Entre panelas, pratos e frigideiras da cozinha do restaurante do terminal de ônibus, o pequeno Richard cantava tentando reproduzir seus sons e ruídos.
Dessa “onomatopia”, surge o eterno e mais famoso grito da história do rock ‘n’ roll: A-wop-bop-a-loo-bop-a-lop-bam-boom!
O americano Richard Penniman nasceu em 5 de dezembro de 1932. Segundo sua mãe, aos 15 anos, além de aprender a cantar hinos religiosos e tocar piano, também percorria as feiras da região acompanhando grupos de ambulantes onde se destacava com apresentações de sapateado e canto.
Posteriormente, em 1955, já como Little Richard, emplacou seu primeiro e mais famoso hit, Tutti Frutti. Em suma, o consagrou como o rei e rainha do rock ‘n’ roll.
Negro e bissexual, sua música fundia o gospel e o rhythm ‘n’ blues em um ritmo excitante e sensual. Em resumo, ajudou a afastar as barreiras descriminatórias entre raças, sexos e gerações.
Essa virtude frenética marcaria para sempre todas as futuras gerações de artistas, brancos ou negros.
Voltando ao seu primeiro hit, Tutti Frutti vendeu mais de 3 milhões de discos, causando entusiasmo entre negros e brancos. Empolgava os jovens, enquanto enfurecia os adultos.
O impacto do sucesso de Little Richard
Em pouco tempo passou de um mero lavador de pratos para uma das figuras mais importantes e emblemáticas da música.
Muitos hits vieram depois: Long Tall Sally, Lucille, Good Golly Miss Molly, Rip it Up, Jenny Jenny, Keep A Knocking…
Little Richard, um dos pioneiros do rock, se auto intitulava “o arquiteto do rock”. E para muitos ele representava a conjunção, a somatória dos maiores showman da história do rock.
Neste 9 de maio de 2020, ele nos deixou, mas, sem dúvida, vai levar seu talento e alegria para todo mundo dançar e ecoar seu grito, esteja ele onde estiver.
A-wop-bop-a-loo-bop-a-lop-bam-boom! E um Rock abraço,
Aldo Fazioli