempo nisso. “Comecei a tocar profissionalmente depois de me formar e mudar do Cairo para a Dinamarca, onde comprei toda a aparelhagem”.
Depois de se destacar na cena eletrônica de Copenhague, Ashibah decidiu que queria conquistar mais lugares. “Era um sonho viajar pelo mundo e tocar, assim que me senti pronta, fui para turnês”.
Nas apresentações, Ashibah equilibra o set entre pickups e vocal, algo que passou a fazer parte de sua vida aos 7 anos. “Amo essa combinação. Sempre traz algo especial aos meus sets”.
Paixão pelo Brasil
Em suas andanças pelo mundo, Ashibah ficou apaixonada pelo Brasil. O amor pelo país é tão grande que ela se mudou para cá, junto com a família. Estão morando em Santa Catarina. A conexão com a música local também é forte. Gravou com nomes como Vintage Culture, Mumbaata e Dashdot.
“Me apaixonei pelo Brasil quando toquei aqui pela primeira vez, em 2013. Eu me sinto muito conectada com as pessoas e a vibração deste belo país. Trabalhei com muitos artistas incríveis e estou ansiosa por mais. Na verdade, estou trabalhando em algumas grandes colaborações no momento, mas vamos mantê-las como surpresa”.
Enquanto prepara um álbum cheio, Ashibah segue divulgando faixas nas plataformas de streaming. Recentemente, lançou Make It Better, com participações de Fancy Inc, ZAC & Bakka, Dashdot e Maxximal.