One-man-bands são muito comuns no cenário black metal, sendo a mais famosa de todas o Bathory, besta criada pelo lendário Quorthon (RIP). Aqui temos mais um caso semelhante, trata-se do Mork, projeto de Thomas Eriksen, fundado em 2004 como um trabalho paralelo, que logo assumiu o status de banda principal.
Diz a lenda que após visitar o antigo local de ensaios do também norueguês Darkthrone, Eriksen se inspirou tanto que voltou correndo para casa e produziu o debute Isebakke, lançado em 2013. De lá para cá, foram mais quatro álbuns, contando com o novíssimo Katedralen, lançado em 2021.
Ao dar play em Katedralen, fica bastante óbvia a influência do Darkthrone, uma das melhores bandas de black metal da história, diga-se. Leia-se influência, e não cópia. Isso posto, vale destacar que a fase mais recente da banda de Fenriz é a que parece exercer mais fascínio sobre Eriksen.
Estão lá, todos os ingredientes: velocidade moderada, vocais ríspidos, letras em norueguês e os indefectíveis riffs gelados, que parecem ter sido gravados sob uma densa aurora boreal. E, claro, com bastante referências ao thrash e ao heavy tradicional. Também vale citar a extrema beleza da arte da capa, totalmente de acordo com a proposta do Mork.
E se você curte black metal , tente não se empolgar com as certeiras Evig Intens Smerte, Svartmalt, Det Siste Gode I Meg e a épica De Fortapte Sjelers Katedral, que encerra brilhantemente esse belo artefato. E o grupo assombrará nosso país em 2022, no festival Setembro Negro. Fique ligado.
Katedralen
Ano de Lançamento: 2021
Gravadora: Peaceville Records
Gênero: Black Metal
Faixas:
1-Dodsmarjsen
2-Svartmalt
3-Arv
4-Evig Intens Smerte
5-Ded Siste Gode I Meg
6-Fodt Til A Herske
7-Lysbaereren
8-De Fortapte Sjelers Katedral